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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Apê de divorciada

domingo, 13 de novembro de 2011

O Primeiro Come-Foge

Amadurecer não é assim tão difícil quanto falam. Tem muita coisa legal em envelhecer e assumir responsabilidades. Você não precisa mais fazer malabarismo e passar o mês com 200 reais. Você tem chance de trabalhar com aquilo que AMA e não precisa mais ficar aguentando toda aquela embromation da época da universidade (como o povo emaconhado fala besteira)...

Bom, tem aqueles momentos ruins, mas garanto que não é nada que nos faça ficar tão mal. Sim, é fogo sair da rotina universitária, de poucas aulas e quase nenhuma obrigação e, de repente, passar a cumprir horário, ouvir esporro de chefe, viver esgotado e ter que pagar contas cada vez mais caras. Também é meio ruim perder o contato diário com tantos colegas legais e passar a vê-los uma vez ao ano, quando muito...

Tudo é contornável, compreensível. Quer dizer, só tem uma coisa que considero horrenda no amadurecer: o fato de que você vai conhecer e passar na mão de um come-foge. Algumas azarentas, pé-na-cova conheceram esse filho do demo já na faculdade, época em que não há maturidade, cabeça ou firmeza suficiente para não cair em um estado depressivo-vegetativo pós-comida. Outras têm um pouco mais de sorte (ou menos azar): conhecem o tipinho mais tarde, quando estão preparadas para aguentar melhor o tranco e acabam, no processo de cura, arrancando só metade dos cabelos ou cortando um dos pulsos...

É impressionante como pode existir no mundo uma criatura tão vil! Como Deus não barrou a entrada dele na Terra e não o mandou direto para o inferno, para ser comido por trás pelos diabinhos com seus espetos quentes? Por causa disso, nós mulheres acabamos, em algum momento, conhecendo o tal fela...

O come-foge, como o próprio nome já diz, é aquele cara desalmado que te leva pra cama e depois vaza. Mas não é que ele vira para o lado e dá uma dormidinha, fuma um cigarro, toma um banho e depois vai embora. Não. Ele ghoza, coloca o jeans e sai, para nunca mais aparecer.

Ele não só te deixa na mão na SUA VEZ de ser feliz, como vai embora sem tecer qualquer comentário, sem pedir seu telefone e sem dar o mínimo sinal de que aquilo jamais aconteceu e que ele está caindo fora porque algo muito urgente ocorreu e que ele sente muito (coisa que nós mulheres também fazemos, mas que, com as desculpas certas, traz certo tom de decência. Por exemplo, quando o sexo foi horrível ou quando o aparato do cara é PP e você, definitivamente, só usa G ou GG: “Você não vai acreditar! Minha amiga acabou o namoro! Está péssima, chorando horrores, falou até em se matar! A gente remarca o encontro, tá? Fofo...”).

Como pode existir alguém assim? O cara invade a sua praia, faz festa no apê com tudo a que tem direito e, na hora do bolo, foge? Ah! Isso sim deveria ser crime hediondo: inafiançável, insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão!

Tudo bem que você é rodada, que já perdeu as contas dos caras que passaram pela sua cama, que não anda muito seletiva e que está levemente preocupada porque esqueceu o nome dos três últimos bonitinhos que conheceram a Gina, mas nada justifica um comportamento desses! Quem ele pensa que é? Conan, the Barbarian?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Somos capazes de cada coisa...

domingo, 23 de outubro de 2011

O Primeiro Pobretão

Queria saber quem foram as responsáveis por garantir à mulher um espaço no mercado de trabalho (em condições absurdamente diferentes das dos homens). Queria mesmo os nomes, para conversar com cada uma delas (ainda que seja um papo cara a cara com um túmulo) e saber o que tem de tão fantástico em trabalhar fora durante oito, dez horas por dia, e ainda continuar fazendo absolutamente tudo dentro de casa, só para mostrar o quanto somos brilhantes e incríveis.

Digo isso porque, além de todas as consequências óbvias dessa “novidade”, temos que enfrentar algo horrendo: homens pobretões que, até então, supostos provedores de lar, jamais teriam coragem de se aproximar de uma mulher sem ter, ao menos, a grana do refrigerante ou do cinema, e que agora se sentem no direito de cantar qualquer uma, principalmente aquelas fora da sua alçada, afinal mulher agora tem dinheiro para gastar, oras, e nada mais normal do que cada qual pagar sua parte (ou pagar por tudo. Nessas horas, eles são os mais ferrenhos feministas...).

E aí, não bastasse termos que viver lindas e gostosas, abertas e acessíveis a qualquer cantada, em uma guerra constante e cruel com as pirigas só para conseguir um cara (daqueles bem mais ou menos), a gente ainda tem que pagar a conta. Pagar o cinema. Pagar a pipoca. Pagar o jantar à luz de velas. Pagar o motel.

É, porque nós somos a maioria, mas uma maioria sem qualquer poder ou controle. A maioria refém da minoria. Nós é que podemos ficar para a titia. Nós é que arrancamos os cabelos para desencalhar. Nós é que temos relógio biológico e prazo de validade para ter filhos. Graças a isso, somos “escravas” do sexo masculino e fazemos praticamente de tudo para ter alguém, ficar com alguém, sair com alguém.

Até topar os pobretões. O phoda do pobretão é que, além de ele ser um homem, o que significa que ele é um metido com direito a escolha, muita escolha, ele ainda tem pouco, muito pouco a oferecer. Não que dinheiro é tudo na vida de uma pessoa. Mas, bem, ele abre muitas portas – especialmente, a porta do sonho dourado do casório.

Passamos anos sonhando com príncipes, mas aí deparamos com tosqueiras de grau maior. O cara faz cera para ficar contigo, deixa você de molho por meses e quando finalmente as coisas engatam, ele ainda não pode levá-la para jantar, para ver um filme e nem pagar o quarto para conseguir o que ele vem tentando obter desde o início (sabe aquela coisa “vai no carro mesmo”?).

Aí fica você abrindo a carteira, arriscando-se a buscar o cara nas cidades satélites, fazendo programa mais barato para não entrar no cheque especial... e o cara é tão babaca quanto todos os outros e vive indisponível – e é muito provável que ele dê um fora homérico em você na primeira oportunidade que tiver, sem peso na consciência.

Sabe de uma coisa? Simplesmente, não vale a experiência. Já bastam os trastes que temos que enfrentar todos os dias.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O primeiro ano de namoro

Na expectativa de ir se preparando para sua inesquecível, deslumbrante e luxuosa festa de casamento, o único momento que realmente importa na vida de uma mulher normal (ter filhos, TALVEZ, é o acontecimento que chegue mais perto da grandiosidade do casório), as mulheres passam a vida promovendo “eventos”. É a comidinha especial da festinha americana com os amigos da escola; é o aniversário de 15 anos; é a formatura bombástica do 2º grau; é a despedida vejo-vocês-daqui-a-duas-semanas antes de partir para a Disney; é a baladinha com as amigas universitárias ainda-bem-que-começamos-oficialmente-a-beijar-na-boca-senhor; e por aí vai.

Quando a mulher é jovem, normalmente ela é bem descolada. Isso significa que casamento é uma palavra fora do seu dicionário de bolso. Ainda assim, ela, sem saber direito o que está fazendo, sem saber que está se preparando para ser uma louca neurótica nos meses que antecedem o casamento, passa a vida planejando eventinhos. Parece que é coisa do demo esse negócio de nos deixar obcecadas com o dia D...

As mulheres treinam, treinam e treinam até serem pedidas em casamento, quando então são oficialmente autorizadas a aloprar geral, organizando a cerimônia e a festa, dando ordens a todos que encontram pela frente, decidindo doces, decoração, música, vestido, sabor de bombons, cor da toalha do lavabo, espessura do papel higiênico...

Antes de esse momento chegar, leva-se uma vida de prisioneira dependente e viciada em desencalhar. Parece que a única missão da mulher é garantir o desencalhe, como se fôssemos responsáveis por pôr ordem em um porto estratégico e pelo bom “andamento” dos navios que ali atracam. Dane-se se você é inteligente, engraçada ou tem um emprego maneiro. Quem não desencalha, não tem sobrenome.

Talvez seja por tudo isso que nada é tão comemorado, planejado e milimetricamente arquitetado quanto os aniversários de namoro. E aqui não me refiro apenas à comemoração de um, dois ou três anos de relacionamento, que me parece sensato e bacana. Nós comemoramos os MESES. Sim, os meses! Por quê? Parece coisa de gente maluca sem ter mais o que fazer? Qualé, mermão! É delicado. É romântico. É fofo. É ticoticotico...

E aí você logo imagina que, pelo fato de ser um mesversário, a coisa é bem mais light, né? Que nada! Merece atenção total! Presente, cartão, jantar em restaurante chique, roupa nova, lingerie caliente, dancinha da sedução e mil outras bobagens fazem parte do kit mais-um-mês-juntos-nem-acredito! Você passa o dia comemorando, ligando pro cara, enchendo a paciência dele, gastando sua voz retardada de bebê, tudo para convencê-lo de que você é especial e de que esse namoro precisa seguir em frente, firme e forte. Afinal, desencalhar é o que há de VIP!
Pior que, nessa fase, inventamos até que é lindo trocar “alianças de compromisso”. Mas que mania nós temos de querer esfregar um arozinho maldito na cara de quem está sozinha! O negócio virou um mercado inesgotável! É preciso amar muito e comemorar mais do que muito todos os meses. Claro que isso é uma cobrança do nosso mundinho feminino, pois o homem não está nem ligando para essas coisas.

O negócio é tão descarado que, mais velha, você mal tem paciência para dizer “Eu te amo” só porque é o tal mesversário de namoro. Você passa a comemorar apenas os anos de relacionamento e olhe lá. Depois, casada e com filhos, mal se lembra do marido – e, normalmente, quando lembra que ele existe, logo se recorda o quanto o acha um chato de galocha sem noção, barrigudo e mongolóide.

Fala sério! Não está mais do que comprovado que essas comemorações não passam de um uberplanejado anzol para fisgar um carinha e então dormir em paz sabendo que se é casada?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ficou tudo tãoooooo mais claro!


