Pesquisar este blog

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O dia deles

Sou conhecida por ser azeda. Pelo menos aqui no blog. Tudo bem. Eu entendo. Quem não me conhece pessoalmente, só pode “apreciar” mesmo meu lado mais ousado, digamos. E, aí, não é qualquer um que aguenta o tranco.

Quando falo de relacionamentos e de baladas, peso a mão. Faz parte do estilo do blog. Faz parte do meu momento “graças a Deus não preciso escrever mais um texto político”. E, confesso, morro de rir só de imaginar os homens lendo minhas crônicas. Olhos arregalados, coração acelerado, cabelos em pé. Tudo por conta de algumas palavras ardidas.

A única parte ruim é que, por conta do texto, logo imaginam uma solteirona encalhada, amarga e mal amada. Imagina. Nós mulheres já mostramos que somos muito mais do que isso. É possível ter uma opinião diferente, levemente exagerada, algo engraçada e ainda sim ser um partidão (não que eu me considere um partidão. Mas também não sou essa temeridade caquética que pintam por aí).

De qualquer forma, o assunto do texto de hoje são vocês, meninos. Eu, que sempre dou um jeito de avacalhar o sexo oposto, hoje me rendo a tudo o que vocês têm de bom. Mas só porque é Dia Nacional do Homem. Amanhã volto ao normal.

As coisas que eles têm que nos fazem bem

Pouca coisa supera o olhar de vocês, logo cedo, ainda na cama. Aquele olhar apaixonado, acompanhado de um sorriso discreto, de canto de boca, meio que dizendo, um tanto sem graça, o quanto somos especiais. Olhar que parece bobo, mas, para nós, é repleto de significados. Afinal, apesar de descabeladas, de cara limpa e com bafo matinal, somos dignas de amor genuíno. Ponto pra vocês.

Faltam palavras para descrever a delicadeza e a intensidade de um abraço quando tudo parece ir mal. Aquele corpo pesado, meio desengonçado, de repente se encaixa no nosso quase como quebra-cabeça e o que parecia tempestade vira chuva rápida de verão. Ponto pra vocês.

E o que dizer dos gestos inesperados de carinho? Um presente fora de data, uma flor para alegrar o dia, um post it improvisado, um ‘eu te amo’ por telefone, dito na frente dos colegas do escritório. Simples, mas especial. Ponto pra vocês.

Abrir a porta do carro. Trocar a lâmpada. Carregar as compras. Ceder o casaco. Brigar com aquele vendedor que te tratou mal. Coisas que, vindas de vocês, ganham um brilho particular. Mais pontos.

Melhor ainda é a objetividade masculina. O foco naquilo que importa.

E a capacidade de manter amizades muitas vezes mais sólidas do que as nossas? Raramente brigam por mulher. São parceiros até na guerra. Fogem de fofocas e aprendem que xingar o outro é sinal de brodagem.

Como esquecer o fogo de vocês? Uma chama (quase) sempre quente, que nos faz sentir dignas de capa de revista.

Só vocês entendem nossas manhas e aturam nosso mau humor – ainda que de mau humor vocês também. Só vocês atendem nossos caprichos. E, quando erram a mão, vão lá e fazem de novo, do nosso jeitinho.

As mulheres são melhores graças a vocês, bons homens. Feliz dia. E lembrem-se: está em vocês o poder de fazer uma mulher (muito) feliz.