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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Festas!


Queridos,

o fim de ano chegou e é hora de curtir a família, trocar presentes e, claro, descansar. Como filhas de Deus, vamos viajar por aí e dar uma pausa rápida no blog! Morram de saudades, pois nós, com certeza, morreremos! Mas na primeira semana de janeiro estamos de volta! Beijão, Feliz Natal e uma ótima virada!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O parto do anúncio!

Eu já disse aqui que fim de namoro é um saco. Não só pelo drama do término, que muitas vezes já rende um belo roteiro de novela mexicana. O que eu mais detesto é ter que contar para zilhões de pessoas, me explicar, tirar eventuais dúvidas, quando o que você mais quer é ficar quieta, chorar e superar a coisa toda. O mais insano é que sempre tem alguém que não acredita na versão original e começa a confabular sobre os verdadeiros motivos para o término. E aí aparecem sugestões de traições mirabolantes, teorias conspiratórias, o diabo a quatro! E você, doída, ainda tem que ouvir as barbaridades todas.

Pelo contrário, contar que você está namorando é MARAVILHOSO! Principalmente, para a família e os amigos!! É uma delícia compartilhar essa alegria sem fim com quem se ama! Confesso que também me divirto horrores ao contar para aquelas falsas colegas, megainvejosas, só para vê-las se curvar na cadeira de tanta raiva! :) (E a primeira reação delas, depois de se agacharem de ódio, é correr para o orkut do seu namô só para saber mais detalhes da vida dele! Munem-se de informação para te detonar em público, mas, por dentro, estão é ardendo de inveja!)

Apesar do assunto ser um mar de rosas, ele tem um lado ruim (como não poderia deixar de ser. Sempre tem alguma coisa chata em tudo! Saco!): contar pra ex-paqueras ou pra aquele cara que gosta de você de verdade. Putz, é horrível. Não sei se sou só eu, mas eu morro de medo de soar arrogante, pedante, metida, do tipo: “Me arranjei. Fica pra próxima! Ráaaaaaaa”.

É por isso que a estratégia para contar é digna de filmes hollywoodianos. Nessas horas, quem mais sofre é a melhor amiga, invadida por suas infinitas dúvidas e perguntas sobre a melhor forma de revelar a novidade!

Obviamente, você não vai ligar para o cara. Imagina o mico, o climão? “Oi! Tudo bem? Eu tô ótima! No trabalho, tá tudo tranquilo. Sem novidades. E vc? Legal, massa. Hum... tô namorando, sabia? (Cri, cri, cri, cri...)... Então tá, querido. Depois a gente se fala”. MEO DEOS! Não rola, não dá.

Mandar SMS então, tô fora. É pouco espaço para contar uma coisa tão delicada e tudo o que for escrito pode ser usado contra você mais tarde – por exemplo, caso seu lindo namoro naufrague e você volta pra o mundo da solteirice.

E-mail é menos pior, pois você tem mais espaço para se explicar, mas, ainda assim, essa coisa de escrever não tá com nada. Porque quando você coloca num papel tudo o que pensa e sente, aquilo fica marcado, gravado, pra todo o sempre. O cara, noiado, começa a ler aquilo mil vezes, o que aumenta a chance dele ficar ressentido com a forma como as coisas foram ditas. E aí ele pode passar a te odiar de uma forma louca, remoendo suas palavras diariamente. (Aliás, já passei por uma dessas e a resposta do cara, cheia de ódio e maldade, foi um dos mais duros ataques que sofri em toda minha vida, de tão rancoroso e agressivo que era.)

Bom, só sobra o velho e tradicional encontro cara a cara. Que, honestamente, é o melhor, o mais digno. Só que tem o constrangimento de você MOSTRAR a notícia e não exatamente contá-la. O ex te vê com o atual, de mãos dadas, abraçados ou aos beijos. E aí, não tem mais sobre o que conversar. Fica aquele climão, rolam uns sorrisos amarelos, um leve balançar de cabeça dos dois lados e, bem, a vida segue. Você até sente de vontade de pedir desculpas por as coisas terem se revelado assim, mas...

O pior é quando o cara depois te procura para armar um barraco, tirar satisfação ou, orgulhoso, fazer piadinha sobre o tema (quando está visivelmente abalado). Conclusão: só dá merda!

Sendo assim, imploro por ajuda: alguém tem um bom conselho sobre como contar sobre o novo namorado e não passar por metida ou insensível? Garotos, podem me ajudar dizendo como gostariam de serem informados! Rs!