Esse vídeo é mesmo fantástico! Fan-tás-ti-co! Não é que agora você entendeu tudo o que tinha que entender sobre o tema? Acho que vou sugerir ao governo brasileiro que lance um assim, em português. Só espero que eles não pequem na escolha dos "atores" e coloquem no vídeo gente como Neymar ou Ronaldinho Gaúcho! Ecaaaaaaa!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Primeiro Casado

Aposto que nem preciso falar nada. Você (até mesmo quem nunca se envolveu com um cara casado) já conhece o discurso todinho, de frente para trás e de trás para frente, decoradinho, na ponta da língua.

Homem casado é assim: gasta os dias dizendo que o casamento está por um fio, passa a sensação/impressão de que vai deixar a esposa para ficar contigo, a “nova” mania dele, e capricha o quanto pode para deixá-la arriada, envolvida – para que ele possa ligar quando quiser (leia-se: quando tiver com tesão), sem precisar dar qualquer satisfação (leia-se: gastar tempo com as preliminares), simplesmente para comê-la (leia-se: aliviar a dele e virar para o lado e dormir ou então assistir aquele jogo horrendo da 2ª divisão só porque ele pode. Você é só a amante, esqueceu?).

O protocolo é milenar, batidíssimo, mas é impressionante como o caô ainda funciona! Homem casado é sofrimento na certa! E como imaginar que alguém possa querer isso para a sua vida? Pelo visto, tem toneladas de pessoas que querem...

Aliás, depois de muito tempo quebrando a cabeça, tentando achar uma explicação honesta e digna para o fato de as mulheres se envolverem tanto com os malandros ocupados, me dei conta de que a razão não é nada dignificante. As mulheres gostam tanto dos comprometidos exatamente porque eles são sinônimo de sofrimento e causa perdida. É só falar em dor e causas impossíveis que, no mesmo segundo, aparece uma mulher doida (quando não muitas) para provar que, COM ELA, será diferente.

Que coisa mais idiota! Achar que você é capaz de separar o que Deus uniu. Achar que você, com seus 100 centímetros de bunda e cochas roliças, é capaz de fazer um homem mudar de ideia, como se em algum momento da vida algum ser planetário tenha conseguido que qualquer homem que fosse mudasse de ideia a respeito de qualquer coisa, mesmo a mais imbecil delas (principalmente a mais imbecil delas).

E aí, anos de sua vida são desperdiçados com o cara inatingível, aquele que jamais vai ser seu. O pior é ver quantos planos você faz com o tal pilantrão duas-caras – na verdade, fica difícil chamar o cara de pilantra quando, na verdade, ele jogou a real desde o início e foi você quem aceitou conviver com as sobras (dá para dizer que ele é pilantra com a esposa, enganada, coitada, mas não com você).

Com muita frequência ouço amigas planejando o futuro com cara comprometido. Dar aquela escapadinha no fim de semana, conhecer os amigos dele em alguma baladinha, ainda que apresentada como a amiga do trabalho, passar um fim de ano na mesma cidade, quem sabe? Para quê? Por quê? O que um homem casado tem de tão bom para oferecer? A falta total de compromisso? O desrespeito por você? Um piruzinho usado?

No fim das contas, são as amantes as grandes responsáveis pelo caos nos relacionamentos dos casados, pelos abalos sísmicos na vida das famílias e pela baixa autoestima das esposas, parcialmente trocadas, parcialmente necessárias e essenciais. Se nós, mulheres, nos respeitássemos e respeitássemos nossas amigas, colegas, parceiras do sexo feminino, as traições seriam bem menos frequentes. E aí obrigaríamos os homens a enfrentar o casamento pra valer. Ou o cara se dedicaria ou cairia fora, para comer quem quiser – e assim daria a chance a tantas mulheres de ouro de serem felizes e realizadas no amor de verdade.

O mais degradante de tudo não é só destruir a vida alheia, mas sim a própria vida. É que a amante vive uma vida de negação. Finge que é feliz. Finge que tem alguém. Finge que faz planos. Finge que é amada. Finge que vai ter uma casa no campo, com filhos saudáveis. Finge que será beijada torridamente todos os dias antes do café da manhã. Finge que caminha em direção a um futuro bacana. Finge que é uma mulher direita. Finge que encontrou o propósito da vida. Finge, finge, finge.

Ninguém gosta (ou deveria gostar) de ser a segunda, a outra, o resto, a sobra. Então, por que você ainda aceita entrar nessa? PeloamordeDeus, não me venha com esse papo de que é uma mulher independente e que tem direito a testar seu poder de sedução com quem quiser. Ao menos assuma a sua real identidade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Primeiro Fora

Sua mãe passou a vida inteira lhe dizendo o quanto você é uma princesa: linda, inteligente, amorosa, prendada, boa moça... Resumindo, um partidaço. Aliás, é só nisso que as mães pensam. Afinal, todas querem dormir o sono tranquilo merecido apenas por aquelas que criaram filhas desencalháveis e dignas de serem pedidas por algum homem que o valha – quem cria solteironas paga caro tanto no céu como no inferno: punição por interromper a sequência sagrada da procriação.

Além disso, a vida real lhe mostra que, bem, parece que sua mãe até que tem mesmo razão. Nas baladas, sempre tem alguém paquerando você. Na faculdade, dois carinhas já pediram você em namoro. Na rua, sua popularidade não é das piores (lembra aquela vez quando DOIS pedreiros assobiaram, ao mesmo tempo?).

Até que, um dia, aquela amiga alternativa demais para o seu gosto vem com uma ideia de girico (óbvio). Sabe aquele papo retrô de que mulher hoje não é mais submissa, ocupa postos importantíssimos no mercado de trabalho, faz o que qualquer homem faz, carrega tijolo, troca lâmpada, blá, blá, blá, caixinha de fósforo? Pois é, esse papo preguiça chegou aos relacionamentos.

E aí a tal da maconheira passa a noite tentando convencê-la de que, sim, você pode chegar naquele carinha lindo da balada. Sim, ele vai dar mole para você e ficar totalmente na sua. Ei, do que você tem medo? Você sempre foi uma mulher tão confiante... O único risco, ela lembra, o único risco mesmo, é se ele for gay – porque, para as mulheres, homem que nega fogo, beijo ou amasso só pode ser gay (ninguém considera a hipótese de que ele simplesmente acha você uma mukissa de peitos murchos e bunda chapada).

Depois de horas de convencimento, você começa a acreditar que, ei, quem sabe? Vai que realmente não existe mais aquele pensamento machista de que mulher que chega junto é barata ou absurdamente oferecida? Vai que os caras mudaram radicalmente e acham normal e até masculino ser cantado e escolhido a dedo por uma moça neandertal, ganhar menos e ficar por baixo do papai-mamãe, gemendo de tesão?

Eis que a coragem supera o terror e você chega nele. Afinal, você não é uma princesa à toa. Mas o cara olha você por cima do ombro, vira para os amigos e cai na risada. Você, uma moça de fé, fica ali, firme e forte, esperando eles se recomporem para se apresentar – em vez de simplesmente sair de lá com aquela cara de “hahaha, eu esbarro no cara e ele acha que estou é dando mole! Retardado!”!

Não. Você fica bem ali, parada. O cara continua tossindo de tanto rir; enquanto isso, você capricha no olhar 43 e mostra bem seus dentes realinhados após 10 anos de aparelho fixo. Até que, inevitavelmente, ele dá uma deixa e você solta: Oi, tudo bem? Meu nome é Cynthia. Cyn-thia com Y e TH. Faço faculdade. É, sou u-ni-ver-si-tá-ria. Chique, né? Tenho 18 anos, bem, 18 e 27 dias, rs. Já te falei que adoro viajar? Adoooooooorooooooo! Meus amigos dizem que sou sangue bom demais. Moro no Lago Sul, com meus pais. Sonho em casar bem mais tarde, aos 27, mas quero uma cerimônia simples, nada disso que rola hoje, superproduções over total, e, como não, ainda quero curtir muito a vida antes de me amarrar para sempre a um cara, punk isso, né? Ficar para sempre com alguém, acostumar com o cecê do cara... Ah, quero morar em Manhattan, nem que seja por um ano, só para conhecer, sabe, viver aquela vida a la Sex and The City, mas, nossa, Deus, não sou nada como a Samantha, pode ficar tranquilo, sou totalmente a Charlotte, talvez com alguma pitada de Carrie e um pouco do humor ácido da Miranda, quer dizer, o humor dela não é ácido, é meio tosco mesmo... esquece, apaga tudo, retiro o que disse, sou mesmo a Charlotte, só que melhorada, porque eu cozinho, limpo a casa, faço de tudo... Não seria perfeito ter gêmeos?

(Preciso de parênteses!!! Depois eles é que são sem noção! Honestamente, não sei o que é pior. Chegar dando a ficha completa e fornecendo detalhes impublicáveis sobre seus sonhos adolescentes ou agarrar pela cintura, dizer que está apaixonado e tentar roubar um beijo de língua antes mesmo de perguntar seu nome).

O cara olha para você, olha para os amigos e solta um arroto, bem na sua cara. Automaticamente, o grupo todo cai na gargalhada. Como assim? Ele nem sequer se deu ao trabalho de respondê-la, fazer qualquer comentário, sugerir qualquer programa para o fim de semana envolvendo vocês dois, um pacote de pipoca e mãos entrelaçadas e assanhadas?

Para tudo!!!! Tem algo errado aqui! Eu sou uma PRIN-CE-SA! PRIN-CE-SA! Minha mãe cansou de me dizer isso, sempre, todos os dias. E os caras da faculdade gostam de mim. Até querem me namorar! Você não pode estar me desprezando, não pode estar me dando um fora, não pode estar zombando de mim... (olha o mal do call center!)

Buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Você sai correndo para o banheiro, onde sua amiga cheia das ideias legais a encontra. Você não sabe se enche a menina de porrada, se joga da janela do banheiro ou pega suas coisas e vaza da balada, correndo, antes que o arrotador a veja. Até que você se lembra!!! Rapidamente, enxuga as lágrimas, engole o choro, lava o rosto, retoca a maquiagem. Quando sua amiga se prepara para perguntar o que houve para que você mudasse de ideia assim tão rápido, você solta: ELE É GAY! Bem que eu desconfiei. Muito bonitinho, arrumadinho, malhadinho, gostosinho... Gay, amiga, TOTALMENTE E ABSOLUTAMENTE GAY!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Speed Dating

O site Candango anda muito bonzinho, ultimamente. Dia desses eles soltaram matéria com uma programação voltada para quem está solteira (aliás, solteiríssima!). Só que esse evento é bem diferente dos demais já anunciados por lá (e por qualquer outro site). É a "balada" perfeita, pois você entra solteira e tem chances reais de sair NA-MO-RAN-DO!

Duvida?

Olha só:

Sucesso na Europa e nos Estados Unidos, o Speed Dating chega a Brasília. O evento, que será realizado na quarta-feira, 28 de setembro, é um jeito moderno e divertido de conhecer pessoas. No Genaro Jazz Café, sete mulheres e sete homens (da mesma faixa etária) terão sete minutos para conversar com todos os participantes do sexo oposto.

As mulheres ficam sentadas em mesas ou sofás para acomodar duas pessoas ao mesmo tempo, enquanto os homens fazem uma espécie de rodízio de mesa em mesa. Uma buzina ou campainha alerta quando o tempo de conversa para cada casal acabou e o participante deve se dirigir à próxima mesa. Esse rodízio acontece até que todos os casais tenham se conhecido.

Após a conversação, os participantes entregam cartões com sua avaliação sobre os “pretendentes” para a organização, que analisará as escolhas de cada um. Se duas pessoas registrarem interesse mútuo em se ver novamente, tanto para relacionamentos como para amizade, seus contatos serão repassados.

Para participar é necessário inscrever-se de acordo com a sua faixa etária, mediante o pagamento da taxa de R$ 30,00. As inscrições podem ser realizadas pelo site ou pelo e-mail eu@querospeeddating.com.br. Um e-mail de confirmação será enviado ao participante.

Animou? Se procura namorado, corre e se inscreve!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Primeiro Contracheque

Gente, para tudo! Que mixaria é aquele primeiro contracheque que a gente recebe?? Quer dizer, tudo bem que você não é formado, que está aprendendo e que tem pouca bagagem, mas R$ 300 não dão nem para começo de conversa!!! Principalmente na fase universitária, quando sua vida se resume a beber cerveja todos os dias nos bares mais sujos da cidade só para fazer a social e não destoar dos coleguinhas.

O mais louco é que a gente comemora o recebimento daquela coisa! Celebramos o primeiro salário, aquela primeira grana. Afinal, querendo ou não, foi uma grana batalhada, suada, bem diferente da verdinha que saía arduamente do bolso do seu pai. Aliás, quer coisa mais horrenda do que ter que pedir 20 mangos para ir ao cinema e ainda explicar seus gastos, trazer nota fiscal e dar troco? Acho que é por isso que não nos importamos tanto com a quantia!

Agora, o que jamais vou entender é como aquele dinheiro rende o mês inteiro!!! Sério! A cada dia que passa, eu gasto mais e fico mais incrédula diante de histórias de pessoas que vivem bem, felizes e inteiras (na medida do possível) com 300 reais por mês, estagiários ou não. Que que é isso?!

Tudo bem que tenho um apartamento para quitar, carro, gasolina, celular e essas coisas. Fora as roupas caras, a maquiagem de luxo e as viagens de fim de semana, com direito a jantares babilônicos e shows internacionais. Ainda assim, tirando todos esses penduricalhos, como viver com R$ 300 por mês???

Pois é, pior que tem muito brasileiro por aí vivendo com isso. Muita gente batalhadora, honesta, madrugadora (e atolada de filhos) vive com essa quantia. Ou sobrevive, porque viver mesmo não dá direito. Mas o mais surpreendente é que essas pessoas são, via de regra, felizes, sorridentes e pouco chegadas a reclamações. São pessoas que enfrentam a vida e colhem o que há de positivo – e o que não tem solução, solucionado está.

Talvez devêssemos aprender mais com elas – ou até com nós mesmos. Basta olhar para o passado. Talvez devêssemos nos lembrar de como éramos felizes e resolvidos com R$ 300. Como fazíamos quase tudo o que queríamos e não faltava nada, nunca. Como uma balada podia ser maravilhosa, mesmo sem qualquer tostão para gastar!

Tudo bem que a gente envelhece e o mundo deixa de ser tão cor-de-rosa. Não tem mais aquela liberdade da juventude. A vida agora é um mar de obrigações, amarras, tarefas, contas, problemas... Mas não nos deixemos enganar. Há várias formas de ver uma mesma cena. Quem sabe não conseguimos treinar um novo olhar e voltar a ser feliz como antes, com o pouco de antes?

Até porque não importa quanto você ganha; há sempre formas de torrar toda a grana. Melhor mesmo aprender a viver com menos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Primeiro Porre

Meu primeiro porre foi coletivo – e acidental, diga-se de passagem! É claro que não fui para o “evento” (éramos quatro amigas e cinco coleguinhas) mal intencionada, pensando em como cada gota daquela bebida me deixaria passada. Eu acreditava piamente que aquela cachaçada era só mais uma reuniãozinha feminina, com direito a alguma paquera e boas risadas.

Talvez deva confessar que fui um tanto ingênua. Afinal, eram cinco litros de cachaça só para a gente. Quer dizer, só para as mulheres, pois chegamos primeiro ao local, sem qualquer notícia sobre o aparecimento futuro dos amigos – e pretendíamos beber tudo. Fomos curtindo a vibe, entornando copos, como se não houvesse amanhã – horas depois, realmente parecia que não haveria.

Lembro-me que estávamos muito felizes. Ríamos de tudo. Aquela noite parecia mais especial do que as outras, sei lá. Os meninos foram chegando e ainda assim o clima continuava bacana, talvez até melhor do que antes, o que era muito curioso, pois os homens costumavam estragar um pouco a felicidade despreocupada e devassa das mulheres, fazendo-nos sentir péssimas por não sermos donas de casa subservientes.

Foi só então que me dei conta de que quatro garrafas já tinham ido para o saco e então comecei a pensar que estávamos bem demais depois de tantas branquinhas. Como assim ninguém passou mal? Está todo mundo articulando palavra, dançando, rindo? Ninguém precisa de glicose?

Cada garota foi então “cuidar” da sua vida. Só nos reencontramos no final da noite, apesar de termos continuado todas na mesma balada. E que final de noite!

De repente, vejo minhas duas grandes amigas caindo pelas tabelas, bêbadas até o talo, com caras horríveis de arrependimento. Corri, preocupada. Foi aí que ouvi o primeiro choro. “Fiquei com ele. Meu Deus! Como? Ele tem namorada! E eu nem o achava bacana, lembra? Torci o nariz para ele na aula!”. Mais choro convulsivo e lágrimas, muitas lágrimas.

A outra, que aparentemente não tinha feito nada de errado – a não ser dançar de forma provocativa com três dos cinco convidados –, desatou. “Cara, que isso! Não chora! Você fez merda, eu fiz merda, a vida é uma merda... Quer dizer, sei lá! Mas passou! Agora, preciso dizer que estou é com pena dele, porque sei que você vai partir o coração do coitado”.

Pela conversa, era difícil dizer quem estava pior. Fiquei olhando aquela cena caótica, meio rindo, meio preocupada, até que uma chamou o Raul. “Ah, então ela está pior...”. E aí a outra cuspiu um caldo encaroçado e ácido na mesma intensidade e volume da outra. “Hum, pho-deu. Estão todas po-dres”.

E aí já nem havia tempo para os meus lamúrios, choros, meu vômito (na verdade, eu estava mesmo ótima e tinha adorado a noite). Água, água, água. Todas no carro. Obrigada, meninos, mas precisamos mesmo ir. Passando mal? Que isso! Elas estão ótimas. Só com sono mesmo. Sabe? Coisa de mulher. Já ouviu falar em sono da beleza? Amanhã ligamos. Não se preocupe. Não vamos sumir. Ei, que chatice. Estamos indo embora! Vou fechar o vidro agora! Para de enfiar sua língua na minha amiga!

Nem sei como consegui deixá-las em casa intactas, vivas. Mas o fiz. Cada uma chegou em casa respirando e então fui descansar. Não tive ressaca, não dormi mal e nem fiquei com peso na consciência. Juro! Foi um porre tão light que pensava repeti-lo qualquer dia daqueles. Só para desafiar quem ousasse falar qualquer coisa negativa sobre o excesso de bebida.

Foi então que recebi, por e-mail, as fotos da festa, tiradas por um dos meninos, bem no estilo “Se beber, não case”! Quê?????? Não sei explicar, mas de repente entendi perfeitamente o que queriam dizer sobre o tal PESO na consciência...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Primeiro Casamento

Difícil escrever sobre o primeiro casamento. Difícil porque ele representa um milhão de coisas diferentes, da memória mais feliz à memória mais deprê, tudo dependendo da idade em que a mulher se encontra. Claro. Quer dizer, pelo menos no meu caso.

Desde pequena somos treinadas para brincar de casinha, cozinhar, arrumar o lar para o marido perfeito e se manter deslumbrante 24/7. Veja a Barbie! Que influência mais surreal. A mulher é linda, magra, vive maquiada, só tem roupas fashion, unhas feitas... E a bicha ainda é rica e manda bem em todas as áreas da vida. Pho-da!

Graças a isso, passamos anos e anos sonhando com o Ken, príncipe encantado, e com o tal do casamento, que deve ser uma coisa mesmo maravilhosa. Afinal, se a Barbie que é a Barbie casa, por que não iríamos querer destino semelhante? E aí vem aquela coisa idealizada: sonhamos com o casamento perfeitooooooooo dia e noite e nossas mães, teoricamente experientes, nos dão corda!! Deveriam ir para a cadeia por conta disso!

Até que você larga as bonecas e começa a frequentar a escola cheia de meninos. Vocês se dão bem, brincam, jogam bola, rolam na terra. Mas quando alguma amiga insinua que está na hora de dar o primeiro beijo, sua vontade é vomitar. Simplesmente colocar o enroladinho de salsicha para fora. E aí você se dá conta de que, para ter o tal casamento perfeito, você VAI ter que beijar. E é aí quando você promete para si mesma que jamais vai encostar os beiços em alguém, quanto mais trocar alianças.

