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terça-feira, 30 de novembro de 2010

E ele disse...

"O que é clitóris"?, perguntou Tomás. Eu logo respondi, abrindo um leve sorriso: "Você quis dizer ONDE fica o clitóris, não? Olha, não precisa ficar envergonhado por isso. Essa é uma dúvida relativamente comum, sabe?"... "Não, não", ele me interrompeu. "Eu queria saber O QUE É clitóris mesmo. Eu nunca ouvi falar disso. Nem sei do que se trata. Tem alguma relação com sexo?" E foi aí que eu morri.

Lembro-me de vê-lo continuar a conversa, mas as coisas pareciam estar em câmera lenta. Sua boca mexia, só que eu já não ouvia nada. Tudo começou a ficar escuro e sem sentido. O rosto dele começou a rodar, como se estivesse sendo sugado pelo ralo da pia e eu juro ter visto uma luz branca atrás dele, me chamando. Quando estava para apagar, ele me sacudiu: "Ei, o que você tá fazendo?? Acorda! Vai ou não vai me contar o que é esse tal de clitóris"?

Eu precisei de uns 15 minutos para me recuperar. Honestamente, fiquei pensando o que e como responder. Afinal, o clitóris é simplesmente O órgão sexual feminino do prazer, homólogo ao pênis. Só isso. E o cara não faz a mínima ideia do que estou falando. Pior. Se eu contar a ele, toda a vida sexual dele se resumirá a um grande nada. Ele verá que jamais fez uma mulher feliz, que desconhece como dar prazer às mulheres e se matará. E eu não tenho o direito de estragar as ínfimas lembranças sexuais felizes do rapaz. Muito menos de dar-lhe motivos para o suicídio.

Decidi que simplesmente não poderia ajudá-lo nessa. Sei, sou uma péssima amiga! Mas se nenhum macho-alfa, programa de TV ou google da vida solucionou a charada, não serei eu a dar as más (péssimas!) notícias ao cara.

Sendo assim, inventei uma desculpa qualquer. Fugi do assunto na maior cara dura. Dane-se!

Mas não pude evitar morrer de pena do cara. Coitado!!! Como assim "o que é o clitóris"?

É, amigas minhas, mais vale um cafajeste informado na mão do que dois partidaços ignorantes voando.

By Mari Abreu

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cuma?

Tomás tem tudo para ser um megapegador. A começar pelo seu caráter. O cara é honesto, trabalhador, educado, gente boa, respeitoso... Ou seja, um cara de princípios mesmo! Depois, ele é bonito e sarado (uma combinação difícil de achar hoje em dia). Mas não é um sarado negativo, musculoso em excesso. Ele é definido, trabalhado. Em um mundo onde tanta gente liga para o físico, ele passa com nota alta e ainda sobra beleza para emprestar para alguém menos favorecido (quem não faz questão de cara bonito e/ou sarado, considere o atributo como um bônus divino)! Terceiro: ele tem uma boa condição de vida. Mora em um apê legal, dirige um carro muito bacana, viaja bastante (para quem adora sair por aí explorando o mundo, ele seguramente é um bom companheiro!)... Quarto e não menos importante: ele tem um certo ar misterioso, daquele jeito que muita mulher adoraaaaaa! Não é o cara que entrega tudo de cara, mas também não é o Muro das Lamentações, que só ouve, ouve, ouve, mas permanece ali, sólido e invencível. Em resumo, o cara é bom partido (e também ótima opção para quem só quer aquele lance de balada).

Só que acontece que Tomás não pega ninguém. Para não dizer que não pega ninguém, ele, de vez em quando, comenta que conheceu uma menina. Mas é MUITO de vez em quando mesmo. Tipo: uma vez a cada cinco anos. Pelo que me lembre, teve duas namoradas: da primeira, ele gostou de verdade; já da segunda... (deve ser por isso que o namoro mal durou). Mas não é só isso. O cara também mal transa, mal carca as menininhas, mal desanuvia a tensão acompanhado!

