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terça-feira, 31 de maio de 2011

Dicas – O Primeiro Beijo

Se eu tivesse que escolher uma dica, apenas uma, para ajudá-la no seu primeiro beijo, seria: assegure-se de que não está com bafo. Escove os dentes, tome um vidro de antisséptico bucal, raspe a língua, coma uma maçã, meta dez halls na boca. Dane-se. Apenas fique com um cheiro bucal decente. É, porque beijar alguém com hálito de peixe podre phode com a experiência inteira. O cara jamais vai se lembrar da sua simpatia, gostosura ou inteligência se descobrir um cadáver não sepultado na sua boca.

Tirando isso, todo o resto é pura lorota. Lorota sim, pois, ao dar o primeiro beijo, você nem vai mais se lembrar de qualquer coisa que tenha escutado ou lido por aí. Beijar é tão gostoso e simples que, automaticamente, você vira expert e passa a não precisar mais de dicas. As formas de beijar vão depender das suas preferências e das do gatinho, claro.

Ainda assim, se você estiver se mijando toda noite de preocupação com o tal do beijo de estreia, leia aqui essas dicas. Quem sabe ajuda?

  1. Quando beijar, curta o momento e esqueça o resto (ou morra de preocupação, se cague inteira e vomite bem na cara dele na hora H. O beijo é seu mesmo...)
  2. Não sabe o que fazer na hora do beijo? Apenas abra a boca devagar, de forma delicada, e imite o parceiro (ou então, se quiser tornar o momento inesquecível e deixar sua “marca”, meta a língua lá no fundo, faça giros escalafobéticos, babe horrores e ainda saia lambendo o rosto dele todo! Ah... você gosta dele de verdade? Então esquece.)
  3. Coloque a sua língua na boca dele e explore o ambiente (parece até dica de relaxamento do tipo: alcance sua paz interior!)
  4. Ah, e só beije quando realmente estiver a fim! Beijar por pressão não tem qualquer graça (hum... deixa pra lá! Eu já ia detonar mais uma dessas dicas felizes!).
Boa sorte e bom beijo!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Primeiro Beijo

Fuçando na internet informações e curiosidades sobre o primeiro beijo (quem sabe via algo fantástico para colocar na crônica?), encontrei esta pérola: “O primeiro beijo deve ser dado em uma pessoa muito especial; beijando uma pessoa especial, será retribuída da mesma forma, sem nenhuma reclamação, porque aquela pessoa te ama, mesmo você tendo um beijo um pouco destreinado. Beijando qualquer outra pessoa estranha poderá ouvir diversas reclamações por não saber dar um beijo de tirar o fôlego”.

Não é à toa que o primeiro beijo, via de regra, é um fracasso!! Quem disse que nosso primeiro beijo é com alguém que amamos?? Eu sei de mais gente que estreou com um carinha legal do que com o grande amor da vida! E, mais, não conheço ninguém que beijou uma pessoa especial só para que ela não reclamasse!

Pô, fala sério! O primeiro beijo já é um superevento na vida de uma pessoa, para que criar ainda mais pânico com essa cobrança sem pé nem cabeça de “profissionalismo”? Honestamente, talvez seja por isso que o primeiro beijo é tão estranho!

Gente, pelo amor de Deus, o primeiro beijo nada mais é do que o PRIMEIRO BEIJO! Oras! Você nunca praticou na vida (travesseiro, laranja e palma da mão não valem. Juro) e aí espera que a primeira vez seja perfeita, sensacional, de tirar o fôlego? Ah, have mercy!

É óbvio que você não saberá como proceder quando aquela bocarra começar a se aproximar. Ri? Para de falar? Avança e beija primeiro? Sai correndo? O nervosismo é palpável. É por isso que as coisas são meio atrapalhadas. Mas sabe de uma coisa? Tudo bem! É só o primeiro beijo. Depois, vai melhorando. E como dificilmente alguém para no primeiro beijo, logo, logo, você vai estar muito mais confiante e conseguirá curtir o momento sem preocupações (é claro que, durante o lance, você vai se perguntar o que fazer com a língua, com a saliva que vai se formando e quando é o momento certo de parar, mexer a cabeça de lado ou aumentar/diminuir a velocidade! Mas isso faz parte)!