By Mari Abreu

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eu quero a morena de jeans

Havia um monte de seguranças logo na entrada. Um número bem acima da média das boates que Paulinha frequentava. Só que eles não eram mal-encarados. “Menos mal”, pensou ela, que detesta gente tosca. Quando abriram a porta, ela viu um salão amplo, comprido e, curiosamente, todo carpetado. Ao fundo, um palco e uma cortina vermelha, com o DJ do lado direito. “Mas que diabos de boate é esta? Hum... Vai ver que, mais tarde, rola um showzinho ao vivo”, pensou consigo, otimista. Afinal, aquele era seu terceiro encontro com Pablo. Por isso, ela não queria começar a noite reclamando e estragar tudo (o que poderia ser fatal para o futuro do relacionamento, principalmente porque está muito difícil desencalhar!).

Eles se sentaram para tomar um drinque. Enquanto conversavam, Paulinha não conseguiu deixar de olhar para os lados. A música tocava e só as mulheres dançavam. Até então, nada de mais. Afinal, nós, mulheres, sempre inauguramos a pista mesmo! Mas essas mulheres não eram garotas comuns. Elas usavam roupas muito curtas, muito coladas e muito decotadas (uma combinação fatal para qualquer mulher no Planeta. A não ser que você seja a Gisele Bündchen). “Ou elas fazem parte de alguma seita ou tem alguma coisa errada aqui”, pensou Paulinha, mas resolveu voltar sua atenção para Pablo, afinal desencalhar era o mais importante naquele momento.

Alguns minutos depois, precisou ir ao banheiro. Chegando lá, se deparou com duas mãos cheias de mulheres fofocando, rindo, retocando maquiagem. “É, tudo normal. Só absurdamente lotado de piriguetes, mas, beleza”, disse para si. Foi aí que ela tomou um primeiro susto. Um cara, do nada, apareceu no banheiro feminino (que nem porta tinha) e pediu às ocupantes das casinhas que se retirassem, para que Paulinha pudesse se aliviar. “Não precisa”, Paulinha se apressou em dizer ao tal moço. Mas ele insistiu. E aí uma portinha se abriu e a garota disse: “Você se importa de fazer xixi enquanto eu me troco”? Branca de vergonha, Paulinha concordou com a proposta inusitada, sem saber no que se metera.

Conversa vai, conversa vem, a moçoila pergunta: “Você é cliente? Acho que te vi aqui na semana passada”! “Cli-cli-cli-en-te?????????? Como assim???” E foi então que Paulinha entendeu tudo! Meu Deus, Pablo a havia levado a um puteiro!!!! Que espécie de terceiro encontro é esse? Que modernidade é essa? Quem ele pensa que ela é? Sentindo-se insultada, Paulinha subiu as escadas marchando de raiva e foi puxando Pablo pelo braço: “Vamos embora agora! Como você ousa me trazer a um puteiro, meu Deus”??? Pablo riu e disse: “Relaxa, gata. É só porque aqui temos mais privacidade”.

Gentem!!!!!!! Quer privacidade? Mora sozinho, aluga um flat ou, pelo menos, pague a porcaria do motel!!!! Mas um puteiro??

Só que não houve forma de convencer o moço e, como ela estava de carona (e desesperada para desencalhar), ficou por ali, com a garantia de que permaneceriam por mais alguns minutos (“no máximo uma hora, Paulinha, vai?”), até ele terminar sua cerveja. Mas a bebida fez efeito e foi Pablo quem precisou ir ao banheiro. “Volta logo”, gritou Paulinha, enquanto bolava planos diabólicos para eliminar aquela bebida toda. E aí foi que ela tomou o segundo susto da noite.

“Oi, coisa linda. Não vai embora não. Senta aqui com a gente!”, disse o vizinho de mesa e os amigos dele abriram um sorriso. “Não, obrigada. Estou acompanhada”, respondeu ela, apressada. Mas Pablo demorou e os vizinhos mexeram com ela novamente. “Vem pra cá, vem! A gente cuida de você melhor do que esse cara aí.” Paulinha deu seu sorriso mais amarelo e se afundou na cadeira.

Quando Pablo voltou, ela contou o episódio. “Está vendo? Por isso, é melhor sairmos daqui. Alguém vai tentar me agarrar! Eu não sou garota de programa!!”. Pablo sorriu e bebericou mais um pouco de cerveja. “Relaxa, gata. Nós já vamos.” Só que esse foi o JÁ mais furado do milênio. O tempo passava, Paulinha emudecia, e nada de Pablo abandonar o barco.