Olhando para Tomás, é impossível não se perguntar o que há de errado com ele. Porque ele claramente não fez uma opção de vida por ficar sozinho, pegar zero pessoas, comer ar ou namorar só em casos extremos. Ele quer conhecer meninas, ficar, transar, namorar... mas a coisa não flui. E isso sempre me matou de curiosidade! Até que um dia...

Durante uma conversa sobre relacionamentos, ficadas, tesão, amor, e, mais especificamente, o prazer feminino, Tomás me fez uma pergunta que me derrubou da cadeira; uma pergunta inacreditável para alguém com mais de 18 anos de idade (quer dizer, hoje em dia, com internet e todo mundo ficando “maduro” tão rápido, daria para baixar essa idade para uns 10 anos, seguramente!). A dúvida dele, que saiu com imensa naturalidade, me tirou o ar, paralisou meu sangue, deteve meu cérebro... Eu, automaticamente, pensei: “Ele está brincando, me sacaneando, gozando com a minha cara! É impossível que um cara desses, nessa idade, com esse perfil, cheio de amigos machos pra caramba, não saiba isso! Meu Deus, em que planeta Tomás vive? Em que planeta??????????????????????? Mesmo que ele não tenha passado o rodo, essa é uma informação que se acha no Google, sobre a qual as pessoas conversam/comentam! Como assim?????????????”

E aí? Qual era a dúvida de Tomás? Postem suas sugestões!!! Semana que vem, a resposta!

By Mari Abreu

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Jamais subestime uma mulher

O marido chega em casa às 18h e diz à mulher que tem uma reunião às 22h, mas que decidiu não ir, pois considera isso um absurdo. Só que a mulher, preocupada com o marido, o convence de que o trabalho é importante.

O maridão esperto então vai tomar um banho para se preparar e pensa: 'Foi mais fácil do que eu pensava!' Como toda mulher, quando o homem entra no banho, ela revista o bolso do paletó. E não é que ela encontra um bilhete? No papel, as seguintes palavras: 'Amor,estou esperando por você para comermos um pato ao molho branco. Beijão, Sheila'.

Quando o marido sai do banho encontra sua mulher com uma camisolinha transparente, sem calcinha, toda fogosa, deitada de bruços. O marido, ao ver aquela bundinha sob a transparência, não resiste e cai matando. A mulher lhe dá um trato completo, e ele, exausto, vira pro lado e adormece. Quando vai chegando a hora, a mulher acorda o marido, que não quer mais ir à reunião, mas ela o convence da importância do trabalho.

Ao chegar à casa da amante, o cara está arrasado. Cansado, diz a ela que hoje trabalhou muito e que só iria tomar um banho e descansar um pouco. Como toda mulher, ao entrar no banho ela revista o bolso de seu paletó. E não é que ela encontra um bilhete? No papel, as seguintes palavras: 'Querida Sheila, o pato foi, mas o molho branco ficou todo aqui. Beijão, A Esposa.'

* Texto tirado da internet

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Para bom entendedor, meia palavra basta

“Precisamos conversar”, disse Pedro a Débora. Ela, claro, quis logo saber o assunto, até para se preparar para o que viria. Convenhamos. É horrível ouvir de alguém que precisam conversar, mas não fazer ideia do porquê. Mas, ele se negou a dar qualquer detalhe.

Eles marcaram um dia, no horário do almoço.

Atarefada, Débora nem parou pra pensar muito no assunto. Quando menos esperava, o dia chegou. “Vamos almoçar”, perguntou Pedro. Mas ela tinha acabado de comer. “Então, vamos só conversar”, disse ele, impaciente. Débora ficou ainda mais confusa. O que será que teria acontecido para deixá-lo assim tão irritadiço?