Mais tarde, quando consegue se livrar do pânico do primeiro beijo e anda toda saidinha, o sonho do casamento volta à tona. Nessa fase, você está na faculdade, curtindo a vida adoidado, namorando bastante, saindo, conhecendo meninos diferentes e, de vez em quando, permite-se pensar no tema e fazer planos nada detalhados sobre o casório. Basicamente, com que idade casaria e quantos filhos teria. Só.

Aí, lá para os 24, 25 anos, você começa a ficar em estado de alerta, pois faltam só dois anos para se casar, segundo seus planos originais, apesar de ainda não ter encontrado O cara. E como se leva um ano para organizar tudo, após o pedido, o tempo anda mesmo apertado, você conclui. Pior é que falta o futuro esposo, o cara que vai pedir sua mão em casamento e vai amá-la para sempre, mesmo gorda, enrugada e baforenta e, sem ele, fica meio complexo colocar o plano em prática. Você até pensa em reservar a igreja, mas como essa é aquela fase em que ainda dá tempo de procurar alguém bacana, você decide esperar um pouco. Quem sabe alguns meses? Afinal, você é jovem, recém-formada e o mundo começa a desabrochar diante de seus olhos.

De repente, quando você menos imagina, suas amigas estão todas se casando e sua vida se resume a arrumar vestidos para as diferentes cerimônias e agendar maquiagem e cabelo. Solteira, você imagina encontrar alguém interessante nas festas, regadas de champagne e de um sentimento profundo de fé nos relacionamentos. Quer dizer, por parte das mulheres, pois os homens continuam fazendo o que sabem melhor: encher a cara e passar o rodo (ou anotar telefones para passar o rodo depois, sem testemunhas – pior que você só saca isso depois, quando já é tarde demais).

Aos 30, não é só a década nova que a deixa arrasada. Cadê a porra do anel que você já deveria ter recebido do cara que, teoricamente, vai amá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença???? Coisas como príncipe encantado, casamento dos sonhos e um ano de planejamento para a festa de desencalhe parecem coisas estapafúrdias! Afinal, com essa idade, quem liga para isso? O lance é trocar de estado de civil. O resto que se dane. E ai de quem lembrar que as amigas estão planejando ou TENDO o segundo filho!!! Morraaaaaaaaaa!

A insanidade é tamanha que você esquece o romantismo e parte para os finalmente. Toda saída é detalhadamente planejada e você parte de casa armada com listinhas de MUST HAVE para ticar, conforme conversa com os caras. O único pró dessa idade é que a lista é ridiculamente minúscula. Afinal, balzaca encalhada e desesperada não tem muito o que escolher. Basta articular palavra (qualquer uma) e ter aquilo que balança em bom estado de funcionamento. CHECK!

E a crônica termina aqui. Por quê? Porque, querida, após os 35 anos ninguém mais fala em casamento. E não porque voltamos àquela fase de curtir e aproveitar a vida, enquanto o Mr. Big não aparece. É porque viramos amebas e amebas não casam. Ou casam? Socorrooooooooooooooooooo!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Primeiro Filho

Deve ser maravilhoso ter um filho e nada me convence do contrário. Acho que é por isso que tenho vontade de ter quatro. É, isso mesmo. Quatro filhos (nesta encarnação, que fique claro). Sempre nessa hora aparece uma fila interminável de pessoas descrentes, gargalhando da minha cara, com apenas uma coisa a dizer: “Tenha o primeiro e depois a gente conversa”.

Seja como for e sem entrar no mérito sobre o número de herdeiros, o mais importante é o prazer que uma criança traz. Claro, dá trabalho, você nunca mais tem uma noite inteira e sólida de sono, o casamento pode dar uma esfriada, você nunca mais vai ter toda aquela grana para comprar roupas chiques, as saídas viram artigo raro no mercado, as viagens precisam ser uberplanejadas...

É até bem legal que hoje as coisas estão mais claras, as dificuldades são alardeadas rotineiramente e temos muita informação para decidir se queremos mesmo ter filhos. Não como antigamente, quando o filho também fazia parte do pacote "Conto de Fadas", junto com o príncipe salvador montado no cavalo branco!!

Mas como negar que sua vida muda para sempre? Ter um filho faz de você uma pessoa mais nobre, uma pessoa melhor. Afinal, para começo de conversa, você produziu um ser perfeito, com nariz, dedinhos e coração! Não é simplesmente maravilhoso? Como imaginar que de uma transa tão comum, ordinária, sai algo tão divino??

Você ajuda a criar aquele ser, formar sua personalidade, transformá-lo em um cidadão do mundo (se for menino, ensine-lhe modos, pelo bem das mulheres!). Aquela pessoa pode se tornar um presidente da República!

Mas mais do que tudo tem o que aquela criancinha ingênua e despreparada faz por você. Já percebeu como as mães são mais bonitas do que as outras mulheres (principalmente quando estão redondas de grávida)? Como são mais serenas, compreensivas, sensíveis, solidárias? São mais justas, menos egoístas, carregam sempre um olhar doce e benevolente... São, sem sombra de dúvida, mais evoluídas.

Para mim, é o filho que dá sentido à vida. Claro, acho que nos damos conta disso quando ele vem na hora certa, pois quando ele chega cedo demais, fica difícil raciocinar, quanto mais vê-lo como algo tão incrivelmente perfeito! Porém, veja bem. Passamos pelas bebedeiras, pelas farras, pelas descobertas, pelo egoísmo, pela ignorância, pela liberdade sem limites e, de repente, vem a criança reorganizar tudo. Devolver o bom senso, o equilíbrio.

Filhos, ainda não os conheço, mas já os amo muito!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O primeiro término

Você nunca tinha se apaixonado por alguém antes, então não fazia ideia de como seria ficar sem a tal pessoa amada. Só que, um dia, você começa a namorar – e seu coração se perde pelo dele no prazo exato de um mês. Você, que sempre esteve solteira, agora não pode imaginar voltar à vida de antes. Não me entendam mal. Ninguém morre por ficar sozinha, ninguém é infeliz porque está solteira, mas é muito bom ter alguém (muito mesmo).

Então, você namora e descobre os encantos de estar apaixonada. Vive nas nuvens, sorrindo e, por um minuto, acha que encontrou o homem da sua vida. Mas os dias passam, as brigas aparecem, a chapa esquenta e vocês terminam. E o fim do primeiro namoro traz sensações as mais loucas e contrárias.

Por um lado, você sofre loucamente, afinal nunca terminou um namoro, nunca se apaixonou por alguém (e depois precisou aprender a ficar sem ela), jamais havia criado laços tão profundos de parceria e intimidade para depois voltarem a ser completos estranhos. E isso, além de ferir o coração virgem da gente, traz consigo um fato doloroso: os homens não são príncipes (muito menos andam em cavalos brancos), os relacionamentos dão trabalho (e estão longe de ser um poço permanente de alegria) e, bem, a decepção sempre fará parte da nossa vida, ainda que em doses controladas (outros não têm tanta sorte).

Só que, apesar dessa dor absolutamente nova e dilacerante, existe um lado positivo em tudo isso. Você conheceu profundamente uma pessoa maravilhosa, que talvez jamais cruzasse seu caminho, e essa pessoa lhe ensinou muito, lhe permitiu viver coisas maravilhosas, momentos inesquecíveis... E então você cresceu, amadureceu e seguiu em frente, em busca de novas experiências, novos amores, sorrisos, afagos. E não há nada melhor do que essa bagagem que a gente vai fazendo ao longo da vida.

Mas o melhor de tudo ainda (vocês sinceramente acharam que eu terminar o texto sem qualquer ironia?) é que, quando o primeiro namoro termina, você é ainda muito JOVEM, magra e esbelta para se preocupar com o término. Esse foi só o primeiro de muitos. Por isso, fica difícil entender por que as mulheres vão ficando tão neuróticas com esse papo de casamento, filhos ou (argh) ficar para a titia. E pode ter certeza de que, enquanto pensar assim, choverão pretendentes!

Agora, deixa só você virar balzaca e começar a ficar obcecada com desencalhar! Aí, querida, a história é outra. O fim do namoro vira dramalhão de primeira e você acha que Deus tem birra contigo. Por isso, experimente muito enquanto pode, enquanto é jovem, até mesmo para saber que tipo de homem a faz feliz, porque depois, quando já não é mais você quem dita todas as regras do jogo, o negócio é ir com a maré e se abrir para o que vier pela frente!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E quando é você quem enfia o pé na jaca?

É muito legal conhecer aquelas pessoas moralistas, cheias de regras, que dizem que não fazem isso ou aquilo, vivem irritadas com os erros da humanidade e passam seus dias condenando as escolhas dos demais seres, tão pecadores, sujos, baixos... Eu nem as condeno, pois, muitas vezes, dou uma de moralista e saiu cuspindo regras por aí...

Mas, voltando... Digo que é muito legal porque elas parecem ter tanta clareza do que querem, de quem são, de como será o futuro, de quais problemas vão enfrentar e que ferramentas usarão para resolver tudo, mas todos sabemos que a vida é imprevisível. Quando você acha que desvendou a bichinha, ela vem e dá uma rasteira em você. E isso acontece com frequência, cotidianamente. Então, é meio hilário ver como essas pessoas asseguram ter as respostas para tudo – e, pior ainda, alardeiam isso para o mundo inteiro, orgulhosas.

Mas mais legal ainda do que conhecê-las é vê-las quebrar suas próprias regras, porque, eventualmente, acabamos cuspindo no prato que comemos. Cedo ou tarde. Fato. Mais magnífico ainda é presenciar a quebra da regra. Aí é o suprassumo.

Por exemplo, você, que nunca imaginou fazer mal a uma mosca, um dia vai e faz uma cagada daquelas. Mete os cornos no seu amado, no homem da sua vida, no cara com quem sonhava ter dois bambinos europeus – e isso após anos condenando qualquer forma de traição!