Com o passar do tempo, as performances das moças começaram a rolar. No palco, havia uma daquelas barras de pole dance, que Paulinha não tinha notado, ao entrar. Moças atrás de moças se agarravam ao mastro, com as lingeries mais bregas, dançando vulgarmente em meio a um monte de fumaça e luzes vermelhas que saíam do teto, enquanto se despiam e deixavam à mostra o que já estava óbvio desde o início com aqueles pretextos de roupa (mas, ainda assim, os homens babavam e se agitavam em suas cadeiras).

Desesperada e sem qualquer reputação a zelar, Paulinha partiu para o desespero. Virou toda a cerveja em sua boca, correndo, para sair dali o mais rápido possível. Só que, na pressa, ela se babou inteira e precisou ir ao banheiro, limpar a sujeirada. Quando chegou lá, susto número três. Um cara a segurou pelo braço. “Ei. Posso te perguntar uma coisa?” Ela revirou os olhos, sem paciência, mas respondeu: “Sim, pode”. “Eu queria saber se você trabalha na casa.” “Não, não trabalho. Licença.” Enquanto corria para o banheiro, ela começou a pensar o que seria da sua vida de agora em diante. Afinal, se ela foi confundida com uma coleguinha é porque algo de vulgar ela tinha. “Será que é minha roupa? Meu cabelo? O meu jeito de andar? Meu cheiro? Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!”. Com lágrimas nos olhos, se atirou na privada, enquanto se esforçava para recuperar a cara de boa moça (se é que ela tinha essa cara).

E foi quando a coisa afundou de vez. Uma moça entrou no banheiro. “Fulana, você está de calça jeans?” “Não, não. Por quê?” “Tem um cara aqui fora querendo me levar pra casa junto com uma morena de jeans! Eu pensei que fosse você.” Quando Paulinha abriu a porta, eis a supresa. A moça olhou para ela e disse: “Ah, achei. É você quem ele quer levar pra casa”. “Ora, mas que absurdo”, pensou Paulinha. “Ele jamais poderia pagar meu preço! Peraí!! EU tenho preço???? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh” Louca da vida, Paulinha subiu as escadas correndo, puxou Pablo pela gola e disse: “Vamos embora, a-go-ra”!!!! Ele riu e ela fez o que jamais imaginou que pudesse fazer (talvez essa tenha sido a maior loucura de toda sua vida): se contentar com a solteirice!

“Olha aqui, seu tarado sem noção. Vai se pho-der! Depois disso aqui, prefiro ficar encalhada! E não pense que é o único que sabe como se divertir!” Ela se virou, caçou o cara que tinha feito a proposta do ménage e partiu com ele e a coleguinha loira para uma noite de verdadeira diversão, sem joguinhos ou falsas promessas.

By Mari Abreu

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Surpresa é pouco

Tom estava apaixonado por Helen, mas de um jeito tão avassalador que sua vida girava em torno dela. No trabalho, na rua, em casa, nas férias. Não importa onde estava, Tom sempre pensava em Helen. Como romântico inveterado, ele também fazia mil coisas para agradá-la – o possível e o inimaginável. Todo dia, ela recebia um bilhetinho, um bombom, um agrado. Em um dos aniversários de Helen, ela recebeu mais presentes de Tom do que do restante de seus amigos e familiares junto. Um amor nunca antes visto na história desse País.

Só que Helen nunca sentiu o mesmo por ele. Ela gostava de tê-lo como amigo, mas só como amigo. E, durante as várias investidas de Tom, tratou de conversar com ele sobre o assunto e explicar-lhe que não poderiam ficar juntos. De nada adiantava. Tom continuava investindo, ultraapaixonado.

Até que um belo dia, depois de mais de um ano de tentativas frustradas, Tom disse a Helen: “Preciso de um tempo. Não quero me afastar de você, mas não vejo outra maneira. Precisamos ficar sem nos falar, para que eu possa superar esse amor, porque me dói demais te ver e não te ter”. Helen ficou sentida por terem que cortar toda e qualquer comunicação, mas decidiu ser compreensiva com o amigo e atendeu a seu pedido.

Logo no dia seguinte, os dois se encontraram, e Helen, tentando se manter fiel à promessa da noite anterior, cumprimentou-o com um protocolar “oi”. Foi o suficiente para que uma silenciosa e definitiva crise estourasse. Tom ficou decepcionado, indignado, arrasado com a atitude de Helen. Aparentemente, ele esperava que eles não se falassem em outras situações (como ficar horas ao telefone, sair para lanchar...), mas quando se encontrassem assim, na rua, poderiam passar dos cumprimentos formais. Mas como Helen deveria supor tal coisa? Para ela, o pedido foi claro: cortar qualquer forma de comunicação. Mas a coisa desandou feio...