Eu, ao contrário do comportamento praxe das meninas de hoje, fugi o máximo que pude do primeiro beijo. Curti toda a paquera, as tentativas, as cantadas e não apressei nada. Quando rolou, foi ótimo! Mas não porque eu era profissional e mandei bem de cara, e sim porque escolhi uma pessoa bacana, com quem rolou um sentimento legal.

O principal mesmo é beijar quem você gosta, no seu tempo, de forma natural, sem ficar encucada com o que o cara vai pensar. Dane-se se ele já beijou outras, está te comparando com a fulana e espera mais de você. Aquele é o seu beijo e ponto final! Pode ter certeza de que quando o lance for maneiro, o beijo vai encaixar.

Ah, e, por favor, fique longe dessas dicas de internet! Olha só como termina o texto que eu achei: “O mais importante é: beije com muito sentimento! Existem casais vivenciando aquele problema da rotina e, por isso, costumam beijar na boca por simples obrigação”. Gente, não era para ser um texto sobre o PRIMEIRO BEIJO?? Desde quando estrear a boca virou problema de rotina? Maníacoo!!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dica - O Primeiro Sutiã

Pensei em dezenas de dicas sobre o primeiro sutiã. Como escolher o tecido, qual cor combina melhor com que tom de pele, que modelo deixa os seios mais bonitos... Mas desisti de todo esse papo. O primeiro sutiã chega cedo demais em nossas vidas e traz mil mudanças (inevitáveis). Por isso, a melhor dica que tenho a dar é: não se preocupe em como será seu primeiro sutiã, não fique obcecada com ele, não passe meses escolhendo o modelo que vai "inaugurar" seus seios minúsculos e nem perca seu tempo imaginando se os garotos vão achar que você ficou sensual...

Em vez disso, curta a infância e a adolescência, saia com as amigas, jogue bola com os meninos, dance ao som da sua música favorita, tome chuva, caia de boca naquele picolé que você adora e lamba os dedos no final. Porque você vai ter uma vida inteira para se "preocupar" com os sutiãs que vão sustentar e dar forma a seu pacote frontal.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Primeiro Sutiã

É mesmo uma graça aquele comercial do Washington Olivetto sobre o primeiro sutiã. Simples e de bom gosto – ainda mais quando consideramos que tem 21 anos de vida.

Quando ele foi ao ar, eu estava com dez anos, idade de ter/comprar o meu primeiro sustentador. Mas eu não me identifiquei nem um pouco com a campanha. Quê? Colocar um sufocador naqueles já doloridos caroços, criar volume extra, ficar com a frente estufada? Tô fora! Não conseguia entender a felicidade da garota da propaganda, nem nunca entendi aquele papo de “que lindo que estamos virando mocinha”. Para mim, o primeiro sutiã representava o início do fim.

É que, na minha cabeça, os meninos eram os melhores parceiros do mundo! Nos esportes, claro. Eu não tinha nenhum outro interesse neles – até alardeava que, se um deles me beijasse, eu cuspiria ou vomitaria na cara deles. Honestamente, só eles tinham o pique, a disposição, a força e a precisão necessários. As mulheres eram, quase todas, um poço de frescura, fragilidade, medo e despreparo e eu, definitivamente, não me encaixava naquele perfil. Eu era forte, agressiva, destemida.

O nascimento dos meus seios foi um marco. Um marco ruim. Pelo menos naquela época... Aqueles caroços, além de provocarem uma dor infinita, significavam que eu não fazia parte do grupo dos meninos, que era diferente deles e, que a partir de então, seria tratada de forma diferente, com certo deferimento, e não mais como “um de nós”. Os caras pararam de me dar cotoveladas, rasteiras, empurrões...

Sofri a dor de duas decepções simultâneas. Por um lado, a dor física daquela acne que nunca estourava, daquele calo permanente, daquele furúnculo eterno (pior ainda quando minha vizinha os apertava toda contente, celebrando minha feminilidade – eu tinha vontade de esmurrá-la todas as vezes). Por outro lado, a dor emocional da separação, do fim de uma parceria bem-sucedida, do ponto final daquela história.

Então, como comemorar a “chegada” do primeiro sutiã? Ele reafirmava meu lado feminino, arregaçava o fato de eu ser diferente dos garotos, me inseria em um mundo de fragilidades com o qual não estava acostumada. Deve ser por isso que sequer me lembro do pobre coitado.

