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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aprenda a dizer “Perdeu, Playboy!”

Nós mulheres deveríamos pronunciar com mais veemência e assiduidade: “Perdeu, Playboy!”. Mas quando digo pronúncia não é aquela em alto e bom som, mas sim um toar para dentro de nós mesmas. Sim, acho que falta a muitas de nós um diálogo interno, a curtição do silêncio e, em especial, a sabedoria para lidar com as pausas da vida.

Viver a dois é saber lidar com as diferenças, com as neuras um dos outros, conceder, aprender, ensinar... Mas creio que o grande desafio não é a vida a dois e sim os momentos de solidão que passamos. É a luta interna para não nos entregarmos a uma caixa de chocolate (tudo bem, isso até vai), não olharmos de cinco em cinco minutos para o relógio porque marcamos um encontro, o coração não disparar quando chega uma mensagem no celular (e na maioria das vezes não é ele, e sim aqueles bandidos falando que ganhamos um carro), não deixarmos de ir à academia ou sair com os amigos só porque ele ligou para comer cachorro-quente na esquina... e tantos outros vícios que nem a gente mesma sabe porque faz, mas que quando vê já fez.

Incrível imaginar que os playboys (no sentido mais amplo da palavra) espalhados por aí não se entregam a essas tentações morais. Que eles ficam ansiosos por nossa ligação pode até ser, mas enquanto aguardam estão no bar curtindo com os amigos, em uma partida de futebol ou mesmo jogando conversa fora na rua (e quase sempre não é sobre a gente). Eles não gastam dinheiro com livros de auto-ajuda, não respondem a testes na internet sobre relacionamento e, o mais importante, não deixam a vida passar. Sim, meninas, vamos admitir que eles sabem viver bem melhor com eles mesmos do que a gente. Claro que não vamos generalizar nem por um sexo nem pelo outro. Há sim as raras exceções!

Um exemplo de como a gente se dá bem na vida quando está vivendo esse momento mais “light” introspectivamente é como agimos com o sexo oposto. Quando estamos ansiosas, passamos mais de 15 minutos para formular uma resposta super, hiper, mega, mirabolante (e geralmente sai uma droga) para a simples pergunta: “O que vai fazer hoje?”. E depois vem o arrependimento e a ressaca moral. Mas quando a gente está “por cima” sai cada texto interessante. A gente mesmo ri das nossas palavras. E não é que geralmente dá certo.

Não quero com isso falar que eles são perfeitos, felizes e que somos inseguras e tristes, mas sim que quando tomamos as rédeas de nossa vida e controlamos os nossos impulsos mais primitivos (risos...) nos damos melhor. Ficamos mais poderosas, os espelho fica mais amigo da gente e, consequentemente, a fila anda!

Por isso, meninas, tento diariamente ser militante do movimento “Perdeu, Playboy!” Quero me olhar no espelho, me achar a mulher mais poderosa e linda do mundo. Sim, porque o desafio dessa vida é a gente se bastar. É procurarmos não a nossa metade, mas sim aguardar, com paciência e curtindo as pausas da vida, um inteiro que valha a pena! Só assim viveremos mais leves e seremos mais felizes...

By Viviane Dias
Leitora e fã assídua desse blog. Foi casada durante oito anos, hoje vive sozinha e acha uma m... o manual dos solteiros e dos novos relacionamentos. Tenta, diariamente, fazer do “Perdeu, Playboy!” sua prece matinal, mas ainda sonha com um casamento de princesa.

6 comentários:

Anônimo disse...

Adorei! Estou lendo um livro que se chama "Why man love Bitches" E otimo e acaba com essa regrinha se seguir manual pra ser perfeita. Ele ensina como nao deixar os homens walk over you! E ensina que ha uma grande diferenca entre a mulher boazinha e as poderosas. Acredito que a traducao dele pro portugues e Porque os homens gostam das mulheres poderosas! Vale a pena ler! Karla Bledsoe

Anônimo disse...

Pode até ser que os homens gostem de mulheres poderosas. Mas o certo que as mulheres, sim, é que preferem os homens poderosos. O interesse delas é diretamente proporcional ao poder que ele ostenta (nem precisa ser, basta aparentar). Até aí, tudo bem, pode ser que tenha sido sempre assim, quem sabe. Mas tenho a impressão de que o que atrapalha a vida da mulher é esse negócio de "casamento de princesa", ou ainda a busca pelo "príncipe encantado", ou a "cara metade". Tudo besteira. A vida feliz não precisa ser, e não é, perfeita. Mulheres perdem tempo escolhendo demais. Ideal só existe no plano do pensamento. Mas aqui na vida real há muitas (milhões) de pessoas interessantes, que podem tornar a vida menos ordinária. Com muita paixão e reciprocidade. Coisas assim é que fazem alguém feliz. Ter alguém para compartilhar as agruras, as delícias e as expectativas de vida. Alguém para intercambiar orgasmos. Enfim, a delícia de viver a dois. Até quando? Enquanto valer a pena! Emerson

Anônimo disse...

A gente não pede um casamento de princesa, mas sonha e AINDA acredita no amor (pelo menos por enquanto). O problema é que os homens ADORAM os joguinhos do manual de solteips. E é verdade sim, quando a gente CAGA para eles, eles correm atrás. Nem todos estão preparados para agir quando a mulher chega e fala: "gosto de você, e aí?"

Giulliano Ferrari disse...

Como um estudante de comportamento feminino, adorei o texto... Que esse mesmo sirva de lição para as mulheres que se apaixonarem por playboys...
Se bem que a maioria das mulheres que apaixonam por playboys não sabem intepretar um texto bem feito!!!

Giulliano Ferrari disse...

ops, erro de teclado!!!
*interpretar

Anônimo disse...

Texto muitíssimo bem colocado! Acredito que as mulheres deveriam lê-lo e, lógico, refletirem sobre seus caminhos, afinal, cada um sabe a dor e a delícia de ser quem é! De toda sorte, mulheres que ajam naturalmente, e daí sim vocês terão os homens aos seus pés! Acredito que naturalidade e calma levarão ao caminho correto (seja ele o príncipe encantado ou apenas mais uma boa transa!) Enfim, sejam vcs mesmas!

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