A conversa começou e ele foi logo dizendo: “Fiquei sabendo que você saiu por aí falando que eu era apaixonado por você, uma paixão platônica, e que NUNCA nada rolaria entre nós”. Débora quase caiu pra trás! “Quem te disse isso? E, aliás, por que você acreditou?” Afinal, eles já tinham ficado várias vezes. Só por esse simples motivo, a história da tal pessoa já tinha perdido toda e qualquer credibilidade.

O que mais a intrigou, no entanto, foi saber que Pedro tinha ouvido essa história há meses, mas só agora decidiu abrir o verbo. E não dá para dizer que a demora em conversar sobre o tema tinha a ver com o fato de ser algo irrelevante. Obviamente, aquilo mexia com ele, profundamente, mesmo após dezenas de tentativas fracassadas de largar o assunto pra lá.

Por que agora? Por que não antes? Débora nem precisou procurar muito para conseguir as respostas que queria. Ela, rapidamente, sacou o que acontecia. Riu por dentro. E fez o que deveria ser feito. Com muito jeitinho, tratou de acalmá-lo.

O grande tchan dessa história é que eles não ficavam há meses (por isso, o estranhamento de Débora ao ouvir a frase “precisamos conversar”). Para completar, ele estava namorando e se dizia “a pessoa mais feliz e abençoada da face da Terra” (fazia questão de colocar a tal frase em todas as redes sociais possíveis e imagináveis).

Assim que ele percebeu que ela tinha sacado tudo, correu para se defender: “Só queria tirar isso a limpo!! Afinal, gostei pra caracas de você. O sentimento mais puro do mundo. Mas é absolutamente óbvio e evidente que não sinto mais nadica de nada pela senhorita. Estou até namorando, como você bem sabe. E queria que você soubesse que sou a pessoa mais feliz e abençoada da face da Terra. Minha namorada é maravilhosa. Estamos muito bem juntos”!!

“Claro”, disse ela. E gargalhou por dentro.

By Mari Abreu

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Mundo é dos Nets

“Versos em estrela
Estrada em devaneio
Sonhos prometidos
Sonhos pervertidos
Pela janela ou em frente
Ao lago, lua cheia
Versos vêm ao vento
Na fumaça da noite.
Filtro o que se vê
E que o ventre
Adentre o que semeia
Sou mais um cantor
Trovador da conquista, fútil
O fantasma que à soleira canta
Soprando ritos em frestas
Salvaguardando a tempestade,
Sobrevôo a maré cheia
Sorvo o doce e o doce céu
Mel em cadeia frente
À fronte cheia.
Sonho...
E são meus versos em estrela.
E que aguardemos o reencontro...
Obrigado por dias maravilhosos”

Com esse cartão e um buquê de flores, Pedro se despediu de Lorena. Esse foi o “até breve” mais difícil que eles tiveram que dar até então, já que esse foi o primeiro encontro dos dois, após se apaixonarem. Como moram em cidades diferentes, o relacionamento vinha sendo mantido pela internet.

Eles se conheceram por acaso, quando ela foi fazer um favor para o irmão e Pedro era o funcionário designado para atendê-la. Logo rolou um clique (mais especificamente, no momento em que ele beijou a mão dela). Trocaram contatos e, via Orkut e MSN, começaram a se conhecer.

A rotina virtual diária incluía um intercâmbio intenso de poesias autorais (ambos são poetas!) e, como não, o clique inicial ganhou contornos mais definidos. Não dava mais para dizer que aquilo era apenas amizade.

A coisa esquentou tanto que Lorena se organizou para visitá-lo. Mas as coisas não deram certo. Foi aí que ele saiu fugido de Mato Grosso e veio parar em Brasília. Quando se encontraram, faltou tempo e oxigênio para tanto beijo, filme, sushi e champagne. Dormiram juntos, andavam grudados. Ele fez questão de conhecer até mesmo a avó dela.

Na difícil despedida, ela deu a ele um livro de poesia, com a dedicatória: “Entre o meu mundo e o seu mundo, uma ponte: poesia”. E ele, ávido por surpreendê-la, mandou entregar um buquê de flores, afagado pelo cartão com poesia. Parecia coisa de cinema, um amor shakespeariano!