Quem diria que aquela festa iria render algum babado? Só casais, todos mais velhos, levemente sonolentos, uns até babando, em uma cena típica de chá da tarde britânico... Até que chega o melhor amigo do seu namorado, único solteiro do pedaço (e seu namorado viajando a trabalho). Ele traz vódega com energético, porque é cool ter amnésia no dia seguinte – e também porque ele sabia que só ia ter bebida de trouxa na festa.

Você dá uma de moderna e sai virando a mistura, só porque, quando tinha 20 anos, podia tomar todas e ainda terminar a balada em pé. É claro que aproveita para conversar com o amigão do namorado. É sempre bom fofocar com alguém mais jovem, afinal ninguém merece se impregnar de rugas tão cedo na vida.

Só que, óbvio, meia hora depois você está completamente bêbada. E aí, phodeu! Você começa a olhar fundo nos olhos do amigo, acha que ele está paquerando você, sobe aquele calorzão... Falar alto, gesticular como uma doida e rir escandalosamente são os próximos passos. Quando você nem sabe mais seu nome, abre o primeiro botão da blusa, enrola o cabelo e começa a fazer o olhar 43.

É claro que o amigo saca tudo, mas ele ainda pensa um pouco antes de partir para o ataque. Bom, que se dane. Vocês vão embora e ninguém pensa um minuto no coitado do namorado. No dia seguinte, tudo fica mais claro. E aí, querida, choro é pouco. Você se descabela, pensa em fugir do País, começar a ter ideias próprias de um psicopata... E, claro, implora para o amigo não contar! Mas, lá dentro, sabe que amor acabou ali. De volta à solteirice, biiiiitchhhhhhhh!

Depois da fase desespero total, você começa a se acalmar. É quando pensa em ligar para o amado e contar tudo antes que qualquer um (como fez a Carrie Bradshaw no filme, mas filme é outra coisa... Sabe como é, né?), na esperança de que ele se surpreenda com o gesto e a perdoe.

Mas não rola nada disso. Ele fica sabendo, pelo amigo, que depois de alguns meses voltará a ser tão brother como antes. E você, querida, vai ser para todo o sempre a vagabunda da história, a galinha, a safada e a mau caráter que destruiu o coração de um homem puro. Mulheres vão se revoltar ao ouvir seu nome e amaldiçoar sua existência ao saber que você estragou um cara que tinha futuro e que hoje não passa de um canalha de merdha.

Logo você que tinha repulsa da palavra traição...

É... um chifre, é o chifre, é o chifre, é o chifre.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pressão, pressão, pressão

É fogo! Ser mulher é tãoooo complexo!!! Só pressão, pressão, pressão! Fiquei de cara com o resultado desta pesquisa...

Casais são mais felizes quando a esposa é mais magra que o marido, diz estudo

A relação entre a gordura corporal da esposa e do marido tem influência na felicidade do casal. Um estudo da Universidade do Tennessee mostrou que quando o índice de massa corporal (IMC) da mulher é menor que o do homem ambos se mostram mais felizes no momento do casamento e após quatro anos. O IMC é um cálculo feito a partir do peso e da altura da pessoa e é utilizado para estimar a gordura corporal.

Os pesquisadores analisaram 165 casais recém-casados e acompanharam os níveis de satisfação pelos primeiros quatro anos de casamento. O IMC mais alto das mulheres estava relacionado a uma maior satisfação delas no início do casamento que diminuiu com o passar do tempo. Para os homens essa situação gerou menor satisfação no início do casamento que não piorou com o passar dos anos.

Independente do peso absoluto do casal, mulheres com IMC menor que o do marido mostraram maior satisfação com o casamento ao longo do tempo, assim como seus maridos. As mulheres iniciaram o casamento com níveis altos de satisfação em todos os casos, mas as que tinham IMC maior que o do marido apresentaram queda mais acentuada na satisfação através dos anos. Já os homens tiveram satisfação inicial maior quando a esposa tinha menor IMC e mantiveram-se satisfeitos nos quatro anos seguintes.

Os pesquisadores concluem que a pressão para as mulheres manterem um peso mais baixo é maior (jura? Nunca nem tinha ouvido falar nisso...), já que a importância do seu IMC no relacionamento é maior.

Os dados mostram que a relação entre o casal e não o peso absoluto que importa, é possível ter mais satisfação no casamento encontrando o parceiro certo (essa conclusão é absurdamente óbvia! Foi preciso um estudo para afirmar isso? Gentem, eu quero ser pesquisadoraaaaaaaa).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O primeiro chifre

Vocês estão no maior love. Te amo pra cá, eu-é-que-te-amo-mais-do-que-tudo-coisa-fofa pra lá! Um grude (chega a ser um tanto insuportável)! Naquele momento, você se dá conta de que vive no Paraíso! Está com o homem da sua vida, no namoro perfeito, seguindo no rumo com o qual sempre sonhara (casamento, filhos; o pacote completo). Uma coisa tão perfeita que você só tinha visto cena igual nos livros de contos de fada. Quer dizer, até descobrir que ele anda traindo você.

Pois é. Você achando que estava abalando o mundo dele, querida, e ele lá, beijando a fulaninha e fazendo novos planos (sem comunicá-la, claro. Afinal, ele precisava achar alguém para fazer a “transição” para só então informá-la das novidades). O tal namoro maravilhoso do qual você tanto se gabava foi para o saco. Aliás, talvez nunca tenha existido. Afinal, você sabe ao certo quando ele começou a te encher de galhos?

O pior é que a primeira coisa que toda mulher faz é se perguntar: onde foi que errei? Como se a culpa pela traição do cara fosse sua, como se o fato de ele querer pegar um arrastão de piriguetes tivesse qualquer relação contigo, como se o fato de ele ter “problemas de intimidade” fosse da sua conta. Mas ainda assim você se culpa (e começa a fazer uma lista de coisas para recuperar o canalha da sua vida).

O próximo passo é morrer de chorar na frente do cara, pedir perdão, implorando para que ele volte contigo, e prometer mundos e fundos, abrindo mão de várias coisas que ama. Tudo para ter o looser de volta à sua vida. Por que, santinha, por quê? Está precisando de esmola?

Aí vem a fase três, da raiva. Você não pode ouvir o nome dele que explode, não pode escutar aquela música que era a cara do namoro de vocês, não quer nem ouvir alguém mencionar qualquer coisa que lembre remotamente que ele existe. Sua vontade é jogar uma bomba atômica na casa dele ou capá-lo com um alicate de unha. Enquanto isso, ele engata a terceira com a nova piriga.

Por último (e para incredulidade geral), você coloca na cabeça que ele ama a vagaba porque ela o conquistou à força, fez com que ele terminasse o relacionamento e o obrigou a ficar com ela (nem se a menina fosse o Daniel San do Krav Maga isso seria possível, mas, beleza, estou adorando seu raciocínio). Sendo assim, o óbvio é armar um barraco, acabar com a raça da garota, queimar o filme dela na praça, mostrá-la quem é a chifruda do pedaço! Tudo por causa do porcalhentozinho. Tsc, tsc.

Fala sério. Não seria melhor aceitar o chifre e tocar sua vida? Tudo bem, ninguém gosta de ser chifrada. Mas e agora? O que pode ser feito? Nada, colega, porque o chifre já está ali, bem no meio da sua testa, para todo mundo ver. Então, dignidade! Esqueça o cara e o feito, volte para o caminho da luz e siga em frente. Quem tem que se preocupar com o leite derramado é ele. E se ele não se preocupa em ser uma pessoa infiel, desleal, descarada e fraca, não é você que vai se encher de rugas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O primeiro namorado

Cheguei à conclusão de que não damos nenhuma importância ao primeiro namorado, pelo menos não naquele momento. É claro que é gostoso, que ficamos felizes e radiantes, que curtimos o lance todo, mas, sendo bem sincera, ficar juntos parece uma coisa natural, espontânea, até mesmo óbvia. Você é uma garota maneira, inteligente, bonita; ele é um gato, simpático, esperto. Como poderia ser diferente? Os dois se gostam, estão solteiros... Por que não?

Ali, você jura que aquela é a coisa mais normal do universo. Mas não é. Só depois, já balzaca e encalhada, é que você se dá conta de como aquilo era a coisa mais fantástica do universo, uma bênção das grandes! Como era fácil namorar com 15, 18, 20 anos, e como se relacionar parece uma jornada quase impossível hoje em dia!

Antes, os caras decidiam, sem delongas, com quem queriam ficar; não tinham vergonha de namorar ou assumir compromisso; eram românticos e entravam de cabeça no relacionamento; não davam a mínima para as críticas masculinas sobre ficar amarrado a uma só mulher; não passavam meses decidindo entre duas ou mais mulheres; não tinham medo de dizer Eu te Amo.

Hoje, que porre! O cara precisa sair 97 vezes contigo antes de saber se quer ou não alguma coisa (e olha que essa alguma coisa nem sempre significa namoro); ele precisa beijá-la de todas as formas e prová-la, digamos assim, em centenas de posições, formas e quantidade de vezes, superando o livro-bíblia do Kama Sutra; ele precisa estar seguro de que namorá-la não vai minar a vida social dele ou arranhar a reputação que ele construiu de pegador de gatas-gostosas-incríveis-cheirosas-maneiras-inteligentes-sofisticadas-boas de cama; tem que garantir que os amigos gostem de você e, para isso, deixa-a no banho-maria até ter absoluta certeza de que assim será, mesmo que isso leve um ano inteiro! E isso só para começo de conversa. Nem vou entrar aqui na enrolação para assumi-la como namorada, a coisa ficar séria, rolar o pedido de casamento...

Enfim, preguiça total. Porque namorar, hoje, virou uma fábrica, uma indústria, o resultado mais confiável de uma idiota pesquisa. São testes e testes para garantir que você é boa o suficiente, bonita o suficiente, interessante o suficiente, como se não fosse possível sentir/sacar/saber isso com o olhar e o coração...

