Ele passou a noite toda conversando com ela.
Só com ela.
Demonstrou interesse logo assim que a viu. E manteve os olhos grudados nela a noite toda.
Mas não ficaram. Não trocaram telefone.
Uma semana depois se encontraram novamente.
E, mais uma vez, passaram a noite colados.
Até que veio o beijo. O grude. O amasso.
E a natural troca de telefones.
Ela ficou feliz. Gostou dele (e é bem verdade que também ajudou a tirar a cabeça do ex).
Além da troca de telefones, eles combinaram de sair juntos durante a semana.
No dia seguinte, sem notícias, ela decidiu tomar a iniciativa.
Mandou mensagem para saber onde ele estava.
Quem sabe não podiam tomar um drinque?
Nenhuma resposta veio.
Tudo bem. Ele pode estar ocupado. Estar com a filha.
E os dias foram passando. E nada de notícias.
Mal sabia ela que aquilo era um prenúncio de quem ele verdadeiramente era.
Até que veio a confirmação do jantar.
Oba! Agora vai!
Então tá.
Veio o momento de pensar na roupa. No cabelo. Na maquiagem.
Veio o momento de sonhar. Suspirar fundo. Rir sozinha em frente ao espelho. E fazer aquela dancinha destrambelhada que toda mulher feliz conhece de cor.
No dia do jantar, o coração dela estava inquieto. Borboletas teimavam em dançar salsa em seu estômago.
E a noite veio.
E lá se foi ela. Linda. Feliz. Otimista.
Pegou mesa. Se ajeitou na cadeira. Conferiu o hálito.
Dez minutos depois, olhou o celular.
Ainda nada dele.
Até que ela sacou.
Ele não compareceria.
Apesar da confirmação no meio da semana, ele furou.
Furou sem mandar mensagem pedindo desculpa pela desistência.
Furou e deixou o telefone desligado.
Assim. Desse jeito.
Por favor, alguém me diz que mundo é esse? Que jeito é esse de (des)tratar as pessoas? Como alguém pode ser tão cruel, malvado e desrespeitoso? Como alguém simplesmente destrói a esperança, os sonhos e o amor próprio de alguém?
E depois esse tipo de homem não entende porque as mulheres andam tão feridas, fechadas, traumatizadas.
sábado, 9 de novembro de 2013
Por mais respeito
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