Como não poderia deixar de ser, continuaram a se falar, todos os dias. Só que, uma determinada tarde, ela viu algo que doeu no peito: uma foto dele pegadinho com uma menina. Chateada, perguntou sobre a garota. Ele disse que eles não tinham ficado, o que a deixou aliviada, mas, logo em seguida, veio a facada: “Olha, acho que não fiz nada que permitisse a você acreditar que temos um relacionamento ou que ficaríamos juntos. Eu simplesmente não acredito em namoro à distância”.

Claro. Os 44 dias de internet, as 1.500 mensagens, as poesias e as flores não significaram nada. Aliás, a Lorena é mesmo muito boba por achar que essas coisas teriam algum significado verdadeiro, né? Parece que não conhece as táticas dos homens para conseguirem o que querem... O esquema pós-moderno de paquera parece ser: use todas as armas que puder e dane-se o coração alheio! Vale tudo para garantir diversão pro próximo feriado!

By Mari Abreu (com contribuição importantíssima da Lorena)

* Recado da Lorena para o Pedro: se achar ruim a sua poesia publicada no blog, me avise. Colocamos seu nome completo e uma foto para dar crédito às merdas que você fez (porque a sua poesia também é bem ruim).

terça-feira, 16 de novembro de 2010

10 dicas para fazer sua mulher feliz - Guia para Machos de Respeito

Você não se lembra do aniversário da sua namorada, né? Até sabe, mas o dia que vocês ficaram a primeira vez, nem pensar, né? E o dia que começaram a namorar? Não consegue entender porque sua namorada é insatisfeita com você, mesmo com você fazendo-a gozar em quase todas as vezes que transam? Simplesmente não entram na sua cabeça aquelas reclamações rotineiras do seu casório?

Como resolução de ano novo, então, adote o seguinte objetivo: “Conquistar a minha namorada/esposa de uma vez por todas e fazê-la sorrir aos quatro cantos”. Não sabe como? Seus problemas terminaram, companheiro. O Totalmente-Sem Noção tem o orgulho de apresentar aos leitores o Guia para Fazer sua Mulher Feliz com Poucas Iniciativas.

Mulheres são todas iguais? Sim, são todas sensíveis, instáveis, emotivas, passionais e etc. Não interessa. A mulher mais tosca do mundo ou a mais doce terão essas características em comum. Margareth Thatcher, tenho certeza, era durona, mão-de-ferro, seca, séria e tudo o mais para os britânicos. Talvez agisse assim durante 98% do tempo. Mas quando se deitava à cama com Denis Thatcher, seu marido, certamente revelava o lado doce, instável, sensível, passional...

E é esse lado que precisa ser explorado para fazer sua mulher mais feliz. Óbvio que esse guia não é a salvação da lavoura. Se você for um cavalo na cama e um mamute fora dela, tratando-a sem carinho e amor, nada vai dar certo.

Mas digamos que você vai bem nesses dois quesitos – trata-a com respeito e devora-a na cama como ela bem merece – e ainda assim há certas reclamações. Deve ser porque é um sujeito ausente e meio convencido de que ela está conquistada. Não faz nenhum esforço, né? Pois vamos às dicas do nosso guia.

Primeira coisa e mais importante: pegue uma agenda (se você usa agenda) ou o seu celular. Você precisará anotar umas coisas.

1 – Flores – A última vez que você mandou flores pra ela foi em 1985, depois do primeiro encontro? Idiota. Mulheres amam flores. Uma ou outra tem alergia. Ou talvez não ligue muito. Anote aí na agenda: enviar flores para ela nos dias 23 de fevereiro, 3 de agosto e 25 de novembro. As datas são espaçadas, você não a sufocará com flores e, o melhor: a pegará de surpresa. Mandar flores no dia do aniversário pode deixá-la feliz e contente, mas não a deixará surpresa. Elas adoram surpresas desse tipo. Anote as datas na agenda, imbecil. Você pode trocá-las, mas certifique-se de enviar as flores três vezes ao ano, em datas bem espaçadas.