Para piorar, o primeiro sutiã de que me lembro, lindo de viver, foi parar no lixo, antes mesmo de eu ter a chance de experimentá-lo (quem sabe ele me faria dançar de felicidade na frente do espelho, como fez com a mocinha da TV?). Minha irmã caçula estava com ele no dia em que sofreu um acidente. No hospital, os médicos o rasgaram assim, de cara, sem chances para consertos ou reparos.

Conclusão. Eu não me lembro do meu primeiro sutiã e, daquele de que me lembro, melhor mesmo seria esquecê-lo! E foi assim que os sutiãs permaneceram como simples trapos que me separavam do divertido mundo masculino.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O GPS do Sexo

Aplicativo baixado em smartphones já virou febre no mundo gay carioca. A versão heterossexual do programa será lançada ainda neste inverno

POR CRISTINE GERK

Rio - ‘Oi, vamos transar?’ Parece exagero, mas é esse o único diálogo ao vivo traçado pelos adeptos de um aplicativo de smartphone que virou febre no mundo gay carioca. Estamos falando do Grindr, conhecido como “GPSexo”. É só baixar o programa, botar uma foto (geralmente do peitoral ou do abdômen) e ativar o GPS. Na mesma hora, o Grindr indica onde está o parceiro em potencial mais próximo.

Por enquanto o aplicativo só existe com o foco no mundo gay, mas há algumas semanas a empresa responsável pelo produto — conhecida como Project Amicus — anunciou que vai lançar ainda neste inverno a versão para heterossexuais. Os héteros interessados já podem se cadastrar na lista de convidados em www.projectamicus.com. No Brasil, 14.044 pessoas já usam o Grindr no iPhone, iPad, iPod ou Blackberry.

“No perfil, a gente já conta mais ou menos o que curte na cama. Quando você vê alguém interessante perto, manda uma mensagem e geralmente a pessoa responde com foto dos órgãos genitais e do rosto para você conferir se está do seu gosto. Aí você marca um ponto de encontro, por exemplo, na casa de um dos dois. Quando chega, não tem nem conversa. É ‘oi, vamos lá?’ se gostou do que viu, ou então ‘foi bom te conhecer, a gente marca algo depois’, se você se decepcionou”, detalha o usuário ‘Cat carioca’, de 27 anos.

O produtor já saiu com mais de 10 homens que conheceu no programa. Inclusive namorou um casal gay que conheceu online. “Nas festas é uma loucura! Todo mundo com o seu celular na mão de olho nos arredores. Muito gay usa, mas não fala abertamente sobre o assunto porque sabe que pode pegar mal”, admite ‘Cat’.

O programa tem duas versões: uma gratuita e outra que custa 2,99 dólares (aproximadamente R$ 4,7) por mês e permite a visualização de mais usuários. Na versão comum, ao fazer o login (informando idade, altura e peso), surgem na tela 20 fotos de homens próximos.

'É um aplicativo para transar, não para conversar', diz Cat Carioca, 27 anos

“É um aplicativo para transar. Quando alguém começa a conversar demais, o outro responde ‘Isso não é Facebook, não’. Só dá para falar com uma pessoa de cada vez. Se você gosta de alguém, coloca uma estrelinha nele e ela sempre aparece na tela principal. Mas vou te contar: com o tempo enjoa. É muito vazio. Não traz felicidade uma pegação tão fácil, esgota”.

Mulheres querem mais informação sobre parceiros

O criador do Grindr, o americano Joel Simkhai, 33, disse ter recebido dezenas de milhares de pedidos de mulheres por uma versão heterossexual e voltada para elas, sem tanto foco apenas nas fotos e na proximidade geográfica. “A versão para héteros vai dar mais espaço para informações, pois as mulheres precisam conhecer o parceiro melhor antes de pensar em ter qualquer coisa”, explica Simkhai.

Já os gays, segundo Joel, são interessados em contatos mais ágeis, por isso a localização é tão importante: “Os sites de encontros atuais só chegam ao nível de detalhe ‘cidade’. E se tiver alguém interessante do outro lado da rua?”.

O foco na localização geográfica dos usuários é tendência na maioria das redes sociais. No Facebook e no Twitter, por exemplo, é comum os usuários informarem onde estão aos seus amigos virtuais. O Grindr segue a moda e sofistica o sistema, só que com um intuito sexual.

