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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Tirando onda

Homem tem sempre que estar por cima da carne seca, principalmente quando o assunto são as mulheres (e os relacionamentos). Não importa o preço a pagar. O que ele não pode é permitir que a mulher tenha qualquer espaço para se sentir segura, confiante, no comando (ainda mais quando a coisa está engatando, que é quando ele mais precisa mostrar que é fudêncio). Quando isso acontece, tem início a batalha masculina para recuperar o posto de “é você quem está na minha e não o contrário, baby”. E aí, colega, vale tudo. Até distorcer histórias.

O grande problema é que se você, homem, decidiu mentir para virar o jogo, pelo menos minta convincentemente – e jamais permita que a mulher descubra a verdade. Porque aí, cara, você estará para sempre desmoralizado. Não importa quão bom você seja no resto.

Eu, por exemplo, já fui alvo desse esquema. Um cara, aparentemente muito interessado, fazia planos mirabolantes para ficarmos juntos. O problema foi que ele resolveu tirar aquela onda com a minha cara, pra ver se eu ficava com medinho de perdê-lo e passava então a idolatrá-lo (até porque os caras acham mesmo que as mulheres com mais de 30 são escolhidas e não mais escolhem... Tolinhos...).

Enfim, ele soltou uma lorota sobre uma mulher que avançou nele no meio do expediente. E deu detalhes de como apenas foi educado, “por causa do trabalho, você sabe, né gata?”.

O pior foi que, horas após a tal história, ele logou no Facebook para me mostrar o rosto da tal “avançadinha”. E eu, que não sou boba, aproveitei para ler as mensagens que eles trocaram. Surpresa zero ao ver verdadeiramente como a história se desenrolou.

Foi ele quem adicionou a garota, puxou conversa, partiu pra cima. No mesmo minuto, ele viu que tinha perdido. Levantou todo irritado, calçou o sapato e saiu bufando sobre a minha infantilidade (minha? Hum...). Quis virar o jogo, colocar a culpa em mim.

“Ô, seu menino, perdeu?” Então, engole o choro e vaza com o resto de decência que lhe sobrou. Mas não vira e tenta me fazer sentir mal pelas suas mentiras. Como dois bons solteiros, tudo o que ele precisava ter feito era guardar a história pra si. Mas não. Quis tirar onda, vantagem. Como se não bastasse, ao sacar que me perdia, soltou a desculpa: “era só sexo”. Mereço?