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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Criatividade em excesso mela...

O namoro começou a dar aquela esfriada. A temporada de sexo selvagem, explícito, a cada quarto de hora, muitas vezes até em público passou. Por você, tudo ótimo! Afinal, você já começava a se incomodar por viver assada daquele jeito, sempre com um tubo de hipoglós na bolsa. Só que não dá pra vacilar, pois as piriguetes são muitas, profissionais e caem matando, sem dó nem piedade. Melhor não deixar o namorado na mão. Mesmo.

Disposta a cumprir com eficiência o seu papel no relacionamento e requentar as coisas (solteira NUNCA mais!), você decide inovar. A primeira coisa a fazer, claro, é pedir dicas para as amigas mais saidinhas ou em início de namoro. Só que quando você abre a boca para discutir as ideias mirabolantes que anda tendo, elas se mostram horrorizadas e fica óbvio que você é da vanguarda, meu bem, e que elas estão mais desatualizadas do que um feto de três meses. A melhor dica que arranca delas é como caprichar no sexo oral.

Aliás, eu recebi um vídeo desses, enviado por uma amiga (casada), mostrando, na prática, como esquentar o relacionamento só com o tal do bola-gato. Parecia o comercial do ano, de tanta propaganda que ela me fez. Mas, quando vi, era só mais um vídeo tosco de uma profissional cuspindo loucamente no Dênis. Segundo minha amiga, o negócio era nojentão, mas funcionava.

Comecei a pensar na ideia, mas achei que cuspir no dito cujo para mostrar que a Mari caliente estava de volta no pedaço era tosco, nojento, repulsivo demais (quem é que dá conta de produzir toda aquela saliva, cuspir, lamber as partes e apertas as bolas ao mesmo tempo?). Next!!!!!!

Olhei filmes, sites, fucei blogs, livros. Tudo o que se possa imaginar. Até que, quando não aguentava mais pensar no tema, fui convidada para o Dia da Mulher em uma academia. Lá, tive aulas de maquiagem, culinária, dança sensual (opa) e pompoarismo (Jisus!!!!!!!). Comecei a retomar a ideia de esquentar os lençóis do meu homem. Depois de descartar todo o conhecimento inútil que me fora passado (até hoje, não vi uso para 90% do que me foi “ensinado”), consegui salvar uma coisa: um brinde que ganhei. O prêmio fabuloso nada mais era do que uma tatuagem lá na Lana, para bombar com o gato no Dia dos Namorados. Achei a coisa meio over, mas, enfim, eu estava no fundo do poço mesmo...

Beleza. O dia fatídico chegou e lá fui eu fazer a tal da tatuagem provisória, antes da comemoração noturna. Sofri para escolher o desenho. A Lana já é tão esquisita, bocuda, que não conseguia pensar no que combinaria com ela. Uma aranha? Um beija-flor? Uma estrelinha? Help!!! Acabei optando pela coisa mais óbvia e banal: um coração.

A tatuagem não demorou, mas o processo provocava cócegas surreais. Achei tudo muito curioso, meio mórbido, meio sem noção. Quando terminou, quase caí pra trás ao ver o resultado. Ficou horrendo, de péssimo gosto!!!! Mas, well, já não havia mais jeito. O negócio só saía 24 horas depois. O lance era aceitar o coração de coração e tentar tirar proveito daquilo.

A noite chegou e, no restaurante, eu interrompia o clima romântico a cada meia hora para ir ao banheiro e conferir se a tattoo não tinha colado na calcinha, derretido ou ganhado vida (nunca se sabe). Mas o coração continuava lá, quietinho, esperando sua hora de agir. E a hora H chegou. Eu acabei anunciando que ia ter surpresa lá embaixo. Por puro medo. Obviamente, como bom homem que era, ele imaginou uma lingerie sexy, uma depilação hot, hot, um piercing novo. Ao remover as vestes... “Ui! O que é isso?” “Uma tatuagem... Era para ser divertida, legal, apimentar a relação...” Ele ficou mudo por alguns segundos, que mais pareceram horas. Do nada, por bem ou por mal, mandou ver. Uepa!!!

Enquanto a coisa esquentava e o clima rolava, comecei a me convencer de que tinha feito a coisa certa. Animada, retribuí o gesto e a noite foi uma beleza. Até fazermos uma visitinha ao banheiro do motel.

O grito que ele soltou ao se olhar no espelho era de desespero total. Fim de vida. Aquele pré-anúncio de suicídio. Eu corri para ajudá-lo e só fiz piorar as coisas. Como a cara dele estava toda vermelha por conta da tinta do coraçãozinho que, finalmente, havia derretido, só pude rir. Ri. Ri muito! Ele começou a se esfregar insanamente. Enquanto passava o sabão com força pela cara, xingava a tatuagem e pensava nas piadas que teria que aguentar dos colegas de trabalho. Justo ele, tão sério, tão conservador, todo manchado assim pós-noite de Dia dos Namorados. Negada ia ser implacável. Podia até ver. Ele limpava com tanta força que, juro, vi a hora dele rasgar a pele e ficar só com a carne do rosto.

No fim das contas, gastamos mais horas com a limpeza do que com a performance. E, bem, nem preciso dizer que meses de seca se seguiram. Até que toda a água se mudou de continente e o mar virou sertão.

Depois dessa, juro que nunca mais dou uma de criativa.

5 comentários:

Dry disse...

kkkkkkkkk!!! Ai, ai, excelente... Mas aqui, que tintinha vagabond's essa hein???

Fritz X disse...

BANZAI !!!!!!!!
Melou mesmo, o coitado ficou todo ruborizado, hahahhahaha

Sheyla disse...

Caracas! Ainda bem que meus níveis de criatividade sempre foram beeeem menores!kkkkkkkkkk

Thais disse...

Meninas! Não se abalem!! Continuem exercitando o aguçadíssimo potencial criativo feminino! :)

Anônimo disse...

Me desculpem a sinceridade mas achei este post de péssimo gosto.
E não é por falar em cuspir em pau ou chupar bocetas, que isso é natural.
Mas toda a construção é grosseira, enviesada. Quer falar mas não fala: Lana, Dênis. Mas que bobagem.
Acho que neste vocês descambaram para o mau gosto puro e simples, adolescente.
Dou um conselho, ou sugestão: quer apimentar sua relação? Aprenda a foder a alma, e não o corpo de seu parceiro/a.

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