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segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Primeiro Beijo

Fuçando na internet informações e curiosidades sobre o primeiro beijo (quem sabe via algo fantástico para colocar na crônica?), encontrei esta pérola: “O primeiro beijo deve ser dado em uma pessoa muito especial; beijando uma pessoa especial, será retribuída da mesma forma, sem nenhuma reclamação, porque aquela pessoa te ama, mesmo você tendo um beijo um pouco destreinado. Beijando qualquer outra pessoa estranha poderá ouvir diversas reclamações por não saber dar um beijo de tirar o fôlego”.

Não é à toa que o primeiro beijo, via de regra, é um fracasso!! Quem disse que nosso primeiro beijo é com alguém que amamos?? Eu sei de mais gente que estreou com um carinha legal do que com o grande amor da vida! E, mais, não conheço ninguém que beijou uma pessoa especial só para que ela não reclamasse!

Pô, fala sério! O primeiro beijo já é um superevento na vida de uma pessoa, para que criar ainda mais pânico com essa cobrança sem pé nem cabeça de “profissionalismo”? Honestamente, talvez seja por isso que o primeiro beijo é tão estranho!

Gente, pelo amor de Deus, o primeiro beijo nada mais é do que o PRIMEIRO BEIJO! Oras! Você nunca praticou na vida (travesseiro, laranja e palma da mão não valem. Juro) e aí espera que a primeira vez seja perfeita, sensacional, de tirar o fôlego? Ah, have mercy!

É óbvio que você não saberá como proceder quando aquela bocarra começar a se aproximar. Ri? Para de falar? Avança e beija primeiro? Sai correndo? O nervosismo é palpável. É por isso que as coisas são meio atrapalhadas. Mas sabe de uma coisa? Tudo bem! É só o primeiro beijo. Depois, vai melhorando. E como dificilmente alguém para no primeiro beijo, logo, logo, você vai estar muito mais confiante e conseguirá curtir o momento sem preocupações (é claro que, durante o lance, você vai se perguntar o que fazer com a língua, com a saliva que vai se formando e quando é o momento certo de parar, mexer a cabeça de lado ou aumentar/diminuir a velocidade! Mas isso faz parte)!

Eu, ao contrário do comportamento praxe das meninas de hoje, fugi o máximo que pude do primeiro beijo. Curti toda a paquera, as tentativas, as cantadas e não apressei nada. Quando rolou, foi ótimo! Mas não porque eu era profissional e mandei bem de cara, e sim porque escolhi uma pessoa bacana, com quem rolou um sentimento legal.

O principal mesmo é beijar quem você gosta, no seu tempo, de forma natural, sem ficar encucada com o que o cara vai pensar. Dane-se se ele já beijou outras, está te comparando com a fulana e espera mais de você. Aquele é o seu beijo e ponto final! Pode ter certeza de que quando o lance for maneiro, o beijo vai encaixar.

Ah, e, por favor, fique longe dessas dicas de internet! Olha só como termina o texto que eu achei: “O mais importante é: beije com muito sentimento! Existem casais vivenciando aquele problema da rotina e, por isso, costumam beijar na boca por simples obrigação”. Gente, não era para ser um texto sobre o PRIMEIRO BEIJO?? Desde quando estrear a boca virou problema de rotina? Maníacoo!!!

3 comentários:

Marcela disse...

Ler esse texto me fez relembrar do meu primeiro beijo. Uma mistura de pânico e empolgação indescritíveis! Que delícia essa época de descobertas! Dá saudade... Mas que venham outras! heheehe

Anônimo disse...

Beijei pela primeira vez aos 16. E já se vão 33 anos. Cristo teria nascido e morrido desde que mandei ver naquela noite de carnaval, em 1978. Estava em Antônio Dias, simpática e pacata cidade do interior de Minas, com meu irmão dez anos mais velho (puxa, só agora me dou conta de que aquele "HOMEM" tinha somente 26 anos!).
Imaginem só, dezesseis anos de idade, nunca tinha beijado e ainda se passaria um ano até a fase seguinte, mas essa é outra história. Espinhas na cara e uma barra de aço no bolso seria uma descrição sucinta, mas acurada de meu estado naquela noite. O nome da moça era Duta. Isto mesmo, Duta, sem tirar nem por letra alguma. Lá pelas tantas do baile ela me disse que estava com sede e perguntou se eu poderia acompanhá-la até minha casa para servir-lhe um pouco d’água. Eu me prontifiquei imediatamente a ir com ela. Lá chegando não tive dúvidas, paramos na varanda, só nós dois, eu olhei em seus olhos e disse: vou lá dentro pegar a água!
Trouxe dois copos, perguntei-lhe se queria mais, ela recusou. Propus que voltássemos ao baile, posto que a emergência hídrica havia sido superada. Simplesmente não suportava a responsabilidade que pesava sobre meus ombros e demais partes da anatomia. Ela sugeriu que sentássemos na escada. Concordei. Sentamos, eu um degrau acima, ela um degrau abaixo. A lua, essa cúmplice dos amantes, brilhava com a força das Geraes sobre nós. Eu suava, evaporando rapidamente a água que acabara de consumir. Sabia que precisava fazer alguma coisa, e logo. Ela repousou a cabeça em meu ombro, olhei para baixo, ela para cima. Estávamos a centímetro de distância. Isso mesmo, a centímetro. Pensei: se não beijar agora, com lua, escada, ombro, boca e tudo, nunca mais beijarei na vida. Relaxei minimamente os músculos do pescoço, a cabeça abaixou, nossos lábios se tocaram. Foi lindo. Ah, sei lá se foi lindo mas foi ótimo! Voltamos para a varanda e passamos 40 minutos se auto-devorando com ferocidade. Inesquecível! Ainda mais que na manhã seguinte, ao passear pela cidade, ouvi de todos os lados, aos berros, a confidência que fizera na noite anterior: “PRIMEIRO BEIJÔ! PRIMEIRO BEIJÔ!” Ora mas que Duta!

Anônimo disse...

Nossa!!! O meu primeiro beijo, foi muito ruim, eu tive que beijar um nenino que era muito chato, pois eu brincava de uma brincadeira que se chamava ABB(associação de beijos na boca), todos ficavam em volta olhando você beijar.

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