Tom não falou mais com Helen, em situação nenhuma. Nem mesmo os protocolares “oi” e “tchau”, socialmente convenientes. Nada. Helen, que até então não sabia da chateação de Tom, foi tocando sua vida, imaginando estar fazendo a coisa certa ao respeitar o espaço pedido pelo amigo. Só bem depois é que ficou sabendo, por uma amiga, por que ele estava tão distante. Helen, claro, ficou chocada. Afinal, ela se afastara a pedido dele. E jamais imaginou que havia tantos detalhes e tantas minúcias implícitos naquela simples frase “preciso de um tempo”.

O mais bizarro de tudo é que Tom não se afastou das pessoas mau caráter, dos traíras e pilantras do trabalho, que tanta dor de cabeça lhe provocavam. Mas se afastou de Helen, seu amor. Ele não deixou de falar, tratar bem e manter o jogo de cintura social (ainda que fingido) com pessoas que tinham armado as piores sacanagens pra cima dele e de outros colegas. Mas com Helen jogou duro e a colocou no freezer para sempre.

E isso, meus caros, me deixa absurdamente indignada. Quer dizer que é isso? Devemos tratar com doçura aqueles que nos tratam mal e dar um gelo eterno em quem nos provoca as melhores sensações do mundo? É disso que se trata essa vida?

Honestamente, vendo a história de Helen, me revoltei. Eu espero muito mais das pessoas! Claro que me esforço para ser compreensiva com quem me inveja, espero poder perdoar muitas coisas nas próximas décadas, mas meu amor irrestrito definitivamente vai para aqueles que me amam e me tratam bem. Por que agradar e ser afável com os mau caráter e deixar no limbo pessoas do bem, que me trazem recompensas emocionais que o dinheiro jamais será capaz de proporcionar? I-nex-pli-cá-vel.

É por isso que jamais vou entender a raça humana.

By Mari Abreu

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A saga

- Amiga, tem um menino aqui, assessor de um conselheiro, que é uma coisa de lindinho. Acabei de cumprimentá-lo no corredor. Ele tá cheiroso demais! Socorro!!!
- hauhauahauhau Agarra, agarra, agarra o “lindinho cheiroso”!
- kakaka E hoje ele tá de calça jeans e camiseta. Jesussssssssssssssss! Consegui ver o fit body dele! ai ai ai Eu morroooooooooooooooo!
- Agarraaaaaaaaaaaaaaaa!
- ai ai... PRECISO de um homem pra chamar de meu. Com urgência!
- hehehehe
- Por que não tenta com ele?
- Ele quem?
- O “lindinho cheiroso”!
- kakakakaka Porque não vejo a menor chance e nem imagino situações em que pudéssemos nos aproximar.
- Você fala só um ‘oi’ básico com ele?
- É... A maior conversa que tivemos foi quando nos conhecemos, em um evento. Mas foi só isso...
- Entendi. Bom, mas podíamos dar um jeito de chamá-lo pra balada. Ver alguém conhecido dele. Se quiser, eu convido. Dou um jeito. E a gente sai na sexta.
- hahahaha Maluquinha!
- Por quê?
- "Se quiser, eu convido". Como, doidinha?
- Me dá o telefone dele. O nome dele no Facebook.
- hahahahaha Só sei o primeiro nome dele e pra qual conselheiro ele trabalha.
- Mas conseguimos descobrir o resto, não? Deixa eu olhar na internet. Passa aí!
- Fulano (e nem tenho certeza), assessor do conselheiro Cicrano.
- Achei aqui na internet o telefone. Ligandoooooo!
- Eita poxa!

SILÊNCIO...

- Me liga aqui! Me liga aqui!

Liguei.

- Fala, maluqinha. O que você fez?
- kakakakakkakakakakakakakkakakakakakaka Desliguei na cara de um assessor do Cicrano.
- Como assim???
- Perguntei se o Fulano trabalhava lá e ele disse que não tinha ninguém com esse nome, aí começou a ficar desconfiado e a fazer um monte de pergunta. E eu desliguei. kakakakkakakakakakakaka
- Maluca!!!
- kakakakakakakkaakakkakaka Descobre o nome certo do “lindinho cheiroso”. Vamos agilizar isso aí!
- kakakakakaka Tá bom, maluquinha!

Não, nós não temos 15 anos. “Somente” o dobro dessa idade adolescente. Mas é tão bom fazer umas loucuras assim de vez em quando! :P

By Ana Fabre