Pesquisar este blog

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eles ainda acham que merda cola...

Terça-feira, três da tarde, sol de rachar. Você marca de se encontrar com uma amigona para matar a saudade e colocar as fofocas em dia. Escolhem uma lanchonete bacana, pedem uma sobremesa calórica e não fecham a matraca por horas. Um típico momento mulherzinha, quando tudo o que importa no mundo é falar besteira com a amiga e rir das comédias da vida.

E é exatamente esse o momento que o sem noção escolhe para chegar em você.

Primeiro, ele sugere que você mude de lugar, porque “princesa não pega sol”. Tudo isso de longe, sentado à mesa dele, gritando, que é para a quadra inteira ouvir o que ele tem a dizer. Você, que é muito gente boa, decide não humilhá-lo, mas acaba tostando para não dar corda para o ser humano (até porque mesmo sem dar corda o cara já está te abordando). Apenas dá aquela risadinha amarela e continua a fofocar.

Minutos depois, ele solta outra pérola, assim que te vê pedindo a conta: “Já vai embora? Ah, não! Se você for, eu também vou” – e emenda uma cara de bravo, indignado. E você pensa: “Jura? Phoda-se!”. Dá outro sorriso murcho e continua o papo com a amiga.

Quando imagina que o repertório acabou, aí vem a baixaria. O cara já está de pé, em frente a sua mesa, se apresentando... “Eu te conheço de algum lugar. Mas, peraí! Sei que você deve estar pensando que essa é a cantada mais barata do Universo e já imagino que vai fazer cara feia pra mim. Mas eu juro que essa não é uma cantada, pelo menos não como a dos outros caras. Eu te conheço de algum lugar, com absoluta certeza! Mas te conheço mesmo, de verdade. Não to falando isso só para te conquistar!” Sei, claro.

A amiga, tentando ser simpática, diz: “Vai ver a conhece da televisão. Tem gente que assiste aos programas na telinha e, quando encontra a pessoa na rua, acha mesmo que a conhece de algum lugar”. E aí, querida, o poeta se solta: “Televisão? Imagina! Essa não é mulher para sair na televisão. Essa aqui é mulher de cinema! É musa, artista de telona. Coisa grande, phyna”.

Nem preciso dizer que olhar ele recebeu de volta. Ainda bem que ele decidiu não pedir meu telefone.

By Mari Abreu

3 comentários:

Anônimo disse...

Não dá pra ser simpática e nem educada com um cidadão desses. Às vezes se faz nessário ignorar a presença da pessoa, ou até mesmo usar de grosseria se o rapaz não entender bem o recado.

Anônimo disse...

ops... *necessário

Anônimo disse...

Olha, quando não se está interessada, o melhor é aquele olhar fulminante e de desprezo. Sempre fiz isso e deu certo.

Agora, quando lá no fundinho a menina está gostando das cantadas, os caras sacam e partem pra cima.

Acho que aqui foi o caso.

Postar um comentário