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terça-feira, 14 de junho de 2011

O primeiro amasso

Opa! Tem alguma coisa estranha rolando! Será que eu comi algo estragado? Bebi demais na festinha de ontem e agora estou pagando por isso? Será fome? Por que então minha barriga está de pernas para o ar???? Ó, Céus!! O mais curioso de tudo isso é que não é uma sensação ruim. Está tudo embrulhado, mas eu estou gostando...

É mais ou menos isso que passa pela nossa cabeça quando rola o primeiro amasso. Como você nunca tinha ficado mais íntima de nenhum garoto, não sabia o que poderia sentir. Na verdade, nem sabia que essas coisas de amasso existiam. Já estava tão surpresa, boquiaberta e enamorada dos beijos que nem sonhou com novos e maravilhosos desdobramentos do jogo homem-mulher.

O engraçado é que parece que tem uma borboletinha dentro da barriga da gente, voando em velocidades e direções diferentes! À medida que muda o beijo, o abraço ou o carinho, a borboleta muda a rota do voo... É uma coisa boa e incômoda. Tudo ao mesmo tempo.

E pensar que andar de mão dada ou ganhar um beijo arrebatador bem no pátio da escola era o melhor que ia acontecer na sua vida, hein?

Eu, para ser sincera, fiquei nervosa. Nervosa porque enquanto era só beijo “bonzinho”, a coisa parecia permitida, legal, correta. Depois que os amassos começaram, passei a achar que estava cometendo alguma espécie de crime amoroso. Não era mais uma coisa certinha, santinha. Aquilo era uma coisa para maiores de 18 anos. Eu era má e sentia coisas.

Confesso que também fiquei preocupada. Afinal, enquanto os amassos eram só uma possibilidade, os beijos podiam ser loucos, intensos, longos, molhados, sem grandes consequências. Depois, com o estágio #amassomodeon, qualquer beijo mais caliente tirava as coisas do trilho e eu virava massa de pizza na mão de pizzaiolo...

Juro que tentei, diversas vezes, voltar para a etapa do beijo gostoso e ponto, sem os tais “apertos” e as hiperativas “borboletas”, mas nada parecia funcionar. É que depois que o amasso aparece, não tem volta atrás. Não dá mais para querer só beijinho e mãozinha dada (mesmo que você mude de parceiro). A coisa vai mudando de nível, espontaneamente, que nem o créu. Da velocidade um chega-se, inevitavelmente, à cinco...

E como não tem volta atrás, marcha ré, começar do zero, deixe de ser boba e pelo menos escolha um bom pizzaiolo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ahhhhh...bons tempos esses do primeiro amasso!E qdo o carinha te empurrava na parede da escola?!Delícia!! hehehe Mas esse sentimento de "não está certo" em conflito com "mas está tão bom" tb fazia parte da minha vida, amiga! Nada como ficar mais velha pra curtir outros primeiros amassos sem essa culpa toda que nos persegue quando somos novas!! Ótimo texto! Adorei!!!

Zethi disse...

Borboletas na barriga! Essa é a expressão perfeita pro tal do primeiro amasso! hehehe!

beijos, meu amor!

Katlen Abreu disse...

"Encontrar/escolher um bom pizzaiolo"tá difícil hein?! hahhaha mas nunca desistir de buscar,não é mesmo?! rsrsrs
Ótimo texto, com uma leveza, clareza e humor que só quem sabe escrever muito bem textos assim pode fazer! Parabéns! Adoro!
Beijos

Anônimo disse...

Adorei.

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