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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cagando na entrada

“Você está atrasada!” Foi com essa frase simpática e doce que Camurça me recebeu. Detalhe: marcamos às 16h, eu entrei no carro dele às 16h02! A vontade era virar as costas e voltar pra casa. Mas respirei fundo, contei até dez e pensei na Mari me falando “Vai lá, amiga. Dê uma chance ao ‘amor’”. Se arrependimento matasse!

Depois da recepção calorosa, Camurça começou a falar da ex. Aliás, daS exS. Simmmmm! O cara escolheu esse assunto superadequado para o primeiro encontro. Quanto mais ele falava, mais calada eu ficava, pra ver se o sem noção se tocava e mudava de assunto. Mas o ser estava inconsolável. Precisava desabafar, xingar, espernear, blasfemar, chorar, colocar pra fora todo o ódio contra as vacas insensíveis sem coração que o largaram no passado. Mesmo temendo pela minha vida, ofereci ao rebelde sem causa o telefone da minha psicóloga. Ele sorriu, achou que eu estava brincando...

Na fila do cinema, não satisfeito com o fiasco até o momento, Camurça decide discutir (brigar mesmo!) comigo sobre a escolha do filme. Sabe criança quando quer muito uma coisa? Pior, mil vezes pior! E já que a palhaçada estava grande, resolvi fazer bicão e bater o pé. Só assim foi possível abrir as negociações, que, diga-se de passagem, foram extensas e cansativas.

Na hora de pagar pelos ingressos, ele fez o tipo cavalheiro: “Pode deixar que eu pago”. “Nossa, pelo menos um gesto correto”, pensei. Tolinha! “E aí você compra a pipoca, lógico”, emendou o animal. E ele me fez comprar a tal pipoca só pra ele, porque eu mesma não queria nada!

Como todo bom idiota social, Camurça falou durante o filme todo. Ele falava alto, como se estivesse em casa. Como isso me irrita!!! Queria enforcá-lo, sufocá-lo com um travesseiro, rachar a cabeça dele com a minha bolsa! Pelo bem dele, tive que avisar “Olha só, as pessoas estão olhando já. Não dá pra ficar caladinho?”.

Fim de filme, corro pro banheiro e ligo pras amigas: “Socorro!!! Me liga em dez minutos e fala que você está morrendo, que seu cachorro pulou da janela, que o mundo está acabando. WHATEVER! Me tira daqui!!!”. Teatro feito, vamos pegar o carro para ir embora. E aí, pra fechar com chave de ouro, como se não bastasse tudo até então, Camurça vira na maior cara de pau, como se fôssemos namorados há séculos ou amigos de eras atrás, e pede “Paga aí o estacionamento pra mim. É que não tirei dinheiro, tenho essa mania de contar só com o cartão e aqui não aceita”.

Vem cá, isso é pegadinha, né? Ivo Holanda, pode aparecer!


By Ana Fabre

5 comentários:

Mari Ceratti disse...

Mentiraaaaaa que isso aconteceu!
Eu tinha dado o perdido e ido embora de táxi.
Camurça não merece nem o seu adeus!
Beijocas, flor... estou na torcida.
Mari.

Anônimo disse...

Acho que vocês andam competindo pra ver quem pega o mais tosco...

Zethi disse...

Eu acho que, no meio do filme, você deveria sair para ir "ao banheiro". E nunca mais voltar! hahaha! Beijos

Anônimo disse...

Ave agora entendo o porque do "Desisto" Putz ja nao fazem mais homens como antigamente! Adorei o lance da pipoca kkk
What a looser!
Karla Bledsoe

Anônimo disse...

Chuta que é macumba!!
Ass.: Lígia

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