O aplicativo foi lançado em março de 2009. Hoje são mais de 1,5 milhão de usuários em 180 países. As cidades onde faz mais sucesso são Londres e Nova York. Mas muitos ‘gringos’ fazem uso do programa quando vêm ao Rio. Há ainda uma versão para lésbicas, chamada Qrushr Girls. Diariamente, 2 mil pessoas se inscrevem no serviço. No Brasil o uso do aplicativo começou a crescer rápido nos últimos 6 meses.

* O mundo não é mais como era antigamente... Rs!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O sabor dos homens

Estamos fartas de receber nomes de frutas! Caramba, que coisa mais insensível! Torcer uma personalidade até sobrar apenas uma descrição pífia da nossa rica personalidade é revoltante (ok, confesso que algumas mulheres não têm mesmo qualquer personalidade e uma fruta é suficiente para ilustrá-las em sua plenitude)! Mas, de qualquer forma, aqui vai a revanche!

Homem camarão: só tem caca na cabeça, mas, como é gostoso, você come assim mesmo.

Homem caranguejo: é feio e peludo! Mas depois de umas porradas e uma lavagem caprichada, dá para comer.

Homem pão: tem sempre o mesmo gosto, mas, como é recomendado pelo nutricionista, você come assim mesmo.

Homem aperitivo: acompanhado de uma birita, até que ele desce gostoso.

Homem maracujá: é só comer que dá um sono...

Homem lagosta: só come quem tem dinheiro.

Homem caviar: diz que é comido, só que você nunca conheceu alguém que realmente tenha feito isso.

Homem bacalhau: come-se uma vez ao ano.

Homem maionese fim de festa: todo mundo aconselha não comer, mas você manda ver, por puro desespero, e, óbvio, passa mal.

Homem salada: é bonito que só, mas o gosto deixa a desejar.

Homem café de supermercado: você nem queria, mas, como é de graça, vai com tudo.

Homem feijoada: você come e ele a enche o dia todo!!!!!!!

Homem coqueiro: pode trepar, que não tem graça.

:)

A partir da semana que vem, vou postar crônicas que fazem parte da série A Primeira Vez. Calma! Não vou passar semanas falando sobre as primeiras tentativas de mulheres e homens na cama (apesar de que, obviamente, esse tema aparecerá). A série é sobre várias primeiras vezes (o primeiro sutiã, o primeiro beijo, o primeiro estágio...). Espero que gostem!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quando as luzes se apagam...

Você passou toda uma vida planejando seu casamento. Mesmo. Desde os 15 anos, no minuto seguinte à primeira mancha vermelha em sua calcinha, prova cabal de que virou mocinha e de que está pronta para procriar, aposto que já sabia como seriam a cerimônia, as flores, as músicas, a festa, as fotos... Você já definiu como será o clima do casório, como as pessoas estarão felizes e algumas chorarão comovidas, como o noivo suspirará ultra-apaixonado ao vê-la, como algumas “amigas” vão estar babando de inveja (essas não podem faltar!). Nos seus sonhos, os sogrinhos amam você, seus pais estão radiantes, você é fértil, todos se dão bem e o mundo é blaster feliz!

O problema é que esses seus sonhos são pura cascata, porque nada é como a gente sonha. Nada mesmo. Nunca. Não que isso seja necessariamente ruim. Mas as coisas têm vida própria. Sei lá.

O que mais me preocupa a respeito desses sonhos são essas ilusões que criamos, incentivadas pelos filmes hollywoodianos, os livros de contos de fada, as Caprichos e Atrevidas, as novelas...

Se já idealizamos o namoro, o que dirá o casamento? Eu mesminha da Silva nunca achei que namorar fosse tão difícil e complicado. É claro que tem uma parte maravilhosa, deliciosa, ainda mais quando o casal combina, se dá bem de verdade. Só que nunca é igual ao sonho. Nunca. E você se dá conta disso rápido, quando se imagina degolando o namorado pelo o que ele fez com você.

Também, como igualar uma fantasia em que o homem é um príncipe, Deus grego, montado num cavalo branco, rico, sarado, apaixonado, dono de terras e animais, fiel (isso sim é sonhar altooooooo), compreensivo, carinhoso, inteligente, divertido e bondoso?

Gentem, isso não existe! Seria necessário juntar uns 800 mil homens para conseguir extrair um príncipe desses tão perfeitinho.

E, afinal, quem quer alguém tão perfeito assim? Seria absolutamente insuportável e seguramente você o largaria no primeiro minuto juntos, porque só em estar perto dele você se lembraria de como tem defeitos, do quanto é chata, controladora, nervosinha e preconceituosa! E, convenhamos, que porre aquelas pessoas que são sempre certinhas! Blergh!