2 – Eu te amo – Quando você diz a ela que a ama? Na cama? Certo. Antes de desligar o telefone, mecanicamente? Ok. Um vez por mês, quando ela pede? Credo. Então faz assim. Anote aí na agenda ou coloque para despertar no seu celular: uma vez por mês ligue para ela, do nada, no meio da tarde, de preferência quando ela estiver bem ocupada e nem se lembrar que você existe. Ela vai atender afoita, lhe perguntando meio ríspidamente: “O que é, querido? Tô atoladíssima. No meio de uma reunião”. Você responde na lata: “Nada, meu amor. Liguei só pra dizer que te amo e você me faz feliz. Depois nos falamos mais. Beijo grande”. Ela sorrirá o resto do dia. Fará amor com você intensamente naquela noite. Contará pras amigas. Talvez, até para o chefe que estava sentado à frente dela na hora da ligação.

3 – Quero te comer – Ok, vocês se dão bem na cama. Ou não? Não importa. De vez em quando, em vez de ligar pra ela e dizer que a ama, ligue para dizer alguma pornografia ao telefone. “Tô morrendo de vontade de te chupar inteira.” Ela atenderá na frente do chefe ou em algum ambiente formal. Ficará vermelha como um pimentão. Mas sentirá um frio na espinha, um frio na barriga. Terá problemas de concentração ao longo do dia, pensando em você. Anote na agenda ou no celular: uma ligação por mês, de preferência às sextas-feiras, quando poderá realizar a promessa telefônica com mais tranqüilidade à noite.

4 – As datas – Tu é um idiota com datas, né? Lembre-se das datas importantes! Tente arrancar dela o dia da primeira ficada, o dia da primeira transa, o dia que começaram a namorar, o dia do aniversário dela e o dia do aniversário de casamento de vocês. Vá na sua agenda ou celular e anote todas essas datas. Mas, calma, faz assim: anote uma semana antes um aviso. Dois dias antes, outro aviso. Esse último é para você se lembrar de comprar algo pra ela. No aniversário, lógico, um belo presente. Nas datas de namoro ou casamento, reserve um restaurante ou prepare um jantarzinho. Na verdade, não importa. O fundamental é fazer algo no dia. Só você e ela. Nem que seja só um cineminha e um amor gostoso em casa. Não precisa de pirotecnia. Isso é coisa de novela. Mulher gosta é da lembrança. Nas datas do primeiro beijo ou da primeira ficada, faça alguma coisinha. Tipo, deixe um bilhetinho pra ela no café-da-manhã, lembrando a data. Ou mande um email. “Lembra do nosso primeiro beijo? Fazem sete anos e eu ainda amo beijar sua boca.” Não precisa de mais nada. Nem de gastar dinheiro.

5 – Só você e ela – Uma coisa mata as mulheres: a falta de momentos exclusivos para ela. Reserve um diazinho no mês – um só – para ficar exclusivamente com ela. Um sábado inteiro. Vá com ela ao shopping, opine no vestido que ela vai comprar, compre uma coisinha pra ela. À noite, faça amor com ela longa e despreocupadamente. Não ligue a tevê. Não atenda ao telefone. Aliás, desligue-o. Exclusividade total. Anote aí: uma vez no mês. Ou uma vez por bimestre. Vale deixar o futebol uma tardezinha.

6 – Os pais – Você não liga muito para o seu sogro, né? Sua sogra é meio xarope? Não importa. Não precisa falar mal deles para sua mulher. Uma crítica aos pais só é bem-vinda se você se dá muito bem com eles e ganha a prerrogativa de uma criticazinha. Há bilhões de anos as mulheres são o berço familiar. Elas se desenvolveram com habilidades para construírem uma família harmoniosa. Se a sua está rachada porque você não se dá bem com os sogros, ela vai ficar sempre com uma pontinha ruim lá no fundo. Seja político. Trate-os amigavelmente. Dê presentes no dia de seus aniversários. Converse sobre negócios e política com o sogrão. Elogie os quadros e as flores da sogra. Não custa nada. Não é por eles. É pela mulher que está ao seu lado, seu idiota.