Por isso, se você está em seu primeiro namoro, agarre-se a esse feeling maravilhoso de ser escolhida, amada e mimada por ser como é e não por oferecer mais do que a média das mulheres. E, se possível, tente reproduzir esse padrão no futuro. Porque não há nada mais trash do que perder o que há de melhor, mais doce e mais puro na alma humana e virar um robô frio que escolhe os relacionamentos com base em cálculos, números e experimentos...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O primeiro orgasmo

É assim. Você perde a virgindade e, a partir daí, parece que não consegue mais viver sem o tal do sexo. Não pelo fato de a primeira vez ter sido maravilhosa, deslumbrante, inesquecível. É que o namoro de beijinhos, cinema-matinê e mãos dadas perde a graça por completo. É como macarronada sem molho a bolonhesa. Não dá.

Com o tempo, surgem novas posições e você passa a conhecer melhor seu corpo, sabendo bem daquilo que gosta, adora ou, até mesmo, não suporta. É uma fase deliciosa essa de experimentar, testar, provar, descobrir... Você se sente, literalmente, como uma criança no mundo da fantasia! E também faz muito bem ao relacionamento. É como se um novo laço, mais firme e sólido, se formasse entre o casal.

E aí vem o primeiro orgasmo.

Você, que já gostava da coisa, passa a entender por que tanta gente é pirada por sexo; por que se fala tanto sobre o tema no mundo inteiro; por que tem tanto livro, blog, crônica, poesia, filme sobre sexo. Menina, esse negócio de orgasmo é uma das sete maravilhas do mundo (outra maravilha é devorar um petit gateau com sorvete de creme! Hum!!)!

Além de você dividir um momento único com seu namorado enquanto fazem amor, rola aquele bônus no final!!! Prazer dos dedos do pé ao último fio de cabelo (aquele arrepiado). Como pode ser tão gostoso? Como pode ser tão sincero? Como pode melhorar tanto o humor, rejuvenescer, provocar sorrisos de pura satisfação? COMO PODE?

Só podia mesmo ser coisa de Deus! Porque mandar bala por mandar, só para a procriação, não faz qualquer sentido. Quer dizer, até faz. Mas por que não torna-lo mais interessante, não? Já que é para fazer, que seja bem feito, que traga “benefícios”, que melhore o humor e transforme a alma.

Recomendo a todas! Ontem, hoje e sempre! Pela manhã, pela tarde, à noite e até de madrugadinha! E se ainda não tiveram o primeiro orgasmo (ou, então, se eles foram poucos), está na hora de se descobrir melhor e saber como colocar a mão na taça no fim do campeonato!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Por falar em primeira vez...

Recebi essa piada por e-mail dia desses, minutos após escrever a crônica sobre A Primeira Vez! Bem, confesso que, apesar de tosca, a piada veio a calhar, por isso segue o texto para vocês!

A garota vai à primeira festa de sua vida e, com medo dos avanços dos rapazes, pede conselho à mãe:
- O que faço, mamãe, se os garotos insistirem?
- Se os rapazes começarem a insistir muito minha filha, pergunta que nome eles vão dar à criança. Isso vai fazer com que eles desistam.
Assim foi. No meio de uma dança, um carioca disse:
- Vamos para o jardim atrás da piscina, garota?
Ela vai, mas quando o moço quer avançar ela pergunta:
- Que nome vamos dar à criança?
O carinha olha-a com surpresa, diz que esqueceu a carteira no bar e sai de fininho. Uma hora mais tarde, repete-se a cena com um mineiro. Na hora em que ele ia atacá-la, ela pergunta:
- Que nome vamos dar ao nosso filho?
Ele fica gelado e vai-se embora. Em seguida, chega um paulista e, como quem não quer nada, lhe dá um beijo. Ela também pergunta:
- Que nome vamos dar ao nosso filho?
O paulista também sai de fininho... Mais tarde chega um baiano. Ele vai com ela para o jardim, começa com beijinho aqui, beijinho ali, apalpa-lhe o peito e ela pergunta:
- Que nome vamos dar à criança?
Ele continua e abre o vestido dela.
- Que nome vamos dar à criança?
Ele pega nos seios.
- Que nooome vaaamos dar à criança?
Ele tira o vestido dela e a sua calcinha.
- Que noooome...ahhh... vaaaaaaaamos daaar... ahhhh... à  criançaahhhhhh...Ahhhhhhhhhhhh... Queeee....noooooome....vaaaaaaamos..... não pára....daaaaaaaar...vai...vai... vaiiiiii... àaaaaaaaaaaah... criaaaaaaaança????
Depois de eles gozarem, ela pergunta mais uma vez:
- E agora, qual vai ser o nome do nosso filho?
E o baiano triunfante, tira a camisinha bem devagar, levanta para o alto, dá um NÓ BEM FIRME e diz:
- Se ele conseguir sair daqui, vai se chamar "MAGAIVER".

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Primeira Vez

Você não entende nada. Não sabe o que está acontecendo. Não saca qual o próximo passo e nem consegue imaginar que papel deve desempenhar naquele momento. Você apenas fica ali, deitada, com as pernas levemente afastadas, a blusa enrolada para cima, olhando para o teto, suando intensamente e imaginando como vai ser o tal sangramento que dizem ser inevitável.

Ah, tem também a dor. A dor lancinante que vem com tudo no início e que a deixa anestesiada por minutos, que mais parecem horas. A dor que não vai embora até terminar o processo, que, pelo menos, é bem rápido.

Fico imaginando como se sente o cara, que tem a função de saber fazer a coisa, de achar a porta de entrada, de mandar ver e de ainda causar uma boa impressão. Acho que é por isso que eles suam tanto, ficam tão nervosos. E acho que é por causa de todo esse nervosismo que os dois não se falam durante o ato e o silêncio impera no ambiente.

E como não ficar nervoso? Estamos falando aqui de perder a virgindade! E perder a virgindade não tem nada a ver com inaugurar uma boca virgem. Virgindade é coisa séria ou, pelo menos, deveria ser. Beijar uma boca pela primeira vez é uma ótima descoberta, gostosa mesmo, mas sem grandes consequências (a não ser pela emoção que a novidade traz). Perder a virgindade não. Muda a sua vida, inaugura uma nova fase, transforma a menina em mulher.

Impressionante como, mesmo sem entender exatamente o que está acontecendo, você sente que alguma coisa mudou e que você nunca mais será a mesma menina de antes. Não que isso seja ruim. Você fica instantaneamente mais madura, mais serena, mais tranquila.

Mas lembre-se. Perder a virgindade não é só viver uma experiência nova. Tudo muda. Muda tudo. Afinal, a partir de agora, você já pode ser mãe. E ser mãe é um mundo completamente novo!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Dicas - O Primeiro Amasso

Depois de ver fotos chocantes (logo a seguir), minha única dica é: espere (consideravelmente!!) para dar o seu primeiro amasso!!!!! Oh, Lord!!














terça-feira, 14 de junho de 2011

O primeiro amasso

Opa! Tem alguma coisa estranha rolando! Será que eu comi algo estragado? Bebi demais na festinha de ontem e agora estou pagando por isso? Será fome? Por que então minha barriga está de pernas para o ar???? Ó, Céus!! O mais curioso de tudo isso é que não é uma sensação ruim. Está tudo embrulhado, mas eu estou gostando...

É mais ou menos isso que passa pela nossa cabeça quando rola o primeiro amasso. Como você nunca tinha ficado mais íntima de nenhum garoto, não sabia o que poderia sentir. Na verdade, nem sabia que essas coisas de amasso existiam. Já estava tão surpresa, boquiaberta e enamorada dos beijos que nem sonhou com novos e maravilhosos desdobramentos do jogo homem-mulher.

O engraçado é que parece que tem uma borboletinha dentro da barriga da gente, voando em velocidades e direções diferentes! À medida que muda o beijo, o abraço ou o carinho, a borboleta muda a rota do voo... É uma coisa boa e incômoda. Tudo ao mesmo tempo.

E pensar que andar de mão dada ou ganhar um beijo arrebatador bem no pátio da escola era o melhor que ia acontecer na sua vida, hein?

Eu, para ser sincera, fiquei nervosa. Nervosa porque enquanto era só beijo “bonzinho”, a coisa parecia permitida, legal, correta. Depois que os amassos começaram, passei a achar que estava cometendo alguma espécie de crime amoroso. Não era mais uma coisa certinha, santinha. Aquilo era uma coisa para maiores de 18 anos. Eu era má e sentia coisas.

Confesso que também fiquei preocupada. Afinal, enquanto os amassos eram só uma possibilidade, os beijos podiam ser loucos, intensos, longos, molhados, sem grandes consequências. Depois, com o estágio #amassomodeon, qualquer beijo mais caliente tirava as coisas do trilho e eu virava massa de pizza na mão de pizzaiolo...

Juro que tentei, diversas vezes, voltar para a etapa do beijo gostoso e ponto, sem os tais “apertos” e as hiperativas “borboletas”, mas nada parecia funcionar. É que depois que o amasso aparece, não tem volta atrás. Não dá mais para querer só beijinho e mãozinha dada (mesmo que você mude de parceiro). A coisa vai mudando de nível, espontaneamente, que nem o créu. Da velocidade um chega-se, inevitavelmente, à cinco...

E como não tem volta atrás, marcha ré, começar do zero, deixe de ser boba e pelo menos escolha um bom pizzaiolo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Dicas – O Primeiro Beijo

Se eu tivesse que escolher uma dica, apenas uma, para ajudá-la no seu primeiro beijo, seria: assegure-se de que não está com bafo. Escove os dentes, tome um vidro de antisséptico bucal, raspe a língua, coma uma maçã, meta dez halls na boca. Dane-se. Apenas fique com um cheiro bucal decente. É, porque beijar alguém com hálito de peixe podre phode com a experiência inteira. O cara jamais vai se lembrar da sua simpatia, gostosura ou inteligência se descobrir um cadáver não sepultado na sua boca.

Tirando isso, todo o resto é pura lorota. Lorota sim, pois, ao dar o primeiro beijo, você nem vai mais se lembrar de qualquer coisa que tenha escutado ou lido por aí. Beijar é tão gostoso e simples que, automaticamente, você vira expert e passa a não precisar mais de dicas. As formas de beijar vão depender das suas preferências e das do gatinho, claro.

Ainda assim, se você estiver se mijando toda noite de preocupação com o tal do beijo de estreia, leia aqui essas dicas. Quem sabe ajuda?

