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segunda-feira, 18 de julho de 2011

O primeiro chifre

Vocês estão no maior love. Te amo pra cá, eu-é-que-te-amo-mais-do-que-tudo-coisa-fofa pra lá! Um grude (chega a ser um tanto insuportável)! Naquele momento, você se dá conta de que vive no Paraíso! Está com o homem da sua vida, no namoro perfeito, seguindo no rumo com o qual sempre sonhara (casamento, filhos; o pacote completo). Uma coisa tão perfeita que você só tinha visto cena igual nos livros de contos de fada. Quer dizer, até descobrir que ele anda traindo você.

Pois é. Você achando que estava abalando o mundo dele, querida, e ele lá, beijando a fulaninha e fazendo novos planos (sem comunicá-la, claro. Afinal, ele precisava achar alguém para fazer a “transição” para só então informá-la das novidades). O tal namoro maravilhoso do qual você tanto se gabava foi para o saco. Aliás, talvez nunca tenha existido. Afinal, você sabe ao certo quando ele começou a te encher de galhos?

O pior é que a primeira coisa que toda mulher faz é se perguntar: onde foi que errei? Como se a culpa pela traição do cara fosse sua, como se o fato de ele querer pegar um arrastão de piriguetes tivesse qualquer relação contigo, como se o fato de ele ter “problemas de intimidade” fosse da sua conta. Mas ainda assim você se culpa (e começa a fazer uma lista de coisas para recuperar o canalha da sua vida).

O próximo passo é morrer de chorar na frente do cara, pedir perdão, implorando para que ele volte contigo, e prometer mundos e fundos, abrindo mão de várias coisas que ama. Tudo para ter o looser de volta à sua vida. Por que, santinha, por quê? Está precisando de esmola?

Aí vem a fase três, da raiva. Você não pode ouvir o nome dele que explode, não pode escutar aquela música que era a cara do namoro de vocês, não quer nem ouvir alguém mencionar qualquer coisa que lembre remotamente que ele existe. Sua vontade é jogar uma bomba atômica na casa dele ou capá-lo com um alicate de unha. Enquanto isso, ele engata a terceira com a nova piriga.

Por último (e para incredulidade geral), você coloca na cabeça que ele ama a vagaba porque ela o conquistou à força, fez com que ele terminasse o relacionamento e o obrigou a ficar com ela (nem se a menina fosse o Daniel San do Krav Maga isso seria possível, mas, beleza, estou adorando seu raciocínio). Sendo assim, o óbvio é armar um barraco, acabar com a raça da garota, queimar o filme dela na praça, mostrá-la quem é a chifruda do pedaço! Tudo por causa do porcalhentozinho. Tsc, tsc.

Fala sério. Não seria melhor aceitar o chifre e tocar sua vida? Tudo bem, ninguém gosta de ser chifrada. Mas e agora? O que pode ser feito? Nada, colega, porque o chifre já está ali, bem no meio da sua testa, para todo mundo ver. Então, dignidade! Esqueça o cara e o feito, volte para o caminho da luz e siga em frente. Quem tem que se preocupar com o leite derramado é ele. E se ele não se preocupa em ser uma pessoa infiel, desleal, descarada e fraca, não é você que vai se encher de rugas.

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