7 – Habilidades – Aprenda algumas coisas para agradar sua esposa. Não precisa de muita coisa. Saber cozinhar já é uma ótima. Não precisa saber fazer uma feijoada para trinta pessoas. Mas uma ou duas boas massas, um risoto e uma calda de chocolate para a sobremesa não fazem mal a ninguém. Ela vai adorar. Vai ficar com tesão em lhe ver de avental (claro que você terá um avental masculino). Talvez transe com você na cozinha. Outra opção é aprender a fazer uma boa massagem. Nada como poder dar a ela uma massagem depois que ela retorna de um intenso dia de trabalho. Que mulher vai pensar em chifrar o marido se ele a espera em casa, pronto para fazer uma massagem relaxante? Só uma vagabunda. Presumo que você não esteja com uma, né? Ou está?

8 – Seja previsível – Você adora jogar cartas com os amigos às quartas-feiras? E o futebol de sábado pela manhã, é religioso? Avise isso à ela. Com antecedência. Inicie uma conversa séria e definitiva sobre esses compromissos. Mulher odeia fazer planos com o namorado e ser deixada de lado pelo cara quando pensava que estaria com ele. Avise a ela: “Amor, tenho futebol todo sábado das 11h às 13h. Nesse dia, nem marque nada pra gente. Aliás, é uma ótima hora pra você sair com suas amigas”. Pronto. Previsibilidade marcada. Espaço delimitado. O carteado é toda quarta, às 20h? Ótimo! Avise-a! E torne esse encontro com os machos um hábito. Ela se acostumará. Marcará coisas para esse dia com as amigas.

9 – Surpreenda-a sem surpreendê-la – Sim, esse tópico parece uma incoerência com o anterior, né? Mas não é. Sabe aquele sábado no qual você vai passar o dia com ela? Vai ao shopping e a todos os programas com ela? Bem, nesse dia, fique com as orelhas em pé. Repare no que ela vai falar sobre algumas coisas que vê nas vitrines. De repente, ela se apaixona por um vestido, uma joia, uma blusa, algo para a casa de vocês. Mas ela não compra. É nessa hora, amigo, que você achou o presente de aniversário dela! Ou o presente da data de casamento ou algo assim. Você vai surpreendê-la com o presente que ela queria, vai surpreendê-la com o fato de ter prestado atenção, mas NÃO vai surpreendê-la com um presente que ela não gostou. É tiro e queda.

10 – Faça tudo isso mas não seja babão – Mulher não gosta de homem babão. Trate-a bem. Trate-a carinhosamente. Mas não seja um estorvo. Não seja um meloso bobo. Um sujeito que diz que ama a mulher 30 vezes ao dia perde a credibilidade. Aquele sujeito que perde as vontades próprias por causa da mulher vira um bundão. Tem dia que ela não manda em nada. Quem manda é você: “Hoje, vamos a tal restaurante e depois vou fazer amor com você”. Ela não precisa ter escolha. Em outros dias, você determina que ela escolha: “Hoje, você escolhe”. Seja firme na suas decisões do dia-a-dia. Mulher não gosta de homem frouxo, que diz: “Faço o que você quiser, amorzinha... Quer que eu me jogue da ponte?”. Esse tipo de homem não dá nenhuma segurança à mulher. Ela não quer ser sua mãe. Ela quer ser mãe dos seus filhos, idiota.

