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domingo, 23 de outubro de 2011

O Primeiro Pobretão

Queria saber quem foram as responsáveis por garantir à mulher um espaço no mercado de trabalho (em condições absurdamente diferentes das dos homens). Queria mesmo os nomes, para conversar com cada uma delas (ainda que seja um papo cara a cara com um túmulo) e saber o que tem de tão fantástico em trabalhar fora durante oito, dez horas por dia, e ainda continuar fazendo absolutamente tudo dentro de casa, só para mostrar o quanto somos brilhantes e incríveis.

Digo isso porque, além de todas as consequências óbvias dessa “novidade”, temos que enfrentar algo horrendo: homens pobretões que, até então, supostos provedores de lar, jamais teriam coragem de se aproximar de uma mulher sem ter, ao menos, a grana do refrigerante ou do cinema, e que agora se sentem no direito de cantar qualquer uma, principalmente aquelas fora da sua alçada, afinal mulher agora tem dinheiro para gastar, oras, e nada mais normal do que cada qual pagar sua parte (ou pagar por tudo. Nessas horas, eles são os mais ferrenhos feministas...).

E aí, não bastasse termos que viver lindas e gostosas, abertas e acessíveis a qualquer cantada, em uma guerra constante e cruel com as pirigas só para conseguir um cara (daqueles bem mais ou menos), a gente ainda tem que pagar a conta. Pagar o cinema. Pagar a pipoca. Pagar o jantar à luz de velas. Pagar o motel.

É, porque nós somos a maioria, mas uma maioria sem qualquer poder ou controle. A maioria refém da minoria. Nós é que podemos ficar para a titia. Nós é que arrancamos os cabelos para desencalhar. Nós é que temos relógio biológico e prazo de validade para ter filhos. Graças a isso, somos “escravas” do sexo masculino e fazemos praticamente de tudo para ter alguém, ficar com alguém, sair com alguém.

Até topar os pobretões. O phoda do pobretão é que, além de ele ser um homem, o que significa que ele é um metido com direito a escolha, muita escolha, ele ainda tem pouco, muito pouco a oferecer. Não que dinheiro é tudo na vida de uma pessoa. Mas, bem, ele abre muitas portas – especialmente, a porta do sonho dourado do casório.

Passamos anos sonhando com príncipes, mas aí deparamos com tosqueiras de grau maior. O cara faz cera para ficar contigo, deixa você de molho por meses e quando finalmente as coisas engatam, ele ainda não pode levá-la para jantar, para ver um filme e nem pagar o quarto para conseguir o que ele vem tentando obter desde o início (sabe aquela coisa “vai no carro mesmo”?).

Aí fica você abrindo a carteira, arriscando-se a buscar o cara nas cidades satélites, fazendo programa mais barato para não entrar no cheque especial... e o cara é tão babaca quanto todos os outros e vive indisponível – e é muito provável que ele dê um fora homérico em você na primeira oportunidade que tiver, sem peso na consciência.

Sabe de uma coisa? Simplesmente, não vale a experiência. Já bastam os trastes que temos que enfrentar todos os dias.

1 comentários:

Fritz X disse...

A mulherada não lutou tanto por direitos iguais, agora, AGUENTEM !!! HAHAHAHAHAH

Rapadura é doce mas num é mole naum, minha gente !!!!!

Sem contar que muito homem mora sozinho e faz tudo em casa sem o mínimo auxílio de qq mulher e quem pode paga uma diarista, coisa que a mulherada tb faz....

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