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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Para bom entendedor, meia palavra basta

“Precisamos conversar”, disse Pedro a Débora. Ela, claro, quis logo saber o assunto, até para se preparar para o que viria. Convenhamos. É horrível ouvir de alguém que precisam conversar, mas não fazer ideia do porquê. Mas, ele se negou a dar qualquer detalhe.

Eles marcaram um dia, no horário do almoço.

Atarefada, Débora nem parou pra pensar muito no assunto. Quando menos esperava, o dia chegou. “Vamos almoçar”, perguntou Pedro. Mas ela tinha acabado de comer. “Então, vamos só conversar”, disse ele, impaciente. Débora ficou ainda mais confusa. O que será que teria acontecido para deixá-lo assim tão irritadiço?

A conversa começou e ele foi logo dizendo: “Fiquei sabendo que você saiu por aí falando que eu era apaixonado por você, uma paixão platônica, e que NUNCA nada rolaria entre nós”. Débora quase caiu pra trás! “Quem te disse isso? E, aliás, por que você acreditou?” Afinal, eles já tinham ficado várias vezes. Só por esse simples motivo, a história da tal pessoa já tinha perdido toda e qualquer credibilidade.

O que mais a intrigou, no entanto, foi saber que Pedro tinha ouvido essa história há meses, mas só agora decidiu abrir o verbo. E não dá para dizer que a demora em conversar sobre o tema tinha a ver com o fato de ser algo irrelevante. Obviamente, aquilo mexia com ele, profundamente, mesmo após dezenas de tentativas fracassadas de largar o assunto pra lá.

Por que agora? Por que não antes? Débora nem precisou procurar muito para conseguir as respostas que queria. Ela, rapidamente, sacou o que acontecia. Riu por dentro. E fez o que deveria ser feito. Com muito jeitinho, tratou de acalmá-lo.

O grande tchan dessa história é que eles não ficavam há meses (por isso, o estranhamento de Débora ao ouvir a frase “precisamos conversar”). Para completar, ele estava namorando e se dizia “a pessoa mais feliz e abençoada da face da Terra” (fazia questão de colocar a tal frase em todas as redes sociais possíveis e imagináveis).

Assim que ele percebeu que ela tinha sacado tudo, correu para se defender: “Só queria tirar isso a limpo!! Afinal, gostei pra caracas de você. O sentimento mais puro do mundo. Mas é absolutamente óbvio e evidente que não sinto mais nadica de nada pela senhorita. Estou até namorando, como você bem sabe. E queria que você soubesse que sou a pessoa mais feliz e abençoada da face da Terra. Minha namorada é maravilhosa. Estamos muito bem juntos”!!

“Claro”, disse ela. E gargalhou por dentro.

By Mari Abreu

2 comentários:

Anônimo disse...

De fato, não tem como rolar qualquer coisa com um sujeito tão patético! Pois é ridículo um cara querer tirar umas de menina, com historinhas sem sentido e subterfúgios diversos. Fato: não sabemos fazer como elas. Tentemos ser autênticos. Machos de todo o mundo, uni-vos!

Anônimo disse...

Esses homens anônimos que aqui entram, arrotam auto-estima, mas transparecem a velha dor de cotovelo pelas verdades que lêem... hihihi... Lígia

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