By Zethi
*Este texto foi publicado originalmente no blog dele, o Totalmente Sem-Noção, em 2007. Na opinião do Perdeu, Playboy, continua atualíssimo!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Poupe-me

Os homens são toscos por natureza e, por isso, fica difícil escolher “A” coisa mais tosca que eles dizem na balada. Não sei se essa é a pior, mas definitivamente me tira do sério.

O cara te olha muito, joga todo caô do qual se lembra, chega junto, tenta de tudo e você cede. Confiante de que fez a coisa certa e que agora vai poder curtir os louros, se entrega. Aí o cara te dá aquele beijão! E você começa a achar que fez mesmo a coisa certa, ainda que haja toda uma lista de pré-requisitos que ele precisa seguir (ainda que desconheça o protocolo) antes do parecer final.

Só que, depois de uns dez minutos no chamego, ele vira e diz: “linda, preciso encontrar um amigo meu que tá perdido. Por favor, fica aqui! Não some! Eu volto logo!” Mais um beijo romântico e despedida e... você NUNCA mais o verá pela frente! Quer dizer, você o verá pela festa, com os amigos, se divertindo e até talvez se engraçando com outra moça, mas você já é history.

Por que diabos o cara fala isso para a mulher, então? Aliás, esse cara sequer tem bolas? Para mim, é o cúmulo do desrespeito, da falta de consideração. Se ele não quer, por que não diz: “beijo, tchau, foi lindo”? Por que uma mentira dessas? Tudo bem, hoje estou escolada (infelizmente! Odeio ter que estar “treinada” para essas situações). Já sei que quando eles soltam essa frase, o lance acabou, tchau e bença. Mas acabo de pensar que talvez não seja a melhor estratégia. Saber e ficar na minha.

Para que eles se toquem, vou dar início ao projeto: seja honesta você e dê uma lição no bastardo (já que a mãe dele esqueceu-se de ensiná-lo a tratar as mulheres com respeito e dignidade)! Quando eu ouvir uma desculpinha dessa, vou virar e dizer: não precisa mentir. Pode ir embora. Eu prometo não chorar de saudades, apesar dos fortes laços amorosos que nos unem. Ráaaaaaaaaaaa! Se bem que, como o cara é topeira, aposto que ele nem vai entender o tom satírico da coisa.

Da próxima vez, nem beija.

By Mari Abreu

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Gordelícia

Bomba, bomba, bomba! Parem as máquinas que eu tenho uma revelação de primeira página: sou uma senhorita rechonchuda! Gordinha mesmo. Perninhas grossinhas, rosto redondinho e comissões de frente e de trás devidamente bem recheadas. Quem me conhece pessoalmente, sabe disso. Quem nunca me viu ao vivo e em cores, pode checar a foto do perfil aqui no blog. Numa comparação rápida com a Mari, moçoila esguia e de formas perfeitas, vocês podem ver que o desenhista me deu até um balanço mais agitado de quadris.

Sempre fui assim. Claro que com algumas variações, naquele sobe e desce de números na balança, típico de quem entra e sai de dietas a vida inteira. De uns anos pra cá, resolvi abraçar minha fofura com todo amor e carinho. Mesmo estando fora dos padrões (por favor, assassinem quem criou esses padrões!), me curto com toda a intensidade e, cá entre nós, sem falsa modéstia, sou bonita de verdade. Além, é claro, de outras qualidades muito mais importantes.

Só que, na balada, o que conta mesmo é a aparência, principalmente, a do corpo. Perfeitamente compreensível! Afinal, ninguém vai chegar em você por causa da sua pinta de inteligente ou de legal. Sei também que rola uma espécie de “competição” entre os homens, pra ver quem vai ser o macho alfa da noite e ter o “privilégio” de desfilar com a fêmea mais bombástica do bando (mesmo que ela seja uma piriguete de carteirinha).

Ainda assim, recebo muitas cantadas e me dou ao luxo de escolher com quem ficar, quando me dá vontade. Obviamente, minhas companheiras esbeltas de guerra são muito mais requisitadas. Até aí, tudo bem. Agora, o problema não é escutar poucos xavecos e sim ouvir barbaridades dos típicos idiotas sociais. Já aturei asneiras inacreditáveis!