Só que você não tem ideia disso quando começa a planejar o casamento. E quando começa a ter pistas claras de que o buraco é mais baixo, finge que, com o cara certo, será diferente, que o casamento conserta tudo e que, sim, será feliz como a princesa do conto de fadas!

Beleza. A cerimônia é emocionante, a festa é um arraso. Mas e agora? Agora que são só os dois naquele quarto escuro? Agora que precisam dividir o banheiro e conhecer os fedores do outro? Agora que precisam bancar uma casa e cortar os luxos? Agora que precisam estabelecer quem tira o lixo, lava a louça e leva o cachorro para passear? Agora que precisam dar duro no trabalho e continuar atraentes e fogosos todos os dias dessa longa vida?

É, querida. O depois é que pega. E, com tantos lindos sonhos, o risco é você se casar com o cara errado, empolgada pelo frisson do pedido e da certeza próxima do desencalho (é, eu sei. Todas queremos desencalhar. Por isso é tão difícil dizer não a uma aliança dourada)!

Antes de fazer besteira, olhe para o lado e veja quem é esse cara que hoje a leva para jantar nos lugares mais gostosos, que enche você de presente, que faz suas vontades. Veja se o amor que existe entre vocês é de coração, se o companheirismo não tem a ver só com o frescor do início de um relacionamento. Veja se pensam igual quanto à criação dos filhos, se os planos para o futuro são similares, se as afinidades são verdadeiras, se compartilham os mesmos valores.

Porque quando as luzes se apagam, só sobra você e o melequento, que agora estão um apartamento mais pobres do que antes da festa e já não podem contar com os milhares de preparativos para colocar panos quentes nas dificuldades.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Crise masculina

E já que estamos falando de casamento e temas correlatos, segue uma piada para refletirmos sobre a visão masculina do que representa ter uma companheira de longa data para compartilhar a vida! Quem "fala" é um homem...

Quando eu completei 25 anos de casado, introspectivo, olhei para minha esposa e disse:

- Querida, 25 anos atrás nós tínhamos um fusquinha, um apartamento caindo aos pedaços, dormíamos em um sofá-cama e víamos televisão em preto e branco de 14 polegadas. Mas, todas as noites, eu dormia com uma mulher de 25 anos.

E continuei:
- Agora nós temos uma mansão, duas Mercedes, uma cama super King Size e uma TV de plasma de 50 polegadas , mas eu estou dormindo com uma senhora de 50 anos. Parece-me que você é a única que não está evoluindo.

Minha esposa, que é uma mulher muito sensata, disse-me então, sem sequer
levantar os olhos do que estava fazendo:
- Sem problemas. Saia de casa e ache uma mulher de 25 anos de idade que queira ficar com você. E se isso acontecer, com o maior prazer eu farei com que você, novamente, consiga viver em um apartamento caindo aos pedaços, durma em um sofá-cama e não dirija nada mais do que um fusquinha.

Sabe que fiquei curado da minha crise de meia-idade?

E PRA COMPLETAR...

- Querida, me responda, onde está aquela mulher linda e gostosa com quem
eu me casei?
A mulher responde, sem levantar os olhos do que estava fazendo:
- Querido! Você a comeu. Olhe bem o tamanho de sua barriga!

Obs.: Queridos, desculpem-me pela ausência de crônicas de minha autoria e outras atualizações! Estava louquinha com o casório da minha irmã e agora estou sem computador... Mas prometo que voltarei em breve!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A boa solidão

Nesta semana, minha irmã caçula se casa! É um momento delicioso (mesmo não sendo o meu casório), que desperta em todos nós uma sensação linda! Sabe aquele feeling de que o amor vale tudo e de que não há nada como estar apaixonado e se unir à pessoa adorada? Pois é, essa sensação mesmo! E aí, quando a palavra casamento ocupava minha cabeça, corpo e coração, recebi um texto, de autoria de um jornalista da Época (teoricamente), sobre a solidão. Não essa solidão negativa, triste, prima da depressão, mas aquela que é sinônimo de estar/ficar sozinha, ter tempo para si, sem deixar de ser feliz!

Espero que gostem!

SOLIDÃO CONTENTE
O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas

Ivan Martins (editor-executivo de ÉPOCA)

Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre solidão feminina com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa, disse a prima. Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.

Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.