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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dois homens e um grande mico

Quinta é dia de programar o fim de semana! Não que haja muito que inventar. Pelo menos, em Brasília. Aqui, é quase sempre figurinha repetida. Mas, pela primeira vez em muito tempo, havia dois eventos para o sábado (quando a esmola é demais...)! Até que foi fácil escolher. Deixei de lado a festa “criança também tem direito a sair de casa” e resolvi encarar a balada alternativa. Afinal, toda IT GIRL tem seu dia legalize.

Decidida a garantir os ingressos pra balada (leia-se: comprá-los antecipadamente, não implorar por eles!), movi meus pauzinhos. Fui atrás do telefone de um dos DJs da festa, conhecido meu, amigão da minha irmã. Algumas ligações e mensagens depois, consegui o número. Disquei.

Oi! Aqui é a Mari, irmã da Carol, tudo bom?
Quem?
A Mari! Sou irmã da Carol Abreu, sua amiga, que mora no Lago Norte.
Quem?
A Mari!!!!!!!!!!!!!! (F#$%*#)! Esquece... Você vai tocar na festa da Vivendo, né
Não.
Não?
Não.
Mas seu nome tá no convite!
Então, esqueceram de me avisar...

Desliguei! Que conversa mais tosca. E que cara mais idiota. Como assim ele não se lembra de mim?

Enquanto divagava, o celular tocou. Detalhe, meu toque atual é “Your Latest Trick”, do Dire Straits (totalmente motel, eu SEI e AMO!).

Oi. Eu tava no Velvet e não entendi nada. Quem fala?
Mariana. Irmã da Carol (zero paciência).
Que Carol?
A Carol Abreu... sua amiga... Lago Norte (idiota)...
Quem?
Você me vendeu ingressos pro último réveillon no Lago Norte!!!!!!!!
Cara, acho que você tá me confundindo com alguém!

Indignada, virei pro lado, olhei pra minha parceira e disse: pior que eu já fiquei com o cara! E ele nem se lembra de mim! E, claro, ele ouviu tudo...

No dia seguinte, uma mensagem me acordou. Era da amiga que tinha passado o telefone do DJ. “Mas pra que você tinha de falar que já ficou com o cara? Que mico surreal!”. Ah, eu sou a que se lembra das coisas, ele é o safa de carteirinha e ainda saio como “a menina que pagou o mico”? Fala sério!

Conversa vai, conversa vem, o mal entendido foi se esclarecendo. Durante todo o tempo, falávamos de pessoas diferentes!!!!! Sim, há dois DJs em Brasília com o mesmo sobrenome na vida real, fisicamente parecidos e, ironicamente, atendem pelo mesmo nome no mundo da discotecagem. Ouch!

E agora, segundo minha amiga, ele deve estar pensando: “Pô, e se ela for gata? Devia ter confirmado a história...". Perdeu, Playboy!

By Mari Abreu

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O que vem depois

E eles acham que é só salvar a princesa...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Batman e... EU (sorry, Robin)

Sexta à noite em Brasília. Pra onde ir? Hummmm... Deixa eu pensar... Pensar o que, filhinha? Isso é Brasília! Tudo bem, tudo bem. Bora pro Bocanegra (ÚNICA opção do dia). Bandinha Birinaite tocando, os ouvidos sofrendo e Shakespeare se contorcendo no túmulo (pense num vocalista desafinado, com um inglês paraguaio).

Sbrables pra cá, sbrables pra lá, eis que surge Batman, com seus típicos dois copos de vodca. Ele sempre carrega dois copos! Por quê? Segundo ele, um é pra beber e o outro é de segurança, caso alguém derrube a bebida (???).

- Oi!
- Oi! E aí, Batman? Tudo bem?
- Tudo ótimo. Poxa, você sumiu...
- Eu não! Você que nunca mais ligou.
- Eu te mandei uma mensagem ontem...
- Sim, uma mensagem sem texto!
- Então... Era pra ver se você ainda se lembrava de mim e fazia contato.

Como assim, Bial??? “Era pra ver se você ainda se lembrava de mim e fazia contato”? E por que não falou isso na mensagem??? Eu mereço mesmo!

Vodca com energético pra cá, vodca com energético pra lá, Birinaite para de tocar (thank God!) e, a essa altura, os vários dois copos de Batman já fizeram seu serviço e ele começa a virar Coringa. Vira pro garçom toda hora e diz (aliás, grita): “Essa daqui é a mulher da minha vida! Meu amor!”. “Aham, Batman, tô acreditando piamente...”. Como toda mulher tem instinto maternal e quase todo homem é uma eterna criança, tento, sem sucesso, controlar o animalzinho. Cansei da brincadeira e fui me divertir de verdade.

Lá pras tantas, vejo Batman no maior vuco-vuco com uma senhorita de origem duvidosa. Ufa! Arrumou outra mãe! Mas nãaaaaaaaaaaaaao, ele não se contentou com a senhorita de origem duvidosa. Nem 5 segundos depois do vuco-vuco, Batman chega cambaleante e diz com todo o charme que é peculiar aos trêbados: “Amor da minha vida, me dá um beeeeijo. Quero casar com você”. Preciso explicar por que eu não aceitei essa proposta IRRECUSÁVEL?

Nove da manhã do dia seguinte, toca meu celular. Meio dormindo, nem vi a bina.