“E aí, quem vai ter coragem de encarar a gordinha?”, diz um retardado pro grupo de castrados mentais amigos dele. Outro me chama e diz, tentando segurar o riso imbecil, que quer me apresentar a alguém (pra “sacanear” o amigo). Já aguentei ainda pérolas como “Olha, eu acho que deveria ter um limite de manequim pra vir pra esse tipo de lugar”. Sim, senhoras e senhores, eu escuto tudo isso! Sem ter feito absolutamente nada. É agressão gratuita!

O que leva um ser humano, teoricamente com racionalidade e inteligência, a agredir outra pessoa assim, sem mais nem menos??? Necessidade de autoafirmação? Idiotice em alto grau? Ausência de cérebro? Qual a vantagem, benefício ou ganho pessoal em ofender alguém? E o pior de tudo é que os autores das ofensas nunca são Brad Pitts ou Márcios Garcias da vida. São sempre carinhas bem xexelentos. Mesmo assim, não sou eu quem vai dar essa notícia a eles, até porque eles próprios devem saber disso... Ou deveriam.

Sem demagogia, mas a máxima “beleza não põe mesa” é a mais pura verdade. Conheço pessoas lindas de viver, mas que são intragáveis. Também têm as feinhas, mas tão legais, inteligentes e interessantes, que a gente quer agarrar a qualquer custo. Há ainda os casos “abençoados” de beleza pura + personalidade nota 1000 e os sem solução, de quem boa aparência e cabeça legal passam looonge. Conheço todos os tipos, com alguns quero ter cada vez mais e melhor contato, já outros...

By Ana Fabre

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Telefone sem fio

Fim de namoro é uma meleca. Não interessa quem terminou, sempre há sofrimento. Uns sentem mais do que outros, mas nem por isso o término deixa de ser uma coisa pesada, doída, baixo astral. Com o tempo, o cenário vai melhorando e as pessoas voltam a respirar aliviadas. Mas é aí que aparece um problema: a fofoca pós-término.

Porque, do mesmo jeito que seu namoro começou, com toda aquela publicidade (afinal, foram anos de piriguetagem antes de você finalmente desencalhar), o fim também é marcado pela curiosidade mórbida do porquê o lance terminou. E aí, querido, não há explicações suficientes. Não importa quantos posts você deixou no facebook, quantos tuites elucidativos tentaram explicar o drama, as pessoas sempre querem mais – chegar ao fundo do poço do sofrimento, isso sim.

Só que o phoda é quando o motivo é bobo. Ninguém quer ouvir a história de um namoro que terminou pacificamente, após uma conversa pra lá de amigável. Eles querem ver o oco! E basta seu motivo ser “banal” pra você virar uma eterna perseguida e fonte das fofocas mais surreais.

Em um dos namoros terminados, ouvia incessantemente de uma amiga: “Tenho certeza de que ele te traiu! Afinal, por que as coisas terminariam se não fosse por isso? Posso investigar pra você! Vou te provar que ele tem outra!”

Honestamente! Se o namoro já terminou e eu fiquei convencida de que tínhamos mesmo que seguir caminhos separados, para que correr atrás de uma teoria que os meus amigos acham mais convincente? Só para as pessoas poderem respirar aliviadas por minha história ser tão triste e dramática quanto a delas?

O último caso foi ainda mais chocante – e de certa forma hilário! Um namoro que terminou porque eu gostava de sair (e com saída eu quero dizer colocar o pé pra fora de casa, ir ao salão, fazer compras, pagar conta no banco, e não quebrar tudo em uma discoteca com aquela amiga guerreira), acaba de ganhar uma nova versão. O que andam dizendo agora é que eu terminei o namoro porque ele é muito bem dotado e eu não dava conta da coisa! Cuma?

Já até posso imaginar quem andou inventando essa versão...

By Mari Abreu