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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Quebre suas próprias regras

É bom ter regras, criar certa disciplina na vida, ter certo direcionamento. Saber o que se quer, como se quer, quanto se quer. É bom lutar por uma meta, um ideal, um objetivo. É bom ser firme, defender seus pontos de vista. É bom conhecer o caminho que se quer trilhar e seguir em frente, com ânimo, ímpeto. Mas é verdade que também é uma delícia se permitir uma folga.

Sabe quando você faz uma coisa que ninguém esperaria e ainda assim sente-se bem, apesar de qualquer crítica? Pois é. É disso que estou falando. Talvez você nem seja criticada pelos outros, mas por aquela pessoa que mais teme: você mesma. Quantas vezes nos punimos por agir de uma forma “diferente”? Quantas vezes nos rebaixamos por nos permitir algo novo ou “proibido”? Quantas vezes nos sentimos culpadas e somos duras com a gente mesma? E a verdade é que não deveria ser assim. Afinal, quebrar as regras pode ser mesmo muito bom.

Por exemplo, no meu caso, ficar com alguém por ficar, só para dar um up na autoestima.

Sempre fui muito radical com esse negócio de ficar. Sempre tive pra mim que ficar por ficar é bobeira. A ficada, para mim, tem que ser uma coisa pensada, organizada, com fins claros. Ficar só mesmo com alguém por quem se tem um interesse genuíno ou com quem possa rolar um algo mais (ou seja, namoro), ainda que o cara não tivesse qualquer pretensão de algo mais sério (quero deixar claro que essa regra vale única e exclusivamente para mim. Jamais condenei uma amiga ou alguém por pensar diferente. Até porque eu ficaria quase sem amigas! Rs!).

Enfim. Carreguei essa regra comigo desde que os garotos começaram a se tornar uma realidade em minha vida. E, na maior parte das vezes, fui fiel à regra. Mas tive muito orgulho de quebrá-la.

Uma dessas vezes em que quebrei a regra e saí feliz da vida foi quando fiquei com um megagato. Rs! Eu sei que parece uma idiotice, mas, naquela noite, eu precisava de um boom na autoestima. Com tanta gente linda circulando, jamais achei que fosse sobrar um gato pra mim. E sobrou. E foi lindo! Eu me senti uma mulher poderosa, bonita, capaz, bacana, divertida... Tudo isso porque ele me abordou.

Engraçado como uma coisa tão boba pode afetar tanto o nosso psicológico, positivamente! Eu já sabia que aquela seria apenas uma ficada, sem pedido de telefone ou segundo round, mas, nossa, como me trouxe bons frutos!

Nessa noite, eu mudei. Mudei a forma como vinha me encarando nos últimos meses, coloquei uma tristeza chatinha de lado e me senti confiante. Confiante na vida, no futuro e até nos homens (veja só o que uns bons beijinhos podem fazer pela gente).

Não vou mentir. Tive que lutar contra o meu lado racional e minha regra eterna. Afinal, qual o motivo para aqueles beijos sem futuro? Aquilo me levaria aonde quero chegar? Não, não levaria. Mas, sem querer, eles trouxeram de volta a leveza de que precisava para continuar firme em meu caminho.