- Alô?
- Oi, Ana, é o Batman.
- Hã? Oi, Batman. Tá vivo, meu filho?
- Hehehe (morto de sem graça) Estou. E você?
- Oxi! Vivinha da Silva.
- Poxa, você me abandonou ontem...
- Olha, Batman (paciência zero nesse momento), cansei de pedir pra você maneirar na bebida e acabei desistindo.
- Você nem me ama mais...
- ... (de tanta emoção, acho que peguei no sono de novo nessa hora)
- Então tá. Liga mais tarde pra me dizer o que você vai fazer.
- Claro, Batman! (NOOOOOOOT)


By Ana Fabre

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Como "ganhar" uma mulher: fracasso garantido ou seu dinheiro de volta

Festa dos anos 80. Muita expectativa – ainda que levemente abalada, após breve passagem pelo Gates que, no dia, era a visão do inferno. Depois que o Visa fez sua parte, entramos. Música bacana, cervejinha (no copo de plástico!), conversa jogada fora... Tudo muito bom, tudo muito bem.

Na fila, à espera do passe para o entorpecimento alcoólico, eis que surge a figura. “Oi”. Olhei para ver de onde vinha a voz. “Nossa, você é linda!”. “Ah, obrigada”. “Seus olhos são verdes?”. “Não, azuis” (eu SEI! Soa HOR-RÍ-VEL, mas as pessoas perguntam!!!). E aí, ele apertou o play... “Blá, blá, blá, me dá seu telefone, blá, blá, blá, tô apaixonado, blá, blá, blá, quero você, blá, blá, blá, me dá um beijo...”. Respira, Mariana, respira.

Ele não fez nada certo, mas mencionou que tem zilhões de amigos e que poderíamos sair juntos, minhas amigas e o bando de testosterona dele. Opa! Minhas amigas solteiras iam AMAR a novidade. Fui caridosa e dei meu telefone (quanto altruísmo!).

O celular tocou já no dia seguinte. Bom sinal. “Oi, só liguei pra dizer que não me esqueci de você! Sei que tá ocupada, curtindo suas amigas, então, vamos marcar pro próximo fim de semana!” Péssimo sinal! Aliás, péssimos sinais. Qual exatamente o propósito dessa ligação? Ligar pra dizer nada? De onde ele tirou isso de “sei que tá ocupada, curtindo suas amigas”? Como diria minha parceira: menos maconha e mais racionalidade!

Obviamente, o homem sumiu. É engraçado! Eles seguem uma rotina comportamental e a gente decora os passos todinhos (rs). Fica difícil ser surpreendida.

A vida seguiu seu curso natural, até que, num sábado, às 6 da MANHÃ, ele liga (por que eles insistem em BOOTY CALLS??). Chapada, só ouvi: “Tava pensando em você. Sinto sua falta. Quero te ver. Ah, te ligo depois pra gente marcar”. Prometa-me que vai fazer terapia!!!

Depois de semanas desaparecido, eis que ele renasce das cinzas: “Vamos a uma festa amanhã? Já estou com as pulseirinhas. Você pode levar uma amiga. Vai ser legal”. Assinado: o cara que tem vontade de te ver desde o dia em que te viu. Rá, rá. Eu mereço!

By Mari Abreu

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vamos aos porquês

O português falado por aqui é o mesmo trazido de navio do outro lado do Atlântico no século 16. Mas aquela coisa europeia, de vogais engolidas e S's e R's altamente sonoros não colou. Como bons brasileiros, demos aquele tapa no idioma de Camões. O tapa foi tão grande que cada cidade brasileira, cada região, adotou um estilo. E começamos a inventar palavras, out of the blue. Nasceram gírias e mais gírias e, hoje, o português daqui nem se parece mais ao de Purrrrtugallllll!

Mas tem sempre aquela palavrinha ou frase de efeito que todo mundo adota, da qual todos gostam, que gruda como chiclete. Perdeu, Playboy é uma delas.

Perdeu, Playboy é totalmente grudento. De início, você nem sabe para que serve, mas, depois, esquece todas as outras frases e palavras criadas para os mesmos fins... Não acredita?

Pensa bem. Você tá na cozinha, fazendo aquele jantar pro maridão (todo esse trabalho pra compensar pela teórica dor de cabeça que você sentiu nos últimos dias). Mas aí ele desconfia dos verdadeiros motivos e solta: Perdeu, Playboy! E todo trabalho foi em vão!

Você malha, malha, malha; sobrevive de alface durante semanas; gasta 2 mil mangos numa blastermassagem; mas a calça não passa nem pelas coxas... Perdeu, Playboy!

O cara te olha na boate, assim que você entra. É lindo, corpo legal, articulado (talvez seja gay, mas dane-se). Te paga uma bebida, sorri com confiança, é convidativo (não confundam com pegajoso), pergunta até seu signo e LEMBRA do teu nome (milagres acontecem)! Mas aí, te pega pela cintura (A-BO-MI-NA-BLE!!): Perdeu, Playboy!

Você se descabela pra finalizar aquela missão impossível que seu chefe passou, bem no estilo O Aprendiz (mude o mundo em 24 horas), e quando vai entregar ele fala “Aham... Legal... Mas agora eu quero exatamente o contrário”. A vontade é matar o infeliz, xingar a mãe dele, soltar um Fala Sério, FDP! bem alto, maaaaaaaaaas você simplesmente não pode. Perdeu, Playboy! Volta pra sua sala, engole a raiva (e a gastrite junto) e começa a sessão “Como Perder seus Cabelos em 5 Passos”. De novo!

Tá vendo? Perdeu, Playboy serve pra quase todas as situações da vida. É perfeito! Irônico é perceber que, quanto mais você ganha experiência de vida, mais se dá conta de que Perdeu, Playboy é carta marcada na sua breve existência. Mas, honestamente, você tinha alguma esperança de sair dessa vida ileso?

Convencemos você, né? Então, Perdeu, Playboy!