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sábado, 9 de novembro de 2013

Por mais respeito

Ele passou a noite toda conversando com ela.

Só com ela.

Demonstrou interesse logo assim que a viu. E manteve os olhos grudados nela a noite toda.

Mas não ficaram. Não trocaram telefone.

Uma semana depois se encontraram novamente.

E, mais uma vez, passaram a noite colados.

Até que veio o beijo. O grude. O amasso.

E a natural troca de telefones.

Ela ficou feliz. Gostou dele (e é bem verdade que também ajudou a tirar a cabeça do ex).

Além da troca de telefones, eles combinaram de sair juntos durante a semana.

No dia seguinte, sem notícias, ela decidiu tomar a iniciativa.

Mandou mensagem para saber onde ele estava.

Quem sabe não podiam tomar um drinque?

Nenhuma resposta veio.

Tudo bem. Ele pode estar ocupado. Estar com a filha.

E os dias foram passando. E nada de notícias.

Mal sabia ela que aquilo era um prenúncio de quem ele verdadeiramente era.

Até que veio a confirmação do jantar.

Oba! Agora vai!

Então tá.

Veio o momento de pensar na roupa. No cabelo. Na maquiagem.

Veio o momento de sonhar. Suspirar fundo. Rir sozinha em frente ao espelho. E fazer aquela dancinha destrambelhada que toda mulher feliz conhece de cor.

No dia do jantar, o coração dela estava inquieto. Borboletas teimavam em dançar salsa em seu estômago.

E a noite veio.

E lá se foi ela. Linda. Feliz. Otimista.

Pegou mesa. Se ajeitou na cadeira. Conferiu o hálito.

Dez minutos depois, olhou o celular.

Ainda nada dele.

Até que ela sacou.

Ele não compareceria.

Apesar da confirmação no meio da semana, ele furou.

Furou sem mandar mensagem pedindo desculpa pela desistência.

Furou e deixou o telefone desligado.

Assim. Desse jeito.

Por favor, alguém me diz que mundo é esse? Que jeito é esse de (des)tratar as pessoas? Como alguém pode ser tão cruel, malvado e desrespeitoso? Como alguém simplesmente destrói a esperança, os sonhos e o amor próprio de alguém?

E depois esse tipo de homem não entende porque as mulheres andam tão feridas, fechadas, traumatizadas.