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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os estragos de um body shot

O body shot é uma coisa simples. Consiste em “tomar” uma dose de destilado no “corpo” de uma outra pessoa. Hum, falando assim não pareceu nada simples...

Vamos por etapas. Primeiro, você coloca o sal em alguma parte do corpo do amigo, rolo ou namorido: pescoço, mão, ombro e outros, dependendo da intimidade (sim, você pode colocar lá também. Mas se for fazer isso, please, get a room). Depois, encaixe um pedaço de limão na boca do ser (a casca fica virada para a parte de dentro da boca dele. Assim, você pode arrancar o limão e depois chupá-lo sem grandes dificuldades – meu Deus, como isso soa pornográfico!). Terceiro, vem a bebida, o shot, a dose, que fica em um copinho, segurado por sua linda mãozinha. A ação começa pelo sal, passa para o álcool e termina no limão (ou nem termina, apenas abre a porteira para otras cositas más).

Eu nunca tinha praticado o body shot. Acho que me contaram sobre a tal técnica nos Estados Unidos, quando fiz intercâmbio. Lá, o normal é se comportar angelicalmente na rua e ser um total pervertido da porta de casa pra dentro. E para os putões de carteirinha, nada mais ordinário do que um body shot.

Aí, já no Brasil, resolvi aplicar a técnica, durante uma festinha íntima (eu sempre fazia propaganda para os amigos, mas não sabia mensurar sua potência). Um amigo se candidatou. Na época, ele tinha namorada, coisa séria, só que ela morava em outra cidade. E eu também tinha “namorado” - estava de rolo sério com um gringo gente finíssima e nos víamos quando dava.

Lá fomos nós para o body shot. Varri o sal do pescoço dele, virei minha tequila e catei o limão, encostando o menos possível em seus lábios. Ainda assim, foi suficiente para que ele se apaixonasse perdidamente por mim. Após o ocorrido, acabei passando mal (juro que foi por causa de um pão de metro estragado que comi na festa, mas não sei por que ninguém acredita na minha versão!) e fiquei absolutamente podre. Meu parceiro de body shot, que já queria ser meu parceiro para toda a vida, não só me viu vomitando tudo, como foi me deixar em casa. Como pode um cara ver você chamando o Raullllllllll a noite toda e continuar apaixonado? O body shot explica...

O namoro dele foi pras cucuias. Ele pedia conselhos a um amigo comum. Passou a me ligar, me procurar. E eu claramente chocada com a repercussão. Pensei que aquilo era uma brincadeira de amigos, besteirol de universitários. Mas não. Provoquei um inocente e causei um estrago em sua vida amorosa e em seu coração.

Desde então, passei a respeitar muito esse trio sal-dose-limão, eleito por mim para toda a eternidade como o crème de la crème dos ménages gastronômicos.

By Mari Abreu

7 comentários:

DIHEGO LUK disse...

Gente!!! já estou passando na distribuidora louco atrás de uma tequila!!! praticarei o Body Shot nas próximas horas!

Anônimo disse...

Ah... porque não sou convidos pra reuniões desse tipo?

Sheyla disse...

Amiga, não sou muito fã de tequila, mas tô até repensando o assunto...hehehe bjkssss

Maah disse...

Não precisa ser necessariamente com Tequila, né ?! Vou fazer isso com pitú. '-'
Vamos brincar de "drinking game memes", um tabuleiro, o item 21 é: Escolha uma pessoa para tomar um body shot ou volte para o início do jogo. Não sabia o que era, então vim pesquisar, achei legal, só espero não ficar como você. shaushuahsuas
Valeu pela informação.

Anônimo disse...

Voce so errou em dizer que nos EUA o povo se comporta angelicamente na rua e o oposto em casa. Ja assistiu Jersey Shore, Keeping up with the Kardashians ou simplesmente as atitudes de qualquer cantor/a pop dos EUA? E assim na rua tambem. Vivi la 20 anos. Em qualquer bar se ve o povo fazendo body shots, como se estivessem so em casa.

Mari Abreu disse...

Anônimo, você tem razão! Vemos muitas barbaridades em público por lá! Por exemplo, aquele jeito de dançar se esfregando...

Unknown disse...

Dançar se esfregando... Parece forró, funk...

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