  1. Quando beijar, curta o momento e esqueça o resto (ou morra de preocupação, se cague inteira e vomite bem na cara dele na hora H. O beijo é seu mesmo...)
  2. Não sabe o que fazer na hora do beijo? Apenas abra a boca devagar, de forma delicada, e imite o parceiro (ou então, se quiser tornar o momento inesquecível e deixar sua “marca”, meta a língua lá no fundo, faça giros escalafobéticos, babe horrores e ainda saia lambendo o rosto dele todo! Ah... você gosta dele de verdade? Então esquece.)
  3. Coloque a sua língua na boca dele e explore o ambiente (parece até dica de relaxamento do tipo: alcance sua paz interior!)
  4. Ah, e só beije quando realmente estiver a fim! Beijar por pressão não tem qualquer graça (hum... deixa pra lá! Eu já ia detonar mais uma dessas dicas felizes!).
Boa sorte e bom beijo!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Primeiro Beijo

Fuçando na internet informações e curiosidades sobre o primeiro beijo (quem sabe via algo fantástico para colocar na crônica?), encontrei esta pérola: “O primeiro beijo deve ser dado em uma pessoa muito especial; beijando uma pessoa especial, será retribuída da mesma forma, sem nenhuma reclamação, porque aquela pessoa te ama, mesmo você tendo um beijo um pouco destreinado. Beijando qualquer outra pessoa estranha poderá ouvir diversas reclamações por não saber dar um beijo de tirar o fôlego”.

Não é à toa que o primeiro beijo, via de regra, é um fracasso!! Quem disse que nosso primeiro beijo é com alguém que amamos?? Eu sei de mais gente que estreou com um carinha legal do que com o grande amor da vida! E, mais, não conheço ninguém que beijou uma pessoa especial só para que ela não reclamasse!

Pô, fala sério! O primeiro beijo já é um superevento na vida de uma pessoa, para que criar ainda mais pânico com essa cobrança sem pé nem cabeça de “profissionalismo”? Honestamente, talvez seja por isso que o primeiro beijo é tão estranho!

Gente, pelo amor de Deus, o primeiro beijo nada mais é do que o PRIMEIRO BEIJO! Oras! Você nunca praticou na vida (travesseiro, laranja e palma da mão não valem. Juro) e aí espera que a primeira vez seja perfeita, sensacional, de tirar o fôlego? Ah, have mercy!

É óbvio que você não saberá como proceder quando aquela bocarra começar a se aproximar. Ri? Para de falar? Avança e beija primeiro? Sai correndo? O nervosismo é palpável. É por isso que as coisas são meio atrapalhadas. Mas sabe de uma coisa? Tudo bem! É só o primeiro beijo. Depois, vai melhorando. E como dificilmente alguém para no primeiro beijo, logo, logo, você vai estar muito mais confiante e conseguirá curtir o momento sem preocupações (é claro que, durante o lance, você vai se perguntar o que fazer com a língua, com a saliva que vai se formando e quando é o momento certo de parar, mexer a cabeça de lado ou aumentar/diminuir a velocidade! Mas isso faz parte)!

Eu, ao contrário do comportamento praxe das meninas de hoje, fugi o máximo que pude do primeiro beijo. Curti toda a paquera, as tentativas, as cantadas e não apressei nada. Quando rolou, foi ótimo! Mas não porque eu era profissional e mandei bem de cara, e sim porque escolhi uma pessoa bacana, com quem rolou um sentimento legal.

O principal mesmo é beijar quem você gosta, no seu tempo, de forma natural, sem ficar encucada com o que o cara vai pensar. Dane-se se ele já beijou outras, está te comparando com a fulana e espera mais de você. Aquele é o seu beijo e ponto final! Pode ter certeza de que quando o lance for maneiro, o beijo vai encaixar.

Ah, e, por favor, fique longe dessas dicas de internet! Olha só como termina o texto que eu achei: “O mais importante é: beije com muito sentimento! Existem casais vivenciando aquele problema da rotina e, por isso, costumam beijar na boca por simples obrigação”. Gente, não era para ser um texto sobre o PRIMEIRO BEIJO?? Desde quando estrear a boca virou problema de rotina? Maníacoo!!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dica - O Primeiro Sutiã

Pensei em dezenas de dicas sobre o primeiro sutiã. Como escolher o tecido, qual cor combina melhor com que tom de pele, que modelo deixa os seios mais bonitos... Mas desisti de todo esse papo. O primeiro sutiã chega cedo demais em nossas vidas e traz mil mudanças (inevitáveis). Por isso, a melhor dica que tenho a dar é: não se preocupe em como será seu primeiro sutiã, não fique obcecada com ele, não passe meses escolhendo o modelo que vai "inaugurar" seus seios minúsculos e nem perca seu tempo imaginando se os garotos vão achar que você ficou sensual...

Em vez disso, curta a infância e a adolescência, saia com as amigas, jogue bola com os meninos, dance ao som da sua música favorita, tome chuva, caia de boca naquele picolé que você adora e lamba os dedos no final. Porque você vai ter uma vida inteira para se "preocupar" com os sutiãs que vão sustentar e dar forma a seu pacote frontal.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Primeiro Sutiã

É mesmo uma graça aquele comercial do Washington Olivetto sobre o primeiro sutiã. Simples e de bom gosto – ainda mais quando consideramos que tem 21 anos de vida.

Quando ele foi ao ar, eu estava com dez anos, idade de ter/comprar o meu primeiro sustentador. Mas eu não me identifiquei nem um pouco com a campanha. Quê? Colocar um sufocador naqueles já doloridos caroços, criar volume extra, ficar com a frente estufada? Tô fora! Não conseguia entender a felicidade da garota da propaganda, nem nunca entendi aquele papo de “que lindo que estamos virando mocinha”. Para mim, o primeiro sutiã representava o início do fim.

É que, na minha cabeça, os meninos eram os melhores parceiros do mundo! Nos esportes, claro. Eu não tinha nenhum outro interesse neles – até alardeava que, se um deles me beijasse, eu cuspiria ou vomitaria na cara deles. Honestamente, só eles tinham o pique, a disposição, a força e a precisão necessários. As mulheres eram, quase todas, um poço de frescura, fragilidade, medo e despreparo e eu, definitivamente, não me encaixava naquele perfil. Eu era forte, agressiva, destemida.

O nascimento dos meus seios foi um marco. Um marco ruim. Pelo menos naquela época... Aqueles caroços, além de provocarem uma dor infinita, significavam que eu não fazia parte do grupo dos meninos, que era diferente deles e, que a partir de então, seria tratada de forma diferente, com certo deferimento, e não mais como “um de nós”. Os caras pararam de me dar cotoveladas, rasteiras, empurrões...

Sofri a dor de duas decepções simultâneas. Por um lado, a dor física daquela acne que nunca estourava, daquele calo permanente, daquele furúnculo eterno (pior ainda quando minha vizinha os apertava toda contente, celebrando minha feminilidade – eu tinha vontade de esmurrá-la todas as vezes). Por outro lado, a dor emocional da separação, do fim de uma parceria bem-sucedida, do ponto final daquela história.

Então, como comemorar a “chegada” do primeiro sutiã? Ele reafirmava meu lado feminino, arregaçava o fato de eu ser diferente dos garotos, me inseria em um mundo de fragilidades com o qual não estava acostumada. Deve ser por isso que sequer me lembro do pobre coitado.

Para piorar, o primeiro sutiã de que me lembro, lindo de viver, foi parar no lixo, antes mesmo de eu ter a chance de experimentá-lo (quem sabe ele me faria dançar de felicidade na frente do espelho, como fez com a mocinha da TV?). Minha irmã caçula estava com ele no dia em que sofreu um acidente. No hospital, os médicos o rasgaram assim, de cara, sem chances para consertos ou reparos.

Conclusão. Eu não me lembro do meu primeiro sutiã e, daquele de que me lembro, melhor mesmo seria esquecê-lo! E foi assim que os sutiãs permaneceram como simples trapos que me separavam do divertido mundo masculino.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O GPS do Sexo

Aplicativo baixado em smartphones já virou febre no mundo gay carioca. A versão heterossexual do programa será lançada ainda neste inverno

POR CRISTINE GERK

Rio - ‘Oi, vamos transar?’ Parece exagero, mas é esse o único diálogo ao vivo traçado pelos adeptos de um aplicativo de smartphone que virou febre no mundo gay carioca. Estamos falando do Grindr, conhecido como “GPSexo”. É só baixar o programa, botar uma foto (geralmente do peitoral ou do abdômen) e ativar o GPS. Na mesma hora, o Grindr indica onde está o parceiro em potencial mais próximo.

Por enquanto o aplicativo só existe com o foco no mundo gay, mas há algumas semanas a empresa responsável pelo produto — conhecida como Project Amicus — anunciou que vai lançar ainda neste inverno a versão para heterossexuais. Os héteros interessados já podem se cadastrar na lista de convidados em www.projectamicus.com. No Brasil, 14.044 pessoas já usam o Grindr no iPhone, iPad, iPod ou Blackberry.

“No perfil, a gente já conta mais ou menos o que curte na cama. Quando você vê alguém interessante perto, manda uma mensagem e geralmente a pessoa responde com foto dos órgãos genitais e do rosto para você conferir se está do seu gosto. Aí você marca um ponto de encontro, por exemplo, na casa de um dos dois. Quando chega, não tem nem conversa. É ‘oi, vamos lá?’ se gostou do que viu, ou então ‘foi bom te conhecer, a gente marca algo depois’, se você se decepcionou”, detalha o usuário ‘Cat carioca’, de 27 anos.

O produtor já saiu com mais de 10 homens que conheceu no programa. Inclusive namorou um casal gay que conheceu online. “Nas festas é uma loucura! Todo mundo com o seu celular na mão de olho nos arredores. Muito gay usa, mas não fala abertamente sobre o assunto porque sabe que pode pegar mal”, admite ‘Cat’.

O programa tem duas versões: uma gratuita e outra que custa 2,99 dólares (aproximadamente R$ 4,7) por mês e permite a visualização de mais usuários. Na versão comum, ao fazer o login (informando idade, altura e peso), surgem na tela 20 fotos de homens próximos.

'É um aplicativo para transar, não para conversar', diz Cat Carioca, 27 anos

“É um aplicativo para transar. Quando alguém começa a conversar demais, o outro responde ‘Isso não é Facebook, não’. Só dá para falar com uma pessoa de cada vez. Se você gosta de alguém, coloca uma estrelinha nele e ela sempre aparece na tela principal. Mas vou te contar: com o tempo enjoa. É muito vazio. Não traz felicidade uma pegação tão fácil, esgota”.

Mulheres querem mais informação sobre parceiros

O criador do Grindr, o americano Joel Simkhai, 33, disse ter recebido dezenas de milhares de pedidos de mulheres por uma versão heterossexual e voltada para elas, sem tanto foco apenas nas fotos e na proximidade geográfica. “A versão para héteros vai dar mais espaço para informações, pois as mulheres precisam conhecer o parceiro melhor antes de pensar em ter qualquer coisa”, explica Simkhai.

Já os gays, segundo Joel, são interessados em contatos mais ágeis, por isso a localização é tão importante: “Os sites de encontros atuais só chegam ao nível de detalhe ‘cidade’. E se tiver alguém interessante do outro lado da rua?”.

O foco na localização geográfica dos usuários é tendência na maioria das redes sociais. No Facebook e no Twitter, por exemplo, é comum os usuários informarem onde estão aos seus amigos virtuais. O Grindr segue a moda e sofistica o sistema, só que com um intuito sexual.

O aplicativo foi lançado em março de 2009. Hoje são mais de 1,5 milhão de usuários em 180 países. As cidades onde faz mais sucesso são Londres e Nova York. Mas muitos ‘gringos’ fazem uso do programa quando vêm ao Rio. Há ainda uma versão para lésbicas, chamada Qrushr Girls. Diariamente, 2 mil pessoas se inscrevem no serviço. No Brasil o uso do aplicativo começou a crescer rápido nos últimos 6 meses.

* O mundo não é mais como era antigamente... Rs!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O sabor dos homens

Estamos fartas de receber nomes de frutas! Caramba, que coisa mais insensível! Torcer uma personalidade até sobrar apenas uma descrição pífia da nossa rica personalidade é revoltante (ok, confesso que algumas mulheres não têm mesmo qualquer personalidade e uma fruta é suficiente para ilustrá-las em sua plenitude)! Mas, de qualquer forma, aqui vai a revanche!

Homem camarão: só tem caca na cabeça, mas, como é gostoso, você come assim mesmo.

Homem caranguejo: é feio e peludo! Mas depois de umas porradas e uma lavagem caprichada, dá para comer.

Homem pão: tem sempre o mesmo gosto, mas, como é recomendado pelo nutricionista, você come assim mesmo.

Homem aperitivo: acompanhado de uma birita, até que ele desce gostoso.

Homem maracujá: é só comer que dá um sono...

Homem lagosta: só come quem tem dinheiro.

Homem caviar: diz que é comido, só que você nunca conheceu alguém que realmente tenha feito isso.

Homem bacalhau: come-se uma vez ao ano.

Homem maionese fim de festa: todo mundo aconselha não comer, mas você manda ver, por puro desespero, e, óbvio, passa mal.

Homem salada: é bonito que só, mas o gosto deixa a desejar.

Homem café de supermercado: você nem queria, mas, como é de graça, vai com tudo.

Homem feijoada: você come e ele a enche o dia todo!!!!!!!

Homem coqueiro: pode trepar, que não tem graça.

:)

A partir da semana que vem, vou postar crônicas que fazem parte da série A Primeira Vez. Calma! Não vou passar semanas falando sobre as primeiras tentativas de mulheres e homens na cama (apesar de que, obviamente, esse tema aparecerá). A série é sobre várias primeiras vezes (o primeiro sutiã, o primeiro beijo, o primeiro estágio...). Espero que gostem!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quando as luzes se apagam...

Você passou toda uma vida planejando seu casamento. Mesmo. Desde os 15 anos, no minuto seguinte à primeira mancha vermelha em sua calcinha, prova cabal de que virou mocinha e de que está pronta para procriar, aposto que já sabia como seriam a cerimônia, as flores, as músicas, a festa, as fotos... Você já definiu como será o clima do casório, como as pessoas estarão felizes e algumas chorarão comovidas, como o noivo suspirará ultra-apaixonado ao vê-la, como algumas “amigas” vão estar babando de inveja (essas não podem faltar!). Nos seus sonhos, os sogrinhos amam você, seus pais estão radiantes, você é fértil, todos se dão bem e o mundo é blaster feliz!

O problema é que esses seus sonhos são pura cascata, porque nada é como a gente sonha. Nada mesmo. Nunca. Não que isso seja necessariamente ruim. Mas as coisas têm vida própria. Sei lá.

O que mais me preocupa a respeito desses sonhos são essas ilusões que criamos, incentivadas pelos filmes hollywoodianos, os livros de contos de fada, as Caprichos e Atrevidas, as novelas...

Se já idealizamos o namoro, o que dirá o casamento? Eu mesminha da Silva nunca achei que namorar fosse tão difícil e complicado. É claro que tem uma parte maravilhosa, deliciosa, ainda mais quando o casal combina, se dá bem de verdade. Só que nunca é igual ao sonho. Nunca. E você se dá conta disso rápido, quando se imagina degolando o namorado pelo o que ele fez com você.

Também, como igualar uma fantasia em que o homem é um príncipe, Deus grego, montado num cavalo branco, rico, sarado, apaixonado, dono de terras e animais, fiel (isso sim é sonhar altooooooo), compreensivo, carinhoso, inteligente, divertido e bondoso?

Gentem, isso não existe! Seria necessário juntar uns 800 mil homens para conseguir extrair um príncipe desses tão perfeitinho.

E, afinal, quem quer alguém tão perfeito assim? Seria absolutamente insuportável e seguramente você o largaria no primeiro minuto juntos, porque só em estar perto dele você se lembraria de como tem defeitos, do quanto é chata, controladora, nervosinha e preconceituosa! E, convenhamos, que porre aquelas pessoas que são sempre certinhas! Blergh!

Só que você não tem ideia disso quando começa a planejar o casamento. E quando começa a ter pistas claras de que o buraco é mais baixo, finge que, com o cara certo, será diferente, que o casamento conserta tudo e que, sim, será feliz como a princesa do conto de fadas!

Beleza. A cerimônia é emocionante, a festa é um arraso. Mas e agora? Agora que são só os dois naquele quarto escuro? Agora que precisam dividir o banheiro e conhecer os fedores do outro? Agora que precisam bancar uma casa e cortar os luxos? Agora que precisam estabelecer quem tira o lixo, lava a louça e leva o cachorro para passear? Agora que precisam dar duro no trabalho e continuar atraentes e fogosos todos os dias dessa longa vida?

É, querida. O depois é que pega. E, com tantos lindos sonhos, o risco é você se casar com o cara errado, empolgada pelo frisson do pedido e da certeza próxima do desencalho (é, eu sei. Todas queremos desencalhar. Por isso é tão difícil dizer não a uma aliança dourada)!

Antes de fazer besteira, olhe para o lado e veja quem é esse cara que hoje a leva para jantar nos lugares mais gostosos, que enche você de presente, que faz suas vontades. Veja se o amor que existe entre vocês é de coração, se o companheirismo não tem a ver só com o frescor do início de um relacionamento. Veja se pensam igual quanto à criação dos filhos, se os planos para o futuro são similares, se as afinidades são verdadeiras, se compartilham os mesmos valores.

Porque quando as luzes se apagam, só sobra você e o melequento, que agora estão um apartamento mais pobres do que antes da festa e já não podem contar com os milhares de preparativos para colocar panos quentes nas dificuldades.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Crise masculina

E já que estamos falando de casamento e temas correlatos, segue uma piada para refletirmos sobre a visão masculina do que representa ter uma companheira de longa data para compartilhar a vida! Quem "fala" é um homem...

Quando eu completei 25 anos de casado, introspectivo, olhei para minha esposa e disse:

- Querida, 25 anos atrás nós tínhamos um fusquinha, um apartamento caindo aos pedaços, dormíamos em um sofá-cama e víamos televisão em preto e branco de 14 polegadas. Mas, todas as noites, eu dormia com uma mulher de 25 anos.

E continuei:
- Agora nós temos uma mansão, duas Mercedes, uma cama super King Size e uma TV de plasma de 50 polegadas , mas eu estou dormindo com uma senhora de 50 anos. Parece-me que você é a única que não está evoluindo.

Minha esposa, que é uma mulher muito sensata, disse-me então, sem sequer
levantar os olhos do que estava fazendo:
- Sem problemas. Saia de casa e ache uma mulher de 25 anos de idade que queira ficar com você. E se isso acontecer, com o maior prazer eu farei com que você, novamente, consiga viver em um apartamento caindo aos pedaços, durma em um sofá-cama e não dirija nada mais do que um fusquinha.

Sabe que fiquei curado da minha crise de meia-idade?

E PRA COMPLETAR...

- Querida, me responda, onde está aquela mulher linda e gostosa com quem
eu me casei?
A mulher responde, sem levantar os olhos do que estava fazendo:
- Querido! Você a comeu. Olhe bem o tamanho de sua barriga!

Obs.: Queridos, desculpem-me pela ausência de crônicas de minha autoria e outras atualizações! Estava louquinha com o casório da minha irmã e agora estou sem computador... Mas prometo que voltarei em breve!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A boa solidão

Nesta semana, minha irmã caçula se casa! É um momento delicioso (mesmo não sendo o meu casório), que desperta em todos nós uma sensação linda! Sabe aquele feeling de que o amor vale tudo e de que não há nada como estar apaixonado e se unir à pessoa adorada? Pois é, essa sensação mesmo! E aí, quando a palavra casamento ocupava minha cabeça, corpo e coração, recebi um texto, de autoria de um jornalista da Época (teoricamente), sobre a solidão. Não essa solidão negativa, triste, prima da depressão, mas aquela que é sinônimo de estar/ficar sozinha, ter tempo para si, sem deixar de ser feliz!

Espero que gostem!

SOLIDÃO CONTENTE
O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas

Ivan Martins (editor-executivo de ÉPOCA)

Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre solidão feminina com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa, disse a prima